Curso de Astrobiologia, no Porto

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Leccionei um curso de astrobiologia em Junho de 2009, no Centro de Astrofísica da Universidade do Porto / Planetário do Porto.
Leiam todas as informações sobre o curso, clicando aqui e aqui.

A avaliação anónima feita pelos alunos foi excelente.
Algumas notas dadas pelos alunos que valem a pena realçar:
– apreciação global ao curso: foi excelente.
– avaliação ao formador: o formador foi considerado excelente.
– aspectos mais positivos do curso: o incentivo à participação dos formandos, o espírito crítico, o debate de ideias, a motivação, a interacção, a multidisciplinaridade.
– aspectos mais negativos do curso: o curso deveria ter mais horas, a pouca carga horária, deveria haver maior divulgação destes cursos, deveria haver mais cursos destes.
Todos recomendariam este curso a outras pessoas!

O curso reflecte o que David Zindell escreve no seu livro Neverness: “We do not see things as they are; we see them as we are.”
E é bem verdade.
Na ciência, na sociologia, na psicologia, na astrobiologia, na convivência social diária, vemos as coisas sempre pela nossa perspectiva, pelos nossos padrões, e não pela sua natureza intrínseca.
Na astrobiologia ou na ficção científica, esta é uma verdade indesmentível. A nossa procura de extraterrestres ou a forma e as atitudes que incutimos aos extraterrestres, diz muito mais sobre nós do que propriamente sobre eles. Nós vêmo-los a eles, como se eles tivessem de ser como nós…

Esta é basicamente a grande mensagem do meu curso:
Os Extraterrestres Somos Nós!
Quando estudamos astrobiologia, estamos na verdade a estudar-nos a nós próprios.
arvore

3 comentários

6 pings

  1. alguma chance de um curso no brasil?
    gostaria muito de fazer um. Pode me manter informado das datas?

    1. Olá,

      Para já, não tenho planos disso.
      Mas talvez para o ano. Vá lendo o blog que eu vou dando novidades 😉

      abraços

  1. […] O conto, como todos os contos de ficção científica, é uma metáfora, uma crítica à Humanidade. Neste caso, a crítica era ao imperialismo da “Europa civilizada”, mais precisamente à Grã-Bretanha, que utilizava a sua superioridade tecnológica (máquinas) para subjugar as suas colónias num imperialismo impiedoso. Se fosse hoje, a crítica seria certamente ao poderio militar dos EUA. Wells critica igualmente a forma como a Humanidade trata os outros seres terrestres, exterminando as espécies. As histórias nunca são sobre extraterrestres, mas sim, sempre, sobre nós. […]

  2. […] delas com prémio de apresentação), tive alguns prémios pelo caminho, leccionei um mini-curso no Porto e outro nos Açores, dei algumas entrevistas para televisões, rádios e jornais, entre várias […]

  3. […] Há 2 anos atrás, decidi dar conta do inovador curso de astrobiologia que lecciono aqui, num artigo que foi avaliado e aceite pelo International Journal of Astrobiology. Falei disso, neste post. Entretanto, dei um mini-curso na FCUP, baseado no curso que lecciono aqui. Falei disso, neste post. […]

  4. […] palestras (como podem ler aqui), também nas aulas sou um bocado “diferente”. Na disciplina de astrobiologia que leciono por aqui, na 1ª aula (de apresentações) aviso os alunos que nos testes não quero […]

  5. […] Já na visão sofisticada, estão incluídos 7% que são respeitantes a respostas tais como: ETs somos nós, ETs são reflexos de nós, ETs são seres idealizados pelas nossas concepções limitadas, etc, o […]

  6. […] perspectivas novas na astrobiologia (que se tem mantido “presa” em termos mentais, procurando só por vida que já conhecemos). Mas para o público em geral (sobretudo para aqueles que pensam que foi descoberta uma […]

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