Extinção há 250 milhões de anos foi devido a impacto de cometa

impact

Há pouco mais de 100 anos deu-se a explosão de Tunguska. Um objecto de algumas centenas de metros de diâmetro, e de composição rochosa, explodiu na atmosfera terrestre, sobre uma região remota da Sibéria. Tivemos sorte que a composição do objecto o fez explodir na atmosfera. Leiam aqui.

Nos últimos 600 milhões de anos, tivemos 6 extinções em massa. Leiam aqui.
A única extinção que se sabe a causa, foi há 65 milhões de anos. Nessa altura, um asteróide de 10 kms de diâmetro entrou na atmosfera, embateu na zona do México, e produziu uma cratera de cerca de 180 kms de diâmetro. O resultado foi a extinção de cerca de 75% de toda a vida na Terra, incluindo os dinossauros.
dinosaur asteroid
A extinção em massa mais forte foi a de há 250 milhões de anos atrás, que matou cerca de 95% das espécies terrestres. Não se sabe a causa certa.
Mas um estudo da NASA em 2006 revelou uma cratera na Antárctica, que foi datada para essa altura.
A cratera tem 500 kms de diâmetro e foi feita por um objecto com 50 kms de diâmetro!!!
Esse espantoso impacto e as consequentes alterações climáticas gravíssimas, levou a que a vida na Terra praticamente desaparecesse.
crustal thickness
gravity signala
Incrível!!!
crater comparison
Lições para o presente? 🙁

7 comentários

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  1. Já agora, leiam também este excelente texto:
    http://io9.com/5558871/why-did-nearly-all-life-on-earth-die-250-million-years-ago

  2. Olá Sérgio,

    Sim, maior cratera na Terra. Isso está explícito no último gráfico, com comparação entre várias crateras no Sistema Solar
    🙂

    Sim, tens razão quanto ao diâmetro. É o que faz estar quase a dormir
    🙂
    Vou corrigir.

    Obrigado! 😉

    ROCA, cheers!
    🙂

  3. physorg.comTrata-se de uma cratera de impacto ‘não confirmada’ e intrigante. Se for confirmada, passará a ser a número 1 das crateras de impacto conhecidas na Terra

    http://eternosaprendizes.com/2010/01/20/quais-sao-as-maiores-crateras-de-impacto-na-terra/

    .
    Infelizmente é um estudo de 2006 e de lá para cá ainda não tivemos novidades sobre esta hipótese. Segue mais um artigo do tema:

    http://www.physorg.com/news68455520.html

  4. Olá, Carlos

    Esta é a maior cratera descoberta na Terra!

    Tenho apenas uma pequena correcção: estima-se que o objecto que explodiu em 1908 em Tunguska teria um diâmetro na ordem dos 60 a 1000 metros (não 8 km). O objecto terá sim explodido a 8 km da superfície. 😀

  5. Concordo 🙂
    Com um ponto de interrogação teria ficado melhor, mais verdadeiro 😉

    Também concordo que há a tendência para “tudo o que é mistério” ser resolvido com impactos…

    Vou ver se compro o livro que referes. Parece ser interessante. Aliás, todo este assunto, parece-me super-interessante
    😀

  6. Se calhar punha um ponto de interrogação no título 😉

  7. Olá Carlos,

    não conhecia este estudo. De facto, um impacto de um objecto dessa grandeza teria consequências devastadoras. Falta saber se é realmente uma cratera de impacto e se a data associada coincide mesmo com a extinção do Pérmico-Triásico.

    Desde que a ligação entre a extinção dos dinossáurios e o impacto de um meteorito/cometa foi sugerida e ganhou credibilidade, tem havido uma tendência pela parte de vários cientistas de tentar aplicar “a mesma fórmula” às restantes extinções 😉

    Há um livro muito bom por um especialista nesta extinção, o Douglas Erwin, intitulado: “Extinction: How Life on Earth Nearly Ended 250 Million Years Ago”, de 2006. Neste livro, o autor descreve a evidência existente para a extinção e as teorias propostas para a explicar (e há várias) de uma forma imparcial. Tanto quanto me lembro, a hipótese do impacto tinha pouco a favor dela, em especial pela ausência de uma cratera de impacto datada da altura (o que fica resolvido se a descoberta de que dás conta se confirmar). No entanto, também não existe registo de depósitos anormais em rochas com essa idade, como a camada rica em irídio associada ao impacto de Chicxulub.

    Vamos ver o que isto dá. Será interessante ver os resultados de um estudo mais aprofundado desta nova cratera. No sítio em que está vai ser complicado 😉

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