Juno Pronta a Seguir

Faltam algumas horas para a primeira tentativa de lançamento da sonda Juno com destino a Júpiter. A missão tem como objectivo principal determinar a estrutura interna de Júpiter mapeando cuidadosamente o seu campo gravitacional. A magnetosfera e atmosfera de Júpiter vão ser também alvo de estudo com detalhe sem precedentes. Se tudo correr bem a Juno entrará em órbita do planeta gigante em 2016.


(A sonda Juno montada no foguetão Atlas V, pronta para o lançamento. Crédito: Pat Corkery/United Launch Alliance.)

Esta primeira janela de oportunidade para o lançamento terá início às 16h39m de hoje (hora de Portugal continental) e terá a duração de 69 minutos. A chegada iminente da tempestade tropical Emily à Florida deverá deteriorar consideravelmente as condições meteorológicas nos próximos dias pelo que seria excelente se a Juno fosse lançada amanhã. Podem acompanhar o lançamento, por exemplo, aqui.

Watch live streaming video from spaceflightnow at livestream.com

5 comentários

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  1. Para quem não viu o lançamento, vejam agora aqui:
    http://www.astropt.org/2011/08/05/juno-partiu/

  2. Tá quase… tá quase… falta 1 minuto 🙂

    • Dinis Ribeiro on 05/08/2011 at 13:24
    • Responder

    Juno versus Jimo

    Espero que tudo corra bem, e que a (arriscada?) utilização de paineis solares, tão longe do sol seja um sucesso. Lembram-se da antena da sonda Galileo lançada em 1989 http://en.wikipedia.org/wiki/Galileo_spacecraft que não se abriu correctamente?

    É possível imaginar um universo paralelo http://en.wikipedia.org/wiki/Parallel_universe_(fiction) em que as coisas se tivessem passado dum modo diferente, e em vez da missão Juno em 2011, seria lançada a missão Jimo em 2017.

    O caminho que se escolheu vai ter uma (ligeira?) influência na evolução da ciência espacial (neste universo onde estamos, diriam alguns). Será melhor ou pior? Não sei, mas será diferente.

    O cancelamento do Jupiter Icy Moons Orbiter http://en.wikipedia.org/wiki/Jupiter_Icy_Moons_Orbiter em 2005, do meu ponto de vista, poderá vir a ter consequências semelhantes á (famosa?) pegada da personagem Eckels que esmaga uma (inútil?) frágil e indefesa borboleta nesta história: http://en.wikipedia.org/wiki/A_Sound_of_Thunder

    Razão do cancelamento:

    Due to a shift in priorities at NASA that favored manned space missions, the project lost funding in 2005, effectively cancelling the JIMO mission.

    Among other issues, the proposed nuclear technology was deemed too ambitious, as was the multiple-launch and in-orbit assembly mission architecture.

    Engineers at the Jet Propulsion Laboratory with JIMO were laid off or reassigned during the spring and summer of 2005

    A eventual descoberta de alguma coisa viva “naquelas paragens”, em certas luas ou em filamentos de poeiras em órbita de Jupiter, irá ocorrer numa data diferente.

    Novidades existirão (como diria o Yoda), mais cedo ou mais tarde, mas tudo foi alterado pelo cancelamento da missão JIMO.

    Mesmo que se lançe em 2020 uma missão conjunta de colaboração entra a ESA e NASA http://en.wikipedia.org/wiki/Europa_Jupiter_System_Mission poderá acabar por não ser possível enviar um instrumento que eu penso que deveria ir até lá, e no qual estive a trabalhar nalguns subsistemas de 2003 a 2004 em investigação a nivel do sector privado, e que ficou sine diehttp://en.wikipedia.org/wiki/Sine_die em stand-by http://en.wikipedia.org/wiki/Sleep_mode

