A Hora Mais Negra

5 jovens estrangeiros estão em Moscovo: uma jovem americana e uma jovem australiana estão de férias, dois jovens americanos estão temporariamente em trabalho, e um jovem sueco também está temporariamente em trabalho.

Inesperadamente, dá-se um apagão. Tudo fica às escuras. Os telemóveis ficam sem bateria.
Ao olhar para o céu, vê-se uma chuva de estrelas estranha. Cada um dos objetos luminosos, comporta-se de forma individual, começando a atacar as pessoas, desintegrando-as. É um massacre!

É um ataque extraterrestre!

Este primeiro ataque eletromagnético dá-se por todo o planeta: todo o planeta está sob ataque.
Outras cidades, como Nova Iorque, Londres, Paris e Tóquio, também foram atacadas por invasores invisíveis.

Os 5 estrangeiros conseguem escapar deste ataque, refugiando-se na cave/despensa de um estabelecimento.
Eles escondem-se durante 4 dias.

Quando voltam à superfície, tentam ir para a Embaixada Americana.
Moscovo é uma cidade deserta, destruída. Os carros estão parados na estrada, sem ninguém. Só existem cinzas que comprovam que as pessoas foram desintegradas.

Quando não estão luminosos, os seres são invisíveis. Só se percebem, porque parecem um pouco de vento sobre a poeira.
Eles são denunciados pela eletricidade. Eles interferem com a eletricidade. Quando estão próximos de sistemas elétricos, as coisas começam a dar luz, e percebe-se a presença deles.
Assim, as lâmpadas elétricas passam a ser dispositivos de aviso.

Os seres elétricos não vêem o sinal eletromagnético dos humanos, quando os humanos estão por trás de um vidro. O vidro é um isolador elétrico, que ofusca a detecção dos seres, tornando-os cegos nessa direção.

O jovem sueco, Skyler, que é um idiota em pânico, morre.

Os 4 americanos sobreviventes encontram uma jovem russa, Vika, e Sergei, um eletricista russo de meia-idade.
Sergei converteu o seu apartamento numa Gaiola de Faraday: as barras de aço servem de ligação à Terra e desviam as correntes elétricas externas. Assim, os extraterrestres de energia não conseguem “ver” os humanos.

Sergei também cria uma arma de micro-ondas. A onda eletromagnética criada por esta arma é capaz de destruir o campo energético das criaturas.
Isto faz com que os Humanos possam atordoar, ferir ou matar os alienígenas.

Os jovens ficam a saber que a Marinha Russa tem um submarino nuclear russo pronto a partir e a levar sobreviventes a partir do rio de Moscovo.
Os submarinos funcionam como Gaiolas de Faraday, e são fortalezas blindadas.

No entanto, a Gaiola de Faraday que é o apartamento, fica mal fechada, e os alienígenas atacam.
Sergei e Anne (a jovem australiana) são desintegrados.

Os restantes 4 vão tentar chegar ao submarino.

Eles encontram 4 polícias russos que os protegem: conseguindo afugentar um dos visitantes extraterrestres, disparando contra ele.

Os 4 jovens e os 4 polícias russos vão tentar ir até ao submarino.

O jovem americano Ben, o mais inteligente academicamente, é apanhado por um ser alienígena de luz, e é desintegrado.

Os 4 russos ficam em Moscovo a lutar contra os invasores alienígenas.
Sean, Natalie e Vika entram no submarino.

O submarino foge da Rússia e entra pelo mar adentro em direção ao resto do mundo, supostamente aos EUA.

The Darkest Hour (A Hora Mais Negra / A Hora da Escuridão) é um mau filme, mas curiosamente vi algumas coisas boas nele.

O filme The Darkest Hour prometia extraterrestres imaginativos, que “cairiam” na Terra como se de uma chuva de estrelas se tratasse. Eles seriam “invisíveis”, teriam uma enorme capacidade de controlar a energia eléctrica, e evaporariam os humanos só com o toque.
E cumpriu com o que prometeu.

