Uma equipa extensa de astrónomos, liderada por Laurent Lamy do Observatoire de Paris, utilizou o telescópio espacial Hubble para observar pela primeira vez auroras no planeta Urano. A figura seguinte mostra duas imagens de Urano, em datas diferentes, e as ditas auroras, resultantes da interacção do seu campo magnético e atmosfera com o vento solar, como pequenas manchas brancas no topo da atmosfera.
(Crédito: Laurent Lamy, NASA/STSCI/AGU)
A equipa utilizou uma estratégia muito engenhosa para adivinhar quando seria mais provável observar auroras em Urano. Em 2011, a Terra, Júpiter e Urano estavam alinhados de tal forma que o vento solar podia viajar sensivelmente em linha recta desde o Sol, passando pela Terra e por Júpiter antes de atingir Urano. Os astrónomos esperaram então por uma grande tempestade solar. Nestas ocasiões o fluxo e energia do vento solar aumentam substancialmente. Quando este fluxo, composto por partículas carregadas electricamente como electrões, protões e iões mais pesados, atinge a Terra, provoca frequentemente auroras e outros efeitos menos desejáveis como cortes nas comunicações, corrosão em pipelines, etc. Os astrónomos usaram observatórios solares em órbita da Terra para detectar precocemente uma destas tempestades, em meados de Setembro de 2011, e observaram a sua passagem pela Terra 2 a 3 dias depois. Duas semanas depois o vento solar passou por Júpiter e o seu efeito foi também observado pelos astrónomos, permitindo calcular que se deslocava uma velocidade de 500 quilómetros por segundo. Esta observação permitiu calcular que o vento solar atingiria Urano em meados de Novembro, e a equipa pediu tempo de observação no telescópio Hubble para alguns dias nessa janela temporal.
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