Mai 22

Fim do Mundo faz explodir blog

No mês passado tínhamos publicado um post sobre os recordes do astroPT.
Nesse post, deixamos a informação que o record diário era 6.136 visitas num dia.

Mas ontem, dia do fim do mundo, ultrapassamos esse record.
Ontem, 21 de Maio de 2011, tivemos 7.217 visitas.

Olhando por alto para as estatísticas do tipo de posts lidos, diria que mais de 90% das visitas foram relativas ao fim-do-mundo 😛

Carlos Oliveira

Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.

Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.

Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).

Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.

Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.

14 comentários

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  1. Sim entre países.
    Entre cientistas e não cientistas…Repare-se na diferença de saber explicar e entender verdadeiramente o que nos rodeia. Mesmo um astrónomo terá mais facilidade em entender factos simples da física ou biologia ou vice versa. Há, na minha opinião, domínios essenciais, que fazem falta.
    Este blog tem sido uma ponte, entre cientistas e não cientistas…

    1. ahhh sim, sem dúvida. Mas um astrónomo tem sobretudo física 🙂

      Mas por exemplo, não há grandes pontes entre biologia e geologia. Os biólogos não sabem o processo de formação de rochas, como os geólogos não precisam saber da ADN.
      Ou engenharia (se não fôr aeroespacial) nem sequer sabem quais os planetas no Universo.
      etc… etc…
      há estudos interessantes nesse sentido… em que estudantes de uma matéria científica não têm quaisquer bases de outra… 🙁

      Parece-me – é a minha opinião – que faz falta um estudo transversal do todo. A parte holistica (sem entrar por New Age), de como se ver o todo, as diversas ligações entre diversos aspectos da natureza) faz falta à ciência e à educação.
      Desde pequenos, na escola, que aprendemos que uma coisa é aprender português e outra diferente é aprender ciências da natureza por exemplo (como se em ciência se falasse Chinês). Numa hora vai-se para Física, e noutra hora para Química, e noutra hora para Biologia. Nem nos apercebemos que na realidade está tudo ligado.

      Vemos tudo compartimentado, e perdemos a noção do todo.
      Quando digo “nós”, digo todos nós mesmo… não só os cientistas especializados numa área, mas sim toda a gente que desde miúdos aprendemos na escola que as coisas são diferentes.

      Bem, é só a minha opinião 😉

        • Ana Guerreiro Pereira on 24/05/2011 at 16:24
        • #

        Carlos, não te esqueças que há biólogos-geólogos 😀

      2. sim, claro. Como há bio-químicos :P, e astrobiólogos 😛
        Mas estou a falar na generalidade.
        Se fores por exemplo, às universidades perguntar a alunos de biologia quantas luas tem Marte, por exemplo… não sabem.
        O que é normal… não tou a dizer mal dos biólogos… se fores a alunos de astronomia perguntar sobre ATP é a mesma coisa.
        Tudo depende das cadeiras específicas que tiveram na escola… senão não sabem.

        Daí a profusão de reikki, pulseiras quanticas, astrologia, e outras cenas pseudo… porque esses usam termos de outras ciências, de forma completamente estapafúrdica mas as pessoas nem notam as asneiras.

        • Susana on 24/05/2011 at 22:17
        • #

        Tirei isto da “wikipédia”: “A geologia relaciona-se directamente com muitas outras ciências, em especial com a geografia, e astronomia. Por outro lado a geologia serve-se de ferramentas fornecidas pela química, física e matemática, entre outras, enquanto que a biologia e a antropologia servem-se da Geologia para dar suporte a muitos dos seus estudos.”
        A minha visão é simples há maior entendimento entre os cientistas acerca da vida, da terra, da natureza e de quem efectivamente somos.
        Para usar um computador necessito de competências básicas, será importante conhecer os seus componentes, o seu modus operandi?Talvez.
        E de todos os electrodomésticos…? Também, talvez.E do carro?E das antenas? E dos satélites?E os fenómenos naturais?E tanta coisa…A curiosidade é inata ao ser humano. Onde é que, alguns de nós, parámos e porquê? Concordo, a escola é um ponto de partida.

  2. Esse conhecimento transversal serviria para lidarmos sabiamente com o que nos rodeia e funcionaria como impulso a aquisição de outras competências. A inteligência humana é desperdiçada e isso começa de facto na escola…

    Por outro lado será impossível sabermos tudo porque existe demasiada informação, necessária e não necessária, e falta de tempo para processar, investigar, escolher.

    Pois parece que há uma assimetria de conhecimento que nos distancia uns dos outros. A evolução não está a ser uniforme pois não?

