O astrónomo Abraham Loeb publicou um artigo onde defende que a vida pode ter existido quando o Universo era um bebé de apenas 15 milhões de anos (actualmente tem 13.800 milhões de anos). Ele argumenta que como o Universo era mais quente (a radiação cósmica de fundo poderia ter cerca de 30ºC e não -270ºC como agora), então mesmo planetas rochosos longe das estrelas poderiam ter água líquida na sua superfície. Nessa altura, já existia a química necessária para o desenvolvimento da vida, por isso ele argumenta que essa altura foi perfeita para existir vida como a conhecemos – já que todos os planetas rochosos eram banhados pela temperatura necessária para terem água à superfície, sem necessidade de estarem à distância ideal de uma estrela.
Durante cerca de 3 milhões de anos, o Universo tinha as condições ideais para a vida – a chamada Época Habitável.
Uma das críticas que se coloca a esta ideia é o facto de que nesta era existia uma enorme quantidade de radiação no Universo.
No entanto, mesmo actualmente, temos vida bastante resistente à radiação. Por outro lado, radiação é energia, por isso poderia ser utilizada como “alimento” da vida – seria benéfica em vez de prejudicial.
Caso Loeb esteja correcto, então a época áurea para a vida seria nesta altura. Nós aparecemos demasiado tarde. Aparecemos numa altura em que o Universo tem uma temperatura muito mais baixa e por isso é mais difícil para a vida se desenvolver. A ser assim, estamos atrasados cerca de 13 mil milhões de anos. Nós nascemos na era pós-vida. E potenciais “amigos” (civilizações extraterrestres) que poderíamos ter, viveram e morreram há milhares de milhões (bilhões, no Brasil) de anos.
Claro que tudo isto é muito especulativo… Interessante, mas especulativo.
Leiam o artigo na Nature, aqui, e o artigo científico, aqui.
5 comentários
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Olá gente Boa, percebi que os seres humanos são bem capazes de imaginar.
Vamos imaginar um mundo real em que o respeito pela vida seja prioridade.
Abraço a todos.
Não da pra duvidar..
Mas discurso um pouco quando fala que já teria todos os elementos da vida.
Até teriam, mas seriam muitíssimos mais raros doq hoje em dia.
Mas isto não impede de ter, afinal o universo é vasto e algo raro pode até ter bastante em algum lugar
Mas afinal diminui as chances
Se hoje podemos dizer que seria 1 em 1 bilhão
naquela época poderíamos dividir as chances em mais outro bilhão
bilhão = mil milhões (informação para os Portugueses)
e claro, poderia ainda existir vida totalmente desconhecida para nossa ciência
mas o mais legal desta hipótese, é que poderia essa vida antiquíssima poderia ainda estar viva hoje em dia
claro, poderia ser uma espécie parecida com uma alga
mas se fosse uma espécie inteligente, imagina só o avanço tecnológico que teriam atingido
(ou melhor, nem imagina, pq nem da mesmo..)
Imagino civilizações que tenham vivido desde essa época. Sua tecnologia seria tal que nem sequer compreenderíamos como tal, poderiam chamar-los verdadeiros deuses-astronautas. Mas é claro que é improvável que se interessariam a vir a nosso primitivo mundo ensinar um bando de macacos a minerar ouro ou construir pirâmides, kkkkkk :p
Caro Jonatas Almeida
Se alguma civilização desse período sobreviveu até os momentos atuais em constante evolução biológica e tecnológica, então é bem provável que nos observem e nós nem damos por isso. Se tal civilização existir é possível que eles tenham uma existência bem para além dos nossos sonhos mais loucos…
Author
Se eles evoluíram desde essa altura, nós não somos capazes de os detectar ou sequer de pensar neles como vida 🙂
Seria mais ou menos como as guerras dos Q em Star Trek, que nós pensamos serem eventos naturais a que chamamos supernovas 🙂
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