Como explicou o Carlos Oliveira neste post o ser humano tem uma tendência muito grande para vislumbrar imagens familiares em padrões que são aleatórios, e em especial para os antropomorfizar. Estamos programados, de facto, para ver caras familiares por todo o lado, como já puderam constatar, por exemplo, aqui (e continuo a afiançar aos leitores do Astropt que por mais que olhe só vejo o Monstro das Bolachas!), um exemplo perfeito de uma Pareidolia Facial. Este tipo de Pareidolia é provocado por uma região do cérebro conhecida como Área Facial Fusiforme; danos nesta área especial do cérebro implicam a perda de reconhecimento de faces, inclusive de familiares.
Posto isto, há uns anos, após tirar várias fotos à fumarada intensa que saía de um pequeno incêndio que envolvia sardinhas e grelhador, fui dar com isto:
E então, detectaram algo de…hum…familiar? Não? Vamos ver melhor:
E agora? O que estão a ver?…Hum? Será que me posso candidatar a astrofotógrafa? 😉
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Olá Ana Pereira, boa tarde!
Interessante! Já conhecia o fenómeno descrito, mas desconhecia o nome do mesmo.
O nosso cérebro é mesmo fascinante e muitas vezes quando vamos pela rua e vemos uma pessoa semelhante a outra que nos é familiar, por momentos fazemos uma associação de tal ordem que parece-nos mesmo a pessoa que conhecemos.
Na Matemática, por exemplo, quando tentamos resolver um problema semelhante a um outro que anteriormente havíamos resolvido com sucesso, o nosso cérebro procede a uma mobilização de conhecimentos e procedimentos, anteriormente incorporados, de modo a ajudar/facilitar na resolução do novo problema.
Parabéns pela foto, está demais :)!
Cumprimentos,
João Calafate
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Olá João Pedro! Obrigada! 😉 A foto foi realmente uma coincidência engraçadíssima 😀 ainda hoje se olha para aquele grelhador com muito respeitinho, eheheh 😉
Conheço essa sensação em matemática 😀 quando tentamos desesperadamente resolver um problema (“situação problemática”, chamava-lhe a minha Professora Primária, ehehehe), cometemos um erro e depois temos tendência a repeti-lo vezes sem conta sem repararmos. O truque é largar o problema e fazer outra coisa totalmente diferente 😀 qd voltamos ao problema, identificamos o erro rapidamente 😀 ou isso ou pedir a alguém de fora para o identificar LOL 😀
Tenho de ir espiolhar o meu grelhador, não vá ele tb estar “assombrado”…lol
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é melhor, é melhor… LOL 😀
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Ah, para confirmar: as fotos NÃO são uma montagem digital. Apanhei este padrão do fumo assim mesmo. Não toquei na foto 😉
(e tenho várias testemunhas que viram a foto ao mesmo tempo ehehehehehheh – todos bioquímicos!! :D)
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Sobre a Pareidolia Facial, nomeadamente em Marte, ainda têm estes posts do Astro:
http://www.astropt.org/2008/01/25/marciano/
http://www.astropt.org/category/planetas-e-luas/marte/estranho/
gorila:
http://www.astropt.org/2010/03/07/gorila-em-marte/
stormtrooper:
http://www.astropt.org/2008/05/26/estranho-objecto-em-marte/
(Carlos, roubei estes links do teu comentário ao Marco Santos, no post Pareidolia Mata 😀 espero q não te importes, achei q tb se adequavam aqui :D)
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Vejam também este post no excelente Bitaites do Marco Santos:
http://bitaites.org/no-mundo-da-lua/em-marte-a-malta-tambem-e-obrigada-a-fumar-ca-fora/
Se tiverem mais exemplos, podem mostrar, que tal? 😉 Ou aqui ou no post do Carlos Oliveira (indicado neste texto).
É o Tó Caveira, o demóniozinho do grelhador!
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LOOOL 😀 eu vejo um Tó ET, mas cada pessoa verá a sua face 😀
Ainda bem que vemos uma cara! Porque esses tais “défices” no cérebro que impedem o reconhecimento de faces, muitas vezes associam-se a determinadas perturbações como é o caso do autismo. Daí os autistas preferirem relacionar-se com objectos e terem tanta dificuldade em socializarem-se. Por isso: Viva a Pareidolia facial!!! 😀
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Ena, obrigada pelo excelente comentário 😉 Não estou bem a par das perturbações associadas ao autismo, mas com a tua explicação, faz todo o sentido, realmente, e nesta perspectiva, viva a pareidolia facial mesmo!!! Mesmo que nos faça ver caras em Marte LOOOL 😀
Cada um puxa a brasa à sua sardinha! LOL!!!! 😀
Beijinhos amiga, parabéns por este “cantinho”!
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LOOOOOOL nada mais adequado neste caso! 😀
Dá mas é os parabéns ao Carlos, que o canto é dele 😀 e bem o merece; se visses o que já aturou, LOL
Bolas, esses gajos estão em todas, agora, até a bela da sardinha marcha!
Bjinhos Anocas!!!!
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Sandra, já me viste isto?? 😀 Até à sardinha eles vão hã?? 😀 LOOOOL Beijinhos! 😉
Isto é a alma de um extraterrestre que morava dentro da sardinha que você estava preparando! Ele irá puxar seu pé à noite! 😀
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Rubens, aiiiiii, então foi isso que senti esta noite!! 😀 😀 😀 LOOOOL 😀
Minha mãe conta que o pai dela e o irmão dele adoravam pregar peças nos outros. Principalmente à noite, quando tudo era muito escuro e a conversa girava em tono de fogueira, já que morava no interior de São Paulo.
Num dessas, meu avô chamou minha mãe, na época com uns 18 anos, para ver uma coisa esquisita que estava acontecendo por ali.
Realmente, um fogo estranho caminhava de um lado e outro do terreiro. Mas, curiosa como era e conhecendo muito bem as peça que era seu próprio pai, chegou bem perto, para se deparar com um fio de nylon de pescaria que atravessava todo o terreiro, uma lamparina acesa e o seu tio controlando o vai-e-vém. 😀
E nem sardinha por perto tinha… Muito menos lambari, que era o seu preferido. 😉
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LOLOL, o meu pai tb nos armava dessas 😀
É por essas e outras que não como sardinhas 😀
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OOooh, mas têm tanro Òmega 3!!! 😀 Pessoalmente, prefiro salmão 😀
We are not alone 😛
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We?… Não querias dizer antes, You? 😀
Obviamente que isto é uma prova de que os extraterrestres vivem entre nós e nos planeiam matar a todos em 2012.
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Mas para se materializarem precisam de sardinhas queimadas 😀
Nem poderia existir outra conclusão 😛
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É melhor botar bazinga nisso ou ainda começa a circular como “ataque do alien das sardinhas dizimarár humanidade em 2012!” 😀
(BAZINGA!)
[…] naves espaciais de bactérias e até supostas micro-estátuas egípcias. Chama-se a isso Pareidolia – vermos padrões familiares em algo aleatório, como em nuvens – e é o caso da imagem […]
[…] na “atmosfera superior” do Sol tem uma forma que, através de alguma imaginação e pareidolia, se parece com o Poupas/Garibaldo, o grande pássaro da série juvenil Rua […]
[…] verdade, não se vê nada de especial. No entanto, a pareidolia permite-nos imaginar minúsculas formas familiares. Por exemplo, eu vejo um minúsculo coelho, uma […]
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