Quando era miúdo, já adorava Ficção Científica.
Durante os anos 80, vi séries como: ALF, Espaço 1999, Caminho das Estrelas (com o Spock!), Battlestar Galactica, V de Vitória, Flash Gordon, Buck Rogers no século XXV, etc.
Achava todas estas séries fantásticas e bastante criativas!
Agora, tenho uma diferente opinião.
Olho agora para essas séries e vejo computadores retro, tecnologia que se imaginava aparecer séculos no futuro e que afinal, 20 anos depois, já existe e até já é passada, muitas luzes a piscar, os heróis sempre à porrada, as mulheres sempre com roupas muito justas (spandex), bikinis, ou usando mini-saias, os extraterrestres são todos humanos ou humanóides, os extraterrestres falam todos inglês, e vendo agora os episódios, tanto a ciência como a criatividade deixam muito a desejar.
No entanto, cresci com elas, e foram elas que me levaram a imaginar possibilidades, a imaginar outros mundos, a imaginar o futuro, e a querer me ligar a esse possível futuro nas estrelas.
Daí que continuo a vê-las, para recordar e aprender.
É certo que hoje essas séries seriam um desastre. E daí que a Battlestar Galactica foi remodelada, de modo a estar de acordo com a TV do século XXI e com uma audiência muito mais culta e exigente em termos científicos e de narrativa.
No entanto, como forma de entretenimento e de recordação, continuam, para mim, a ter um lugar especial.
Por isso, quando estive em Portugal o ano passado comprei a 1ª série do Espaço 1999.
E daí que, agora, comprei o pacote com todos os episódios da série Buck Rogers no século XXV.
Percebi o porquê de ter adorado a série na altura. Percebo o porquê de, se saísse agora, a série seria um desastre. Percebo também o porquê de na altura ter deixado de ver esta série na 2ª época: o Twiki mudou de voz e “estragou-se”, a missão mudou (passou a ser um misto de Battlestar Galactica e Flash Gordon), alguns actores principais normais também mudaram, etc. Mas o entretenimento continua, e algumas ideias continuam bastante interessantes: o tema da série de “acordar” 500 anos no futuro é interessante, a defesa contra intrusos extraterrestres também, a sobrevivência a uma guerra nuclear, o facto de ter existido uma civilização na Terra mais avançada que nós que teve que fugir para as estrelas, etc; e alguns episódios são também criativos e dão várias ideias à ciência: Awakening, Olympiad, Space Rockers, Flight of the War Witch, The Crystals, The Golden Man, The Hand of Goral,… Claro que estes episódios nos nossos dias deixam muito a desejar, mas para a altura estão no meu pico de preferências.
Podem ver todos os episódios (vê-los mesmo!), aqui.
Têm aqui a famosa e excelente Introdução de todos os episódios.
E aqui está a música existente no final de todos os episódios.
3 comentários
1 ping
A diferença é que as séries dos anos 80 faziam sonhar. Tal como os livros dos grandes autores de FC das décadas de 50/60.
Hoje, com muito mais credibilidade científica (nem todas), trazem poucas novidades e não despertam emoções.
Talvez por viver na altura numa sociedade tecnologicamente mais atrasada, eu ficava maravilhada com todas aquelas máquinas. Também a exploração espacial não estava tão “parada” e havia a ideia que chegaríamos às estrelas mais tarde ou mais cedo.
Tal como o autor do texto, também desde criança que adoro ficção científica. Tal como o autor, vi estas mesmas séries, que me fizeram sonhar e, se calhar, ajudaram a raciocionar certas possibilidades de forma diferente das pessoas cuja capacidade de projectar estes cenários é limitada. Também estive para comprar a série, e tenho o Espaço 1999 – segunda série! (Queria a primeira). Batlestar Galactica, super… a escolha dos acordes musicais "futurísticos" tanto em batlestar como em Buck Rogers, são sublimes. Para mim, será sempre um pouco o som do futuro… ainda que lembre, de alguma forma, a década de 70, o que acho óptimo.
adoro tambem series de ficção antigas, as de hoje eu não gosto,porque e tudo artificial.cesar
[…] – Ficção Científica: Battlestar Galactica. V. Buck Rogers. 3º Calhau a Contar do Sol. Eles São Feitos de Carne. Star Trek (características). Star Wars […]