    Teria sido um “dust telescope sub-satellite cluster”, e penso que se deveria colocar lá um instrumento semelhante para estudar “aprofundadamente” um fenómeno (Jovian dust streams) aparentemente sem grande significado, mas que me continua a fascinar há quase 10 anos, por várias razões, incluíndo também a panspermia:

    http://www.nature.com/nature/journal/v362/n6419/abs/362428a0.html

    http://www.mpi-hd.mpg.de/galileo/publications/jupiter_book/chap10.pdf

    http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0019103506000595

    http://www.mpi-hd.mpg.de/dustgroup/galileo/folien/jupstream.html

    Novel instrument for Dust Astronomy: Dust Telescope
    http://ieeexplore.ieee.org/xpl/freeabs_all.jsp?arnumber=5747300

    Sem propulsão nuclear, há sempre grandes limitações na peso (massa) dos instrumentos que se podem enviar, e isso tenderá a deixar em terra instrumentos como o “dust telescope sub-satellite cluster”, ou outros que abordem problemas “secundários” que são talvez menos “mainstream”.

    Partilho esta informação numa lógica de “estafeta” ou “relay running”, ou como se costuma dizer numa tentativa de “passar o testemunho”…http://pt.wikipedia.org/wiki/Estafeta_(atletismo) / http://en.wikipedia.org/wiki/Relay_race

    Lembro-me de vez em quando do “testemunho” duma personagem (Arne Saknussemm)que embora fictícia, vejo cada vez mais que foi criada baseada em aspectos bem reais da vida…

    In Sneffels Joculis craterem, quem delibat umbra Scartaris, Julii intra kalendas descende, audax viator, et terrestre centrum attinges; quod feci. Arne Saknussemm ”

    which, when translated into English, reads:

    “ Descend, bold traveler, into the crater of Snæfellsjökull, which the shadow of Scartaris touches (lit: tastes) before the Kalends of July, and you will attain the centre of the earth; which I have done. Arne Saknussemm

    Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/A_Journey_to_the_Center_of_the_Earth

    Embora esteja a menos de 7000 km de nós, o centro da terra é mais inacessível do que Jupiter.

    As “colossais” pressões no fundo do mar, nas planícies abissais são uma brincadeira de crianças, comparadas com as pressões a maior profundidade, na crosta, no manto, e ainda mais fundo.

    E na mesma lógica, as pressões em Jupiter são “ainda maiores” porque o planeta tem uma massa “esmagadoramente” maior do que a terra.

    Ao explorar certas ideias, frequentemente encontro coisas escritas anteriormente por Arthur C. Clarke, quase como se fossem as marcas deixadas nas rochas pelo Arne Saknussemm.

    Tenho agora na mão a minha cópia com as página já amarelecidas dum livro que não é de ficção científica escrito por Arthur C Clake em 1962 entitulado “Profiles of the future” que li pela primeira vez em 1982, quando tinha 20 anos.

    Escrevi “profiles of the future” e o google sugeriu-me este link: http://en.wikipedia.org/wiki/World_Brain

    In his 1962 book Profiles of the Future, Arthur C. Clarke predicted that the construction of what H. G. Wells called the World Brain would take place in two stages.

    He identified the first stage as the construction of the World Library, which is basically Wells’ concept of a universal encyclopedia accessible to everyone from their home on computer terminals. He predicted this phase would be established (at least in the developed countries) by the year 2000.

    The second stage, the World Brain, would be a superintelligent artificially intelligent supercomputer that humans would be able to mutually interact with in order to solve various world problems. The “World Library” would be incorporated into the “World Brain” as a subsection of it.

    He suggested that this supercomputer should be installed in the former war rooms of the United States and the Soviet Union once the superpowers had matured enough to agree to cooperate rather than conflict with each other.

    Clarke predicted the construction of the “World Brain” would be completed by the year 2100.

    Bem… Não era disto que eu estava á procura, e terá sido um curioso caso de http://en.wikipedia.org/wiki/Serendipity e ver em português: http://pt.wikipedia.org/wiki/Serendipidade

    O que eu procurava está em parte na páginas 121 e 125 no capítulo “You can´t get there from here”, mas noutro local do livro que se calhar vou acabar por reler, há algures uma referência á possibilidade teórica (de acordo com as leis da física) de existirem seres “hiperdensos” para quem as rochas seriam tão ténues e penetráveis como o ar ou a água do mar é para nós. As (pequenas?) dificuldades de contacto teriam algumas vagas semelhanças com a problemática desta história: http://en.wikipedia.org/wiki/Flatland

