No post anterior foi abordada a utilização de desenhos no solo, de chips e outras coisas por parte de extra-terrestres para se comunicarem. “Uma civilização avançada produziria circuitos integrados semelhantes aos nossos? Estranho… A tecnologia deles, segundo os próprios crédulos em visitantes espaciais, deveria estar anos-luz à frente da nossa.”, “Os soldados chineses tinham um meio de comunicação mais eficiente. Com sinais de fumaça transmitiam mensagens por centenas de quilómetros através da Grande Muralha”. No entanto “Há quem discorde. Uma revisão dos casos OVNIs desde 1970 organizada por Peter Sturrock, professor de física da Universidade de Stanford, chegou à conclusão de que “pode ser útil avaliar cuidadosamente os relatórios sobre OVNIs para extrair informações sobre fenômenos incomuns atualmente desconhecidos pela ciência.””.
Agora vem a terceira e última parte deste trabalho realizado pelo nosso leitor Filipe Leonardo.
Outro projeto da força aérea americana para o estudo de OVNIs foi o Project Blue Book encerrado em 1970 com base nas conclusões do Projeto Colorado [12]. Desde então ficou comum encontrarmos nos textos de departamentos de física um esclarecimento sobre OVNIs como este da já citada UFRGS:
A maioria dos OVNIs, quando estudados, resultam ser fenômenos naturais, como balões, meteoros, planetas brilhantes, ou aviões militares classificados. De fato, nenhum OVNI jamais deixou evidência física que pudesse ser estudada em laboratórios para demonstrar sua origem de fora da Terra. [1]
Talvez essa minoria dos OVNIs restantes que não podem ser identificados intrigue pessoas como Peter Sturrock e o físico teórico Michiu Kaku, responsável por trabalhos com a Teoria das Cordas. Michiu declara em uma publicação em seu site:
“as investigações sobre OVNIs que podem ser originários de outro planeta são, por vezes, o “third rail” da carreira científica de alguém. Não há qualquer financiamento para um olhar sério para objetos não identificados no espaço (…) Além disso, talvez 99% de todos os avistamentos de OVNIs pode ser descartado como sendo causado por fenômenos conhecidos, como o planeta Vênus, gás do pântano (que pode brilhar no escuro sob certas condições), meteoros, satélites, balões meteorológicos, ou ainda ecos de radar que ricocheteiam em montanhas. (O que é perturbador, para um físico entretanto, é o 1% restante destes avistamentos, que são vários avistamentos feitos por vários métodos de observações. Alguns dos avistamentos mais intrigantes foram feitos por pilotos experientes e passageiros a bordo de linhas de vôos que também foram monitorados por radar e filmados. Avistamentos como este são mais difíceis de descartar.)” [13]
Por outro lado, é plenamente compreensível que após do Projeto Colorado as instituições científicas não se interessem mais por pesquisar OVNIs, o dinheiro para tais pesquisas na maioria das vezes sai do cidadão comum que paga impostos, e a declaração do Dr. Edward U. Condon de que “estudos mais extensos sobre OVNIs provavelmente não podem ser justificados na expectativa de avanços científicos” deve pesar na hora de dar destino ao dinheiro público. Normalmente o investimento quando a questão é vida fora da Terra acaba indo parar em projetos que certamente produzirão avanços científicos, como por exemplo, o Telescópio Espacial Kepler, que está produzindo resultados fantásticos e revolucionando o campo de exoplanetas [14].
O efeito colateral dessa polêmica entre estudar ou não OVNIs, e a prevalência de poucos estudos sobre os tais, parece ser o fermento para as alegações fantásticas sobre alienígenas. Ao gigante Atlas era atribuída a tarefa de sustentar a Terra em seus ombros, e essa alegação extraordinária poderia ter ficado em pé eternamente se Newton não demonstrasse que maçãs e planetas “caem” pelo mesmo motivo.
A ciência é a vela no escuro. Onde falta a sua luz sobram alegações fantásticas. Talvez esses demônios da nossa ignorância sejam o indício de que faltam estudos sobre OVNIs. Resta saber se é coerente estudá-los com o dinheiro que sai do nosso bolso.
[12]U.S. Air Force Fact Sheet http://www.af.mil/information/factsheets/factsheet_print.asp?fsID=188&page=1
[13]The Physics of Interstellar Travelhttp://mkaku.org/home/?page_id=250
[14] Kepler Telescope http://kepler.nasa.gov/
3 comentários
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NA REALIDADE NÃO É BEM ASSIM QUE FUNCIONAM AS COISAS, CARO PEDRO COUTINHO, O SISTEMA DE DEFESA DE UM PAÍS NÃO PODE SER MOTIVO DE CHACOTA ATÉ PORQUE OUTROS PAÍSES TAMBÉM MUNITORAM OS CÉUS, NO CASO DO BRASIL O CINDACTA QUE É UM ORGÃO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO SEMPRE NOTIFICA APARIÇÕES DE OBJETOS ESTRANHOS ASSIM COMO AERONAVES DE OUTROS PAÍSES QUE PODEM ADENTRAR AS FRONTEIRAS DESTE IMENSO PAÍS, CASO UM DESTES ARTEFATOS SEJAM DETECTADOS PELOS RADARES CONFORME AS OBSERVAÇÕES DOS PONTOS DE QUEDA OU ATERRIZAGEM, OS MILITARES PRIMEIRAMENTE SERÃO ACIONADOS E IRÃO COLETAR DESTROÇOS OU QUALQUER OUTRA COISA QUE ESTEJA AÍNDA INTÁCTA, PARA SEREM LEVADAS PARA SÚBITA ANÁLIZE, E A INTELIGÊNCIA DA MARINHA E TUDO MAIS, FARAM UMA ENGENHARIA REVERSA DO OBJETO E CHEGANDO A UMA CONCLUSÃO OU NÃO ARQUIVARAM O CASO, OU ISTO SERÁ ALGO QUE SOMENTE ELES SABEM,ASSIM QUANDO CHEGA A IMPRENSA PRA ENTREVISTA DAS POSSÍVEIS TESTEMUNHAS, OS MILITARES LOGO SE PRECIPITAM EM DIZER QUE AQUILO FOI APENAS UM METEÓRO, E ISOLAM A ÁREA E PRONTO. NÃO EXISTE MAIS INCIDENTE E O FATO MESMO COM TESTEMUNHAS SE TRANSFORMOU EM UMA NOTÍCIA MENTIROSA, E ACABOU.
O Pedro escreveu uma piada…
De qualquer modo, naves espaciais que viajam entre estrelas não deixam destroços. Quem deixa destroços são objectos terrestres dos séculos XX e XXI. Nada mais 😉
abraços
“(…)De fato, nenhum OVNI jamais deixou evidência física que pudesse ser estudada em laboratórios para demonstrar sua origem de fora da Terra. A maioria dos OVNIs, quando estudados, resultam ser fenômenos naturais, como balões, meteoros, planetas brilhantes, ou aviões militares classificados. De fato, nenhum OVNI jamais deixou evidência física que pudesse ser estudada em laboratórios para demonstrar sua origem de fora da Terra.”
Isto é porque os extra-terrestres são espertos e usam OVNIs “made in china” para passarem despercebidos. Mas a mim não enganam. Não enganam não.
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