Redemoinhos de nuvens de poeira e brilhantes estrelas recém nascidas dominam essa imagem da Nebulosa da Lagoa feita pelo Telescópio Espacial Spitzer da NASA. Também conhecida como Messier 8 e NGC 6253, os astrônomos estimam que ela esteja localizada entre 4000 e 6000 anos-luz de distância da Terra, podendo ser encontrada na direção geral do centro da nossa galáxia na constelação de Sagittarius.
A Nebulosa da Lagoa foi primeiro notada pelo astrônomo Guilaume Le Gentil em 1747, e algumas décadas depois tornou-se a oitava entrada no famoso catálogo de nebulosas de Charles Messier. Essa nebulosa é de interesse particular para os observadores do céu uma vez que somente duas nebulosas com regiões de formação de estrelas podem ser vistas a olho nu das latitudes norte, aparecendo como um pedaço cinza nebuloso no céu.
As águas brilhantes da Lagoa, observadas na luz visível, são piscinas de gás quente que envolvem as estrelas jovens e massivas encontradas aqui. A visão infravermelha do Spitzer consegue passar por esse gás para mostrar a bacia empoeirada que ele preenche. Aqui nós podemos ver as regiões centrais da Lagoa com a cor verde mostrando o brilho dos grãos de poeira que têm o carbono como base e a cor vermelha mostrando o brilho térmico da poeira mais quente.
As várias colunas de poeira parecem apontar para um ponto interno na direção central da Lagoa. Essas estruturas estão sendo esculpidas pelo intenso brilho das gigantescas estrelas jovens encontradas no núcleo da nebulosa. Dentro dessas nuvens de poeira e gás, uma nova geração de estrelas está se formando.
Essa imagem foi feita usando os dados obtidos pela câmera do Spitzer chamada de Infrared Array Camera (IRAC). A cor azul mostra a luz infravermelha no comprimento de onda de 3.6 mícron, a cor verde representa a luz de 4.5 mícron e a cor vermelha a luz de 8.0 mícron.
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