É noite na Terra, é dia nas nuvens

A APOD de hoje traz-nos uma bela fotografia em que é noite no solo, mas é dia nas nuvens. Isso deve-se à curvatura da Terra.

As nuvens brilhantes estão tão altas que podem ser vistas mesmo depois de escurecer. Normalmente são nuvens muito fracas para serem vistas, mas que se tornam visíveis ao pôr do sol, no final do verão quando iluminadas pela luz do sol vinda de baixo.

As nuvens brilhantes são as mais altas que se conhece e são consideradas parte das nuvens mesosféricas polares.
Na foto acima feita no início deste mês,depois de escurecer, uma rede de nuvens brilhantes lançam um sinistro brilho branco sobre a cidade de Edmonton, em Alberta, no Canadá.

Nos últimos anos muita coisa tem sido descoberta sobre estas nuvens, no entanto a sua formação e evolução continua a ser alvo de pesquisa.

1 comentário

    • Dinis Ribeiro on 21/07/2011 at 06:39
    • Responder

    Até onde podem ir as “nuvens altas”?

    Tenho uma grande curiosidade sobre a mesosfera, e a menos de 100 km de distância ainda existe uma fascinante “terra incognita” que é mais acessível do se pensa e que tem sido relativamente ignorada pelos programas espaciais mais “clássicos”.

    Podemos explorar (muito mais) o “espaço” conhecido como “Near Space” dos 20 Km aos 100 Km de altitude…
    http://en.wikipedia.org/wiki/Near_space

    Já viram bem o enorme volume duma esfera tipo “bolha de sabão” que tem 80 Km de espessura e é do tamanho do “nosso” planeta? De certeza que se pode continuar a encontrar várias “coisas novas” numa extensão tão grande e relativamente pouco visitada… Por exemplo: http://en.wikipedia.org/wiki/Sprite_(lightning)

    Saliento 4 aspectos:

    1) As Auroras começam aos 80 Km…
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Aurora_polar

    2) As “nuvens brilhantes” estão a aumentar de número…

    Prefiro “traduzir” por “noctilucentes”, ou algo semelhante, se fôr aceitável, pois variadíssimas nuvens são “brilhantes” e parece-me uma escolha demasiado genérica.

    Noctilucent clouds can form only under very restrictive conditions; their occurrence can be used as a sensitive guide to changes in the upper atmosphere.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Noctilucent_cloud

    Since they are a relatively recent classification, the occurrence of noctilucent clouds appears to be increasing in frequency, brightness and extent.

    It is theorized that this increase is connected to climate change.

    3) Mesmo a “baixa” altitude, os “contrails” são muito interessantes… para fotografar.
    http://en.wikipedia.org/wiki/Contrail

    As trilhas de condensação, mais conhecidos por rastros dos aviões, são condensação de água. Gotículas de água resfriadas (- 40ºC) estão em suspensão no nível de voo do avião.

    O calor de exaustão das turbinas pode alcançar mais de 300°C e ao chocar-se com as gotículas resfriadas na atmosfera, condensam-nas formando vapor de água, formando nuvens chamadas stratus quando mais baixa, ou cirrus quando em altitude elevada. Podem gerar-se também nos vértices das asas.

    Vapour trails or contrails, by affecting the Earth’s radiation balance, act as a radiative forcing.

    Studies have found that vapour trails or contrails trap outgoing longwave radiation emitted by the Earth and atmosphere (positive radiative forcing) at a greater rate than they reflect incoming solar radiation (negative radiative forcing).

    A contrail from an aeroplane flying towards the observer can appear to be generated by an object moving vertically.

    On 8 November 2010 in California, U.S., a contrail of this type gained wide media attention as a “mystery missile” that could not be explained by US military and aviation authorities, and its explanation as a contrail took more than 24 hours to become accepted by US media and military institutions.

    4) Sondas espaciais que andavam “nas nuvens” de “particulas electrizadas” (a estudar as auroras) foram agora enviadas para a Lua, no que é para mim uma espécie de extensão gradual dum “ecossistema tecno-biológico”. Um caminho mais “natural” e por isso um caminho mais viável.

    Talvez se se possa ultrapassar uma (antiquada?) dicotomia entre ter de se “escollher” entre apostar na observação da terra ou então optar pela ciência espacial. Reciclar é mais ecológico: http://en.wikipedia.org/wiki/Industrial_ecology

    Moon gains two ‘recycled’ satellites
    http://www.newscientist.com/blogs/shortsharpscience/2011/07/moon-gains-two-recycled-satell.html

    A pair of probes designed to study Earth’s auroras are now circling the moon.

    The probes were the two outermost of five spacecraft originally in an Earth-orbiting, aurora-studying mission called THEMIS. After the two probes finished that mission, ground controllers started to widen their orbits in July 2009, so they could be captured into lunar orbit.

    The move was a matter of life and death, as a press release for UC Berkeley, mission control for the probes, explains:

    One key reason was that the two probes most distant from Earth would soon die because, with too much time spent in Earth’s shadow, their solar-powered batteries would discharge.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.