Os extraterrestres foram bastante imaginativos, com uma “forma eléctrica”, apesar de poderem ser invisíveis…

Estes “alienígenas de luz” atacam com descargas elétricas, relâmpagos. O que é bastante criativo!
Eles destroem o que querem, desintegrando toda a vida que encontram, incluindo seres humanóides feitos de carbono que se auto-intitulam de humanos.

Cada ser luminoso extraterrestre vê os humanos quase como se fosse por infravermelho, sendo que os humanos parecem seres de luz (calor) para eles.

Quando os Humanos fazem fogo, isso faz com que haja uma sobrecarga de informação e os seres de luz ficam confusos e cegos.
A inclusão desta característica também foi excelente!

Sendo que ainda melhor, foi perceber que os seres elétricos não vêem o sinal eletromagnético dos humanos, quando os humanos estão por trás de um vidro. O vidro é um isolador elétrico, que ofusca a detecção dos seres, tornando-os cegos nessa direção.

Quando não estão luminosos, os seres são invisíveis. Só se percebem, porque parecem um pouco de vento sobre a poeira.
Além disso, eles são denunciados pela eletricidade, porque interferem com os sistemas elétricos próximos: as lâmpadas elétricas passam a piscar.
Mais uma vez, excelente! Porque é fora do normal para os filmes extraterrestres.

No entanto, no final, percebe-se que os alienígenas, afinal, parecem ser “normais”, insectoides (como um Alien mais pequeno, enrolado).
Mas estão dentro de bolhas eletromagnéticas: esse escudo elétrico (que é o que se vê como bolas de luz), concede-lhes invisibilidade.

Em conclusão, gostei da criatividade incutida à forma dos extraterrestres.
Os argumentistas foram imaginativos, fugindo às tradicionais formas extraterrestres.

No sentido oposto…

Este é mais um filme sobre invasão de extraterrestres. E não se destaca.

Não entendo porque os extraterrestres invadem a Terra em busca de energia elétrica.
Porque vêm à Terra absorver a energia elétrica, quando existe energia por todo o Universo?
Este geocentrismo chateia-me.

No filme é dito que o planeta é rico em minerais: cobre, níquel, etc, que são metais bons condutores de eletricidade. Por isso, é que eles estão a extrair os minerais do interior da Terra.
Mas afinal, eles buscam energia elétrica ou minerais? O filme é confuso.

Além disso, é dito que estes minerais devem ser a alimentação (comida) dos alienígenas.
Mais uma vez, se é assim, eles têm estes minerais em inúmeros planetas. Não precisavam de vir à Terra guerrear com Humanos.
Novamente, é o geocentrismo em acção.

Não entendo como os seres extraterrestres são luminosos, com uma forma elétrica, e simultaneamente invisíveis. São visíveis ou invisíveis?
Se têm uma forma de se tornarem invisíveis, então porque estão visíveis durante as lutas?

Se interferem com a eletricidade, se quando querem ser invisíveis são denunciados pelas lâmpadas elétricas, porque não prolongaram o apagão no planeta?
Faria muito mais sentido prolongarem o Apagão, já que assim não seriam expostos.

Mas no final, percebe-se que os alienígenas são como insectos enrolados dentro de uma bolha/escudo de luz.
Afinal o que se vê é só a sua “pequena nave”, o seu “fato espacial”, o seu “escudo”.
Isto devia ter sido muito mais desenvolvido.
Até poderia ter sido uma ideia fantástica, mas ao não ser explorada, ficou tudo muito confuso.
Chega-se ao fim e não se percebe o que eram os extraterrestres.

Adorei a Gaiola de Faraday.

Adorei o filme passar-se em Moscovo, e não em Nova Iorque, EUA, como é costume.

Gostei bastante da desintegração das pessoas.

Gostei de Ben, o geek, ter morrido, porque mais uma vez vai contra o que se espera neste tipo de filmes.

O filme é mau em termos de história.
O script é muito fraco.

Os atores têm um desempenho medíocre, com expressões exageradas e não credíveis.
Além disso, não existe o desenvolvimento das personagens.

As cenas de acção são inexistentes.

Os efeitos especiais são péssimos, pouco impressionantes. Exceto os referentes à desintegração de pessoas.

