Efeito Placebo
Temos falado várias vezes do efeito placebo quando falamos da pseudociência (e mesmo de crenças religiosas).
A pessoa sente-se melhor, simplesmente porque imagina que está a ser tratada eficazmente. Passa-se tudo na mente da pessoa, mas pode ter efeitos reais no corpo.
Irving Kirsch anunciou que “os medicamentos anti-depressivos utilizados por centenas de milhões de pessoas no mundo não são mais eficazes do que um comprimido de açúcar”.
Disse também que “o ideal seria usar placebos sem mentir aos doentes“.
Agora, um estudo, ainda discutível (carente de confirmação), diz que é possível receitar “medicamentos” puramente placebos sem enganar as pessoas. Ou seja, não se mente às pessoas, e elas melhoram na mesma.
Como diz este artigo: “É um mau negócio para a indústria farmacêutica, mas um óptimo negócio para a medicina!”
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
8 comentários
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O video acima diz o mesmo que eu já tinha ouvido dizer pelo Nicholas Humphrey:
http://youtu.be/e1AQPue7FEM
Carlos:
Essa de “efeitos reais no corpo” tem bastante evidencia contra. Parece ser mais uma questão de percepção.
O senhor Irving Kirsch anuncia tudo o que comprometa psiquiatras. É psicólogo. E há guerra aberta entre psicólogos e psiquiatras. Desculpem, mas este senhor diz muitas asneiradas. Excepto no que respeita ao facto de existir abuso destes medicamentos, mas isso é problema social, não da eficácia do medicamento!! O medicamento não tem culpa do mau uso que lhe é dado por pessoas ignorantes ou por médicos sem escrupulos ou desatentos.
Os antidepressivos têm um efeito químico e funcionam como muletas e este senhor é um negacionista neste aspecto. Obviamente que estes tratamentos, por envolverem a mente humana, dependem do efeito placebo: se a pessoa não acreditar que vai melhorar, não melhora. No entanto, há um efeito químico comprovado: mesmo q a pessoa não acredite, o resultado é só que leva mais tempo a tratar-se… por outro lado, claro que há o problema da auto-medicação e do abuso de anti-depressivos: há quem ache que pode tomá-los como se fossem água que assim vão aumentar o seu poder… mas isso já é um problema de auto-medicação e de desconhecimento do que é a dose terapeutica e do facto de que não vale a pena aumentar a dose porque o efeito vai ser o mesmo.
Foi por ter a mesma opinião que divulguei o vídeo.
No entanto, realço que só falta mesmo a referência às pulseiras quânticas 😀
Author
Excelente video!!!! 🙂
Cheers!!! 🙂
youtube.comBom dia,
Vi um vídeo sobre o efeito placebo e então não hesitei em divulgá-lo neste post.
Junto envio o link: http://www.youtube.com/watch?v=4CG7Vc2nfpY&feature=player_embedded
Cumprimentos
Author
“comprimido de açúcar” <-- fez-me lembrar as bolachas que como 🙂
Eu achei sensacional essa notícia! É o tipo de coisa que você não se arrisca em se auto-medicar. 😀
[…] Anti-Vacinação (fraude). Graviola (cancro, comentários). Aqua Detox, Hidrolinfa. Placebo (aqui, aqui, aqui). Nocebo. Terra Plana. Geocentrismo (conferência, documentário, Janeway). Terra Ôca. […]