MIT Desenvolve Nano-Satélite Para Observar Exoplanetas


(A especialista em exoplanetas Sara Seager posa com o protótipo do ExoPlanetSat)

O MIT (Massachusetts Institute of Technology), em colaboração com o Draper Laboratory, desenvolveu um satélite minúsculo, designado de ExoPlanetSat, capaz de observar por períodos prolongados uma estrela na tentativa de detectar trânsitos de exoplanetas. O satélite, o primeiro de muitos que estão planeados, tem as dimensões de um pão de forma: 10 cm de largura, 10 cm de altura e 30 cm de comprimento.


(O ExoPlanetSat)

A técnica dos trânsitos é uma das mais produtivas na descoberta de exoplanetas e existem já dois telescópios no espaço que a utilizam: o CoRoT e o Kepler. Estas missões, no entanto, não têm como objectivo estudar um sistema em particular. Antes, observam milhares de estrelas em simultâneo com o intuito de detectar um grande número de exoplanetas. A ideia é realizar um censo que permita determinar a frequência relativa de cada tipo de planeta. As estrelas observadas são também longínquas, situadas a várias centenas ou mesmo milhares de anos-luz.

O objectivo do ExoPlanetSat, não é o mesmo. O pequeno satélite irá ser usado para observar com grande precisão e durante longos períodos estrelas mais próximas, brilhantes (magnitude < 8), em que tenham sido previamente detectados planetas em trânsito ou, por algum motivo, identificadas como potencialmente interessantes. Um excelente exemplo é 55 Cancri para a qual foram recentemente descobertos trânsitos de uma Super-Terra, o 55 Cancri-e.

O pequeno satélite está dividido em três segmentos. A parte dianteira contém o sistema óptico e os detectores, e está montado numa plataforma desacoplada do resto do satélite. Existem dois detectores: um para efectuar as medições fotométricas e outro para manter a imagem da estrela sempre nos mesmos píxeis do outro detector. Isto é essencial para atingir uma elevada precisão nas observações. Este segundo detector fornece "feedback" a motores piezo-eléctricos na base da plataforma que mantém o sistema óptico perfeitamente alinhado, compensando qualquer movimento do satélite. Os motores são alimentados por baterias, por sua vez alimentadas por energia solar. Os outros dois segmentos contém hardware utilizado no controlo e estabilização do satélite e a electrónica que o controla.

O lançamento do primeiro destes satélites está previsto para 2012. O protótipo foi desenvolvido por 5 milhões de dólares, mas quando em produção, cada satélite custará “apenas” 600 mil dólares. Podem ver a notícia, com um vídeo, aqui.

3 comentários

    • duarte josé seabra on 17/05/2011 at 17:42
    • Responder

    And ze petit french satelaite can also make ze nice french fries and ze nice french toast.and ze nice frenche planète,with ze nice Mayor et Quelloz Mayonnaise,and ze Nuno Santòs Portò avec ze molhò de francèsinhá;and if ze petit french satelite make ze planet observation in ze Porto,it makes ze francèzinhá planète….

    agora,a sério;fantástico satélite;quem sabe,teremos nano-naves inter estelares algum dia ?
    parabéns pelo vosso fantástico astro.pT(duarte seabra;Porto)

  1. uau! É metade de algumas baguettes francesas 🙂

    1. Pois, e as baguettes francesas ficam mais em conta 😉

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