Não gostei da publicidade ao filme se ter aproveitado de conspirações à volta de raios globulares.
Isso é promover desinformação e conspirações, sem necessidade.

De forma bastante previsível, Anne, a jovem dependente dos outros a nível intelectual, morre rapidamente.

Durante grande parte da história, o jovem otimista americano Sean é que lidera os seus amigos. Até aqui, tudo bem.
No entanto, na presença da polícia russa, ele continua a comandar as tropas. Apesar de ser jovem e sem experiência, as opiniões dele é que decidem as coisas. Ele parece mandar em toda a gente.
Ele é que dá lições de incentivo e de estratégia aos polícias e militares russos.
Não faz qualquer sentido ser ele o líder, quando está na presença de pessoas mais velhas e com mais experiência de campo.

Não entendo porque a eletricidade, após o Apagão, voltou.
Porque os alienígenas não mantiveram a eletricidade cortada? Isso seria vantajoso para eles.

Ainda pior: não entendo como os serviços de telemóvel/celular voltam a funcionar.
Se os alienígenas viessem para conquistar o planeta, certamente que uma das primeiras coisas que fariam seria acabar com as comunicações globais, derrubando todos os satélites.

No final, não entendo para onde vai o submarino.
Supostamente pode ir para qualquer lado do mundo, sendo que é implicitamente assumido que vai para os EUA (levar os jovens).
No entanto, se todo o mundo foi atacado, não existe qualquer local seguro. Então não existe uma razão lógica para um submarino russo ir na direção dos EUA. Seria mais vantajoso se se mantivesse escondido, debaixo de água.

Por fim, como acontece quase sempre nestes filmes, apesar de todo o poderio dos extraterrestres, apesar dos alienígenas serem muito mais desenvolvidos que os Humanos, os Humanos ganham a batalha (pelo menos temporariamente, em Moscovo).
Sem surpresa, os extraterrestres super-poderosos voltam a falhar.
Estes finais demasiadamente previsíveis e irrealistas dececionam.

8 comentários

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  1. Desculpe continuar a conversa, mas não resisto… 🙂

    Desde que me comecei a interessar por astrobiologia (Sou bióloga de formação e sempre tive a astronomia como hobby) que achei que seria impossível que os extraterrestres fossem humanóides. A quantidade de variáveis que teriam de ser iguais aqui e no planeta de origem (A composição química, a distância à estrela, a categoria da estrela, a gravidade, a magnetosfera… Além de terem de ter tido uma história semelhante, para existir uma atmosfera com oxigénio – e todas as defesas anti-oxidantes que temos de ter para viver numa atmosfera venenosa de oxigénio…). E obviamente, teria de ser baseada em carbono… Porque poderá ser baseada em silício, mas só poder sobreviver dentro de vulcões, por estar adaptada a uma temperatura muito mais alta. 🙂

    Não sei se algum dia iremos conseguir descobrir vida extraterrestre. Penso que ainda que os extraterrestres nos acenem com a proverbial cenoura, poderão ser tão diferentes das formas de vida a que estamos acostumados que não os consideremos “vivos”.
    Parece-me que quer Titã, quer Europa serão bons candidatos a albergar vida no nosso Sistema Solar. Mas mesmo em Marte poderá existir algum tipo de vida, dentro de pedras ou protegidos de outra forma.
    E aqui há algum tempo, não sei se National Geographic ou no Odissey, vi um documentário onde se falava de possíveis formas de vida extraterrestre, e uma das que mais achei viáveis desenvolvia-se nas camadas gasosas de planetas como Júpiter, uma espécie de balão meteorológico com quilómetros de altura com uma espécie de “raízes” que mantinham o equílibrio e preveniam que as “crias” (assumia-se a reprodução sexuada, penso eu) caíssem nas camadas mais profundas e fossem esmagadas. 🙂 🙂

    É uma área de estudos fascinante, sem dúvida!!