    De resto acho que muita coisa me tem passado ao lado, e sinto-me sempre fascinada com notícias, imagens, divulgações.

    1. Não percebi a parte do não uniforme.

      Refere-se a entre países, por exemplo? Se assim fôr, concordo.

      Se fôr entre cientistas e não-cientistas, não concordo.
      Isto porque há vários estudos que demonstram que os cientistas também pouco sabem.
      Sabem bastante da sua área de investigação (como um marketeer sabe de marketing, por exemplo), mas não sabem fora da sua área… mesmo que sejam outras áreas da ciência.

      Os Carl Sagan são raros… pessoas que têm um conhecimento alargado e transversal.

  3. A minha curiosidade natural trouxe-me a este blog através do google quando procurava informação sobre “o fim do mundo em 2012”. Desde então a minha curiosidade cientifica tem aumentado e a visita é assídua. Acho que o acesso à ciência, ao conhecimento, não é igual nem justo. Vivo rodeada de objectos e equipamentos que apesar de serem familiares são totalmente desconhecidos do ponto de vista cientifico. Tal como o céu luminoso cheio de astros… Como é que o conhecimento não é fomentado? Como é que nos afastamos tanto daquilo que descobrimos, inventamos, conhecemos?

    1. Boa pergunta 🙂

      Eu divido isso em 3 tipos de resposta:

      Por um lado, acho que as pessoas não se dão conta do quanto usam o conhecimento e o pensamento científico no dia a dia:
      http://www.astropt.org/2011/05/21/profecias-da-ciencia/

      Por outro lado, cada vez há mais conhecimento de uma variedade de temas.
      Enquanto no tempo da avançada civilização Grega, uma só pessoa poderia absorver todo o conhecimento do mundo em poucos meses, lendo os livros que havia disponíveis… agora isso é impossível. É impossível numa vida inteira, uma pessoa ter conhecimento de todos os assuntos disponíveis.

      Sendo assim, não faz sentido continuar-se a focar o conteúdo, sobretudo em termos de memorização, porque atualmente uma pessoa não consegue saber de tudo.
      Penso que faz muito mais sentido ter um conhecimento transversal, que possa ser aplicado numa variedade enorme de temas, mesmo que não saibamos tudo sobre todos os temas.
      O problema é que a sociedade ainda não se adaptou a isso… e a escola também não. Continuam com sistemas tradicionais, quando o mundo mudou completamente. O sistema escolar e de aprendizagem continua parado no tempo da Revolução Industrial. O mundo evoluiu imenso em termos de conhecimentos científicos, mas a aprendizagem ficou parada no tempo.

      Isso, para mim, está a levar para um aumento da distância entre o que objetivamente se sabe e o que cada um de nós sabe. 🙁

  4. Espero que pelo menos metade dessas pessoas voltem sempre ao blog. Alertar uma vez é bom, ganhar um leitor fiel e que sempre busca as respostas para os “fins do mundo” é melhor ainda! : )

    1. Infelizmente, a maior parte das visitas são visitas pela 1ª vez (do ponto onde estiverem).
      São sobretudo visitas que procuraram essa informação pelo Google e motores de busca semelhantes.

      O que se passa constantemente nestes casos, é que se o sr. X puser a notícia que o mundo vai acabar… isso é “anormal”, logo as pessoas ficam interessadas, e centenas de milhares delas vão atrás desse profeta… porque passam a ser “especiais” – aqueles que irão ser “salvos” no acontecimento mais importante da Humanidade.

      Mas quando o sr. Y explica que nada disso se passa… então passa a ser um acontecimento normal, porque é o que se passa todos os dias… e as pessoas perdem o interesse porque ninguém quer saber de situações normais em que não se passa nada.

      Infelizmente, a psicologia (humana, e dos animais é a mesma coisa) funciona contra nós. 🙁

  5. Sinal de que precisamos entender a mecânica de previsões, visões, sonhos, intuições, etc e também dos dados científicos, além da curiosidade natural.

    • Ana Guerreiro Pereira on 22/05/2011 at 23:58
    • #
    • Responder

    Bem, o Harold lá conseguiu ajudar a ciência! efeito colateral interessante!! 😀

    (e o post do halo solar, o primeiro deles, qtas visualizações teve?)

    1. Halo Solar em Fátima teve, para já, mais de 3600… tem tido uma média de 100 por dia desde o dia 16… (a 13, 14, e 15 teve muitas mais, claro :P)

  1. […] No dia 21 de Maio de 2011, dia de fim-do-mundo, tivemos 7.217 visitas.A 2ª Semana (7 a 13) de Março de 2011 teve 34.705 visitas, o que dá uma […]

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