Eclipse Solar Total

É um dos eventos mais espectaculares da Natureza: um eclipse solar total – nome enganador, pois o correcto deveria ser ocultação do Sol pela Lua (vejam na nossa lista aqui nesta “thread” a fim de saberem o porquê — aqui e aqui).
O local do eclipse terá lugar desde parte da região polar Norte, passando pela Sibéria, Rússia, e China… Não haverá qualquer parcial que chegue a Portugal. Apenas mais para o leste da Europa.

Vejam a lista de webcasts:
http://sunearthday.nasa.gov/2008eclipse/
http://exploratorium.edu/eclipse/china2008.html
http://www.sems.und.edu/
http://novosibirskguide.com/eclipse-2008/live-broadcasting/ (onde estará uma equipa de portugueses)
http://www.live-eclipse.org/

Para entender a mecânica subjacente aos eclipses é imprescindível a leitura da seguinte página.
Depois de se inteirar da mecânica dos eclipses, comece por analisar com mais pormenor sobre a dinâmica dos contactos Sol-Lua.

A imagem acima (clique sobre ela para aumentá-la) representa a orientação da eclíptica e do plano orbital da Lua para o dia 1 de Agosto de 2008. O nodo representa o ponto de intersecção do plano da eclíptica, no qual a maioria dos planetas do Sistema Solar orbitam, com o plano da órbita da Lua.

Esta última imagem (clique sobre ela para aumentá-la) ilustra a sequência dos contactos numa situação de uma localidade que esteja precisamente na faixa central (quase próximo do meio dessa faixa central). A fase da totalidade inicia no contacto II e termina no contacto III. O contacto I inicia quando o bordo Oeste da Lua “toca” no limbo Oeste do Sol (note que o Sol está cerca de 400 vezes mais distante de nós do que a Lua, e que por coincidência, o seu diâmetro também é 400 vezes maior, o que faz com que, para um observador na Terra, os diâmetros aparentes dos dois astros sejam tão semelhantes). O contacto II sucede quando todo o disco solar está sob o disco lunar e o bordo Oeste da Lua “toca” no limbo Este do Sol. Depois no máximo, o centro do disco da Lua poderá coincidir ou não com o centro do disco do Sol (no caso ideal, isso acontece precisamente no meio da faixa central do eclipse.) No contacto III, o bordo Este da Lua toca no limbo Oeste do Sol; no final do eclipse, o bordo Este da Lua contacta com o limbo Este do Sol.
Nota importante: A Lua, da imagem à direita, nos contactos II e III e no máximo foi propositadamente tornada transparente para se ver o disco do Sol que está ATRÁS do disco lunar. Nos contactos II e III sobressai um pouco do disco lunar para a direita no contacto II, e para a esquerda no contacto III. No máximo o disco lunar sobressai um pouco mais em torno do disco solar que está em segundo plano. A convenção usada para as direcções da Lua foi a estipulada pela IAU em 1961. Esquemas da autoria de Jorge Almeida.
A totalidade corresponde ao intervalo de tempo que decorre desde o início do contacto II até ao contacto III. A duração máxima teórica de um eclipse solar total na totalidade é de 7 min 31 s. Amanhã terá a duração 2 min 27 s no máximo possível. Observe que em toda a totalidade o tempo de eclipse vai obviamente variando, assim como o afastar-se da faixa da totalidade.

Segue o mapa da faixa da totalidade do eclipse da autoria de Fred Espenak da NASA. O eclipse começará, grosso modo, no Canadá, por volta das 8 h 30 min UT (lá serão 2 h 30 da manhã – já será dia lá, lembre-se que a grande latitude, os dias são muito mais longos no Verão), e às 10 h 30 min de Portugal o eclipse estará na Gronelândia, ou seja, às 9 h 30 min UT. Chegará à China da parte da tarde, quando aqui em Portugal for meio-dia.

Leiam este longo e bastante engraçado artigo do “Gonzo Scientist”, sobre a sua experiência em ver um eclipse solar total na Mongólia.
Vejam também os vídeos e entrevistas.

Imagens de Anthony Ayiomamitis:


147 passageiros a bordo de um avião perseguiram o eclipse pelo Ártico, durante mais de 2 minutos. Uma aventura só para quem é bastante rico.

E uma das fotos do Eclipse Total:

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