Em 1976, as sondas Viking pousaram em Marte.
Eram duas, cada uma com 4 experiências iguais para tentar detectar vida.
Na altura, as experiências deram 3-1 inicialmente, a favor da vida.
Mas depois percebeu-se que um dos resultados positivos numa das experiências deveria ser devido a processos geológicos, e por isso ficou 2-2, a tender para não-vida.
Já escrevi sobre isso, aqui.
Há 2 anos haviam já indícios que se calhar os resultados das Viking precisavam ser revistos. Leiam aqui.
Agora, uma nova análise aos dados obtidos pelas Viking, nomeadamente à experiência Viking Labeled Release, parece mostrar que os resultados serão talvez devido a micróbios e não a actividade natural geológica.
Este estudo foi feito com base em correlações na complexidade dos números encontrados. Ou seja, foi com base na matemática, e não na análise das evidências directas da experiência.
11 comentários
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Não sou nada de teorias da conspiração , mas cada vez mais fico com a sensação que a NASA não quer saber se há vida lá… ou melhor a NASA vai mantendo esta novela do será que há vida..!?
É que se se determinar que Marte é apenas um planeta árido se calhar haverá menos fundos para a exploração do Planeta. Não consigo compreender como é que uma agência como a NASA que está farta de mandar sondas e rovers para Marte ainda não se decidiu a mandar um que recolhesse 10, 20, 100 amostras do solo se fosse necessário e as analisasse com um microscópio e mandasse essas imagens para a Terra. E quem diz um microscópio diz outros aparelhos de análise que dariam resposta de uma vez por todas a esta questão. Parece-me algo tão básico e óbvio que fico a pensar realmente porque é que a NASA não o quer fazer…
Apesar d’eu ser um defensor ferrenho desta, percebo que existe TAMBÉM um jogo de cartas marcadas.
Quando se trata de política, tudo pode ser possível…
🙁
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Pois… estratégia económica se calhar… não sei 🙁
O certo é que se se perder a ideia de vida em Marte, então é que o financiamento decresce… :S
Poderia também cogitar a probabilidade de que os financiadores não estão tendo esses interesses todos em vida microbiana e, ao invés disso, encontrar vida “inteligente”?
Falo isso porque alguns investidores não possuem cérebro…
😉
Isto mais parece um jogo de futebol em Portugal:
Para passar de 3-1 para 2-2 !!! Sou obrigado a perguntar quem foi o árbitro?!!! Terá recebido alguma transferência bancária?!!! Quais foram as suas ‘companhias’ nos últimos dias?!!! (eheheheh….!!!!)
Mais do que estas questões, a actual crise financeira mundial, é o alibi perfeito para adiar futuras missões. Não estou por dentro dos valores necessários, mas entre os multi-multi-multi-milionários ‘terrestres’ não se consegue convencer um (ou alguns) a patrocinar uma ‘missãozinha’ a Marte?
Abraços
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Um só dia de guerra no Iraque dá para uma missão a Marte com mais um rover… mas enfim… a porcaria das decisões políticas… 🙁
O estudo analisou os dados produzidos pela experiência “Viking Labeled Release” seguindo uma metodologia que nunca antes tinha sido aplicada àqueles dados. Qualquer análise daqueles dados, a agora realizada ou a que foi efetuada há mais de 30 anos, é uma análise matemática cujos resultados são interpretados à luz dos conhecimentos físicos, químicos e biológicos produzindo indícios para perceber se existe ou não de vida em Marte.
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Olá Daniel,
Obrigado pelas interessantes informações 😉
abraços!
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Sinceramente, parece-me uma resposta ao plano espacial de não enviar mais rovers para Marte… ou seja, é uma forma de pressão de modo aos políticos perceberem que até pode haver vida por lá…
É o que me parece…
Noto que este artigo faz referência a um trabalho dos mesmos autores (com exceção do primeiro autor do artigo agora publicado) com o mesmo âmbito, publicado em 2002, quando a política espacial dos EUA era bem diferente. Noto também que um dos autores, G. Levin foi o investigador principal da “Labeled Release Experiment” e que conjuntamente com P. Straat foram autores dos artigos que analisaram no final dos anos 70 os dados daquela experiência. Deixo apenas estas duas notas.
[…] Marte: Spirit e Opportunity (Aniversário). Curiosity (entrevista, água). Comparação. Phoenix. Viking. Exploração. Geologia. Meteoritos. ALH 84001. Comparação. Humor. Luas (Medo e Terror). Metano. […]