    Um abraço
    Carla Graça

    1. “achei que seria impossível que os extraterrestres fossem humanóides. A quantidade de variáveis que teriam de ser iguais aqui e no planeta de origem”

      Tenho a mesmíssima opinião 😉

      Quanto ao tipo de extraterrestres e a nos acenarem, deixo esta ideia que é o que penso que irá acontecer:
      http://www.astropt.org/2007/07/09/vida-estranha/
      “é provável que mesmo que encontremos vida extraterrestre, ela poderá ser tão estranha que nem a reconheçamos como vida.”
      🙂

      Quanto aos “balões” de Júpiter, é uma ideia de Carl Sagan, com hunters, sinkers, e floaters 🙂
      http://www.youtube.com/watch?v=uakLB7Eni2E
      http://deadspacefanon.wikia.com/wiki/Jovian_floater
      😉

      abraços!

  2. Pelo trailer é tristemente estúpida a ideia. Tipos que só se observam como uma bola de radiação visivel alaranjada/amarela e tem como refeição electrões com alguma acelaração (12V DC, 112V AC, 230V AC), era mais facil para estes ETs alimentarem-se no espaço tempo ao pé de um evento cósmico mais intenso. Num lugar desses deve existir electrões e outros leptões com muita energia cinética para eles encherem a barriga. Os tipos dos filmes deviam-nos poupar com tanta ignorância, o estereótipo do ET condensador é dos anos 30 do século XX…

    1. Eu até achei a ideia gira… pelo menos não são extraterrestres humanóides 😉
      Mas sim, tem toda a razão… haveria sítios muito mais interessantes e eficazes para conseguirem fontes eléctricas 😉

      1. Sim, o que mais me irrita nos filmes de extraterrestres é a sua forma quase exclusivamente humanóide… Que raio, mas será que ninguém tem imaginação? Seres rastejantes, flutuantes, com apêndices completamente diferentes dos nossos… E isto se provierem de um planeta cuja vida é baseada em carbono… Porque pode ser baseada em silício e só conseguirem viver em vulcões, ou, como neste caso, ter uma base eléctrica… Como gostava de poder estudar consigo, Carlos Oliveira. Só para ter uma ideia mais formada sobre os tipos de vida extraterrestre que podem haver.

      2. Obrigado Carla 🙂

        Sim, incluindo na Terra existem seres multicelulares a viver em cavernas de enxofre (mortal para os Humanos e um Paraíso para eles) e até no fundo dos oceanos, sem luz, à base de enxofre, e com uma pressão muito acima do que poderíamos suportar 😉
        Aliás, no início da Terra nem sequer oxigénio havia, e já havia vida 😉
        Daí eu achar que Titã será um dos locais potencialmente mais apropriados para a vida… mas não como nós a conhecemos 😉

        Mas olhe que eu sou muito “duro” com os alunos 🙂

        É certo que, segundo os próprios estudos feitos, 90% dos alunos entram na aula com quase “certezas” de como os ETs têm de ser (normalmente humanóides)… e 80% acabam o ano sem saberem nada como um extraterrestre será 🙂

        Eu adoro o que faço 😉
        Mas estou ciente que muita gente é contrária a esta forma de ensinar ;). Porque acham que eu deveria dar respostas e não mais dúvidas 😉

        abraços! 🙂

  3. obrigado carlos, agora já n me apetece ver o filme… tava um pc expectante em vê-lo LOL

    1. LOL 🙂

  1. […] e sobretudo a anos-luz da qualidade e inovação de Blair Witch Project. Mas sempre é melhor que A Hora Mais Negra, apesar de achar que ambos têm uma premissa que merecia um melhor […]

  2. […] autista de 11 anos grava todo o evento com a sua máquina. É um filme gravado da mesma forma que The Darkest Hour, Cloverfield, Skyline, The Fourth Kind, Blair Witch Project. Tal como esses filmes, este também é […]

  3. […] entretenimento. No entanto, é bastante “básico”, e parecido com outros filmes, como The Darkest Hour e […]

  4. […] Into Darkness. Elysium. Oblivion. Relatório de Europa. Infectados. Moon. Ender’s Game. A Coisa. Hora Mais Negra. The Happening (aqui). Andromeda Strain. Avatar (filme, plantas, ciência, comentário). Gravidade […]

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