Paul Schenk é um investigador do Lunar & Planetary Institute, especialista em topografia das luas geladas dos quatro gigantes do Sistema Solar. Na verdade, pouco se sabe acerca da topografia desses distantes mundos, uma vez que as sondas que os visitaram não possuíam altímetros que pudessem construir rigorosos mapas topográficos da sua superfície. Para executar o seu trabalho, Schenk tem de recorrer a técnicas de estereogrametria (análise de duas fotografias do mesmo local obtidas de ângulos diferentes) e de fotoclinometria (determinação da topografia a partir da análise do comprimento das sombras) para construir as suas projecções topográficas em 3D, geradas a partir das imagens captadas pelas sondas Voyager, Galileo e Cassini.
Schenk tem divulgado muito do seu trabalho no seu blog (vale a pena uma visita!) e no YouTube, onde tem publicado espectaculares vídeos de voos virtuais sobre as luas geladas dos gigantes gasosos. Convido-vos a assistir aos três novos trabalhos publicados recentemente, que nos mostram estruturas surpreendentes na superfície de Jápeto, de Tétis e de Reia.
A cordilheira equatorial de Jápeto e os seus gigantescos picos (alguns com mais de 20 km de altitude).
A jovem Inktomi, uma cratera com raios brilhantes, com cerca de 48 km de diâmetro, localizada na superfície de Reia. Ao lado, a mais antiga cratera Nishanu (120 km de diâmetro e 6 km de profundidade).
Odysseus, uma gigantesca bacia de impacto em Tétis, com cerca de 420 km de diâmetro de 8 km de profundidade.
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Amazing! 🙂
[…] Vejam um voo virtual sobre esta impressionante estrutura aqui. […]