“Durante os voos das astronaves Apollo os astronautas relataram terem observado estranhos clarões de luz, visíveis até quando estavam de olhos fechados. Desde então aprendemos que a causa disso são os raios cósmicos — partículas extremamente energéticas vinÂdas de fora do sistema solar e que atingem a Terra, e que estão constantemente bombardeando sua atmosÂfera. Quando elas chegam a atingir a Terra, ainda têm energia suficiente para causar causar problemas nos equipamentos eletrónicos das naves e satélites em órbita. (…)
Mas a pergunta que permanecia sem resposta era: O que acelera essas partículas, na maioria prótons, para fazê-los viajar em velocidades próximas à da Luz? Nem mesmo o LHC será capaz de acelerar partículas a velocidades tão altas quanto a desses raios cósmicos, que quase alcançam o “limite máximo de velocidade” do Universo.
O que os cientistas do observatório Chandra agora conseguiram foi flagrar em funcionamento esse acelerador de partículas natural. (…)
Os cientistas observaram uma supernova que explodiu no ano 185 da nossa era e que foi detectada por astrônomos chineses da época. Os restos da explosão, conhecidos como RCW 86, estão a 8.200 anos-luz da Terra, na constelação Circinus (compasso). (…)
O telescópio Chandra foi capaz de medir até mesmo a onda de choque causada pela explosão. (…)
A temperatura do gás atinge 30 milhões de graus Celsius, o que pode parecer muito, mas é muito menos do que o esperado. Dada a onda de choque da explosão, essa temperatura deveria ter aquecido o gás ao menos a meio bilhão de graus. “A energia faltante é o que acelera os raios cósmicos,” concluem os cientistas.”
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