Rover Curiosity tira fotografia a luz estranha na superfície de Marte

Na área conhecida como Kimberley, na superfície marciana, o rover Curiosity tirou esta fotografia onde aparece uma estranha luz branca:

O que será?
Será uma nave extraterrestre? Se tem luz, não é nave extraterrestre.
Será uma estrutura em Marte a refletir a luz do Sol? Mas não existem estruturas.
Será que a NASA nos esconde a verdade? Bem, se a NASA quisesse esconder, não era a própria NASA a disponibilizar as imagens para toda a gente ver.
Será um marciano a fazer-nos sinais de luzes com uma lanterna? Deve ter roubado a lanterna quando veio visitar a Terra…

Bem, vou parar com as perguntas tolas, a partir de imbecilidades que fui lendo em algumas páginas de Facebook.

Para mim, existem aqui duas características principais:
– uma delas é que estamos a lidar com “raw images” – imagens não tratadas. Todas estas coisas não aparecem nas imagens “todas bonitas” que vemos de Marte. E como é uma “raw image” obviamente que vai ter defeitos.
– a segunda característica e a mais importante é que isto só aparece na fotografia tirada pela câmera da direita (right navcam). Ao mesmo tempo, a fotografia tirada pela câmera da esquerda (as fotos são tiradas como os nossos olhos, ao mesmo tempo por ambos, em stereo), não mostra qualquer luz aparentemente no horizonte.

Vejam a mesma foto tirada pela câmera da esquerda:

Será uma luz seletiva? Só para ser vista pelo olho direito?
Obviamente que não. Isso seria absurdo.

A explicação, dada pelo conhecido Doug Ellison, que trabalha com imagens – e que já foi aceite por outros cientistas – é que um raio cósmico colidiu com a câmera do Curiosity.

E pronto: é um evento normal. Ou no mínimo, não sobrenatural.
E é um evento frequente, já que praticamente todas as semanas, o Curiosity tira fotografias com “pontos de luz”, que serão os raios cósmicos a colidir com a câmera em causa.

Claro que quem não vê “raw images” todas as semanas, pode se deixar levar pelas imbecilidades que alguns vigaristas resolvem inventar…
Mas para isso, estamos cá nós: para colocarmos os “pontos nos iiis”.

E não é melhor perceber a realidade das coisas e compreender que o Universo é tão fantástico que máquinas feitas por humanos encontram-se a 92 milhões de quilómetros de distância de nós a “levar” com raios cósmicos em cima, do que inventar fantasias sem imaginação que só servem para entreter mentes infantis?