    A geometria da geografia:
    http://en.wikipedia.org/wiki/Antipodes http://en.wikipedia.org/wiki/Pole_of_inaccessibility (ver onde fica o “point Nemo”)

    A geometria da vida é relativamente bem conhecida a 2D, mas a 3D haverá ainda alguma coisa nova por encontrar …http://microbewiki.kenyon.edu/index.php/Deep_subsurface_microbes e http://en.wikipedia.org/wiki/Deep_sea_communities e sobretudo http://www.darkenergybiosphere.org/about/goals.html

    Estas hipotéticas formas de vida estariam nos antipodas e destas outras (possíveis?) formas de vida: http://en.wikipedia.org/wiki/Atmospheric_beast

    Ver: http://en.wikipedia.org/wiki/The_Horror_of_the_Heights e poderão explorar os links humorísticos neste blog: http://cephalopodteaparty.blogspot.com/2009/03/happy-air-kraken-day.html

    http://www.forgottenfutures.com/game/ff3/20_plank.gif

    Em qualquer dos casos existe mesmo aero-plankton: http://en.wikipedia.org/wiki/Aeroplankton

    E a Aerobiologia (http://sites.google.com/site/aerobiologyinternational/home) é uma área de actividade que vai desde os virus, até ás aves, passando pelas bactérias, fungos, polens, e outras coisas mais…

    Se existir vida “aérea” na atmosfera de Jupiter, então será que poderiam existir fungos ou virus que fossem enviados para um local mais acessível ás nossas sondas, nomeadamente algures nos “jovian dust streams”?

    Ou nas chuvas “orbitais” detectadas agora recentemente á volta de saturno?

      • duarte josé seabra on 05/08/2011 at 14:38
      • Responder

      Meu Caro :

      Creio que essa personagem do explorador que citou terá sido criada por Júlio Verne, no”Voyage au Centre da La Terre”. Júlio Verne,antecessor da”hard science -fiction”, terá inspirado (quem sabe?) inúmeras carreiras científicas no seu século…
      Aprecio imenso os seus posts (e os do resto do pessoal, como é óbvio). A astrobiologia deve ser uma ciência impressionante em interesse e em dimensão de objecto de estudo, englobará astronomia, astrofísica, biologia, bioquímica, ecologia, sociologia, psicologia social, microbiologia, virologia, medicina, anatomia comparada (veterinária?), geografia, geofísica, evolução, genética, genética populacional, futurologia científica, paleontologia, imunologia, óptica, espectrografia.
      De algum modo, como é feito neste blog, as pessoas que se dedicam à astrobiologia, pela abrangência, dimensão e complexidade dos assuntos, e dos conhecimentos que têm de ter, encontrar-se-ão entre as pessoas mais habilitadas a divulgar conhecimentos destes ramos todos… como se vê aqui.
      Esqueci-me em relação à astrobiologia, das ciências humanas, história, psicologia, psicologia (animal) e social, literatura, ficção científica que muito espírito esclarecido ainda hoje considera “literatura menor” e só lerá s.f se for escrita por um autor/a mainstream (exemplo Doris Lessing), e igualmente das matemáticas, da informática e das engenharias electrotécnicas – no meu tempo de estudante dividiam-se em “correntes fortes” e “correntes fracas” -, robótica, inteligência artificial…
      (É óbvio que não apenas os posts de astrobiologia, mas todos os outros, são igualmente importantes para o blog)
      Quando a Humanidade chegou à Lua em 1969, eu pensei que o meu pai -que me falava do Sputnik, da Laika, do Gagarine, do Von Braun, do John Glenn, etc- ele teria gostado imenso de ter sabido, ter visto, isso. E seria sem dúvida vosso leitor, como eu sou, neste nosso universo comum… Talvez num universo alternativo…

  3. Incluí no post o vídeo para se ver em directo o lançamento da JUNO 😉

    Estejam atentos e venham aqui periodicamente para ver como estão as coisas 🙂

  1. […] sonda Juno foi lançada a 5 de Agosto de 2011 (preparativos, lançamento, vídeo), tendo como destino o planeta […]

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