Satélites na órbita terrestre detectaram ontem pelas 20:27 (hora de Lisboa) uma violenta erupção classe X2 com origem na região 1339. O fenómeno gerou ondas de ionização nas camadas mais elevadas da atmosfera terrestre, que interromperam momentaneamente a normal propagação de ondas de rádio na América e em partes do continente europeu. A erupção libertou ainda uma gigantesca ejecção de massa coronal na direcção dos planetas Mercúrio e Vénus.
Fluxo de raios X solares medido pelo satélite GOES nos últimos 3 dias. A erupção de ontem encontra-se assinalada pela a seta preta.
Crédito: NOAA/Space Weather Prediction Center.
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A erupção classe-X de ontem vista pelo Solar Dynamics Observatory no ultravioleta extremo.
Crédito: SDO(NASA)/AIA consortium.
A região 1339 é um dos maiores grupos de manchas solares observados nos últimos anos na superfície do Sol. De acordo com o NOAA, a região apresenta uma configuração magnética beta-gama-delta com potencial para produzir nos próximos dias mais erupções de classe M e X. A AR1339 transitou há apenas dois dias para a face do Sol voltada para a Terra, pelo que futuras ejecções de massa coronal com origem nesta região deverão provocar efeitos apreciáveis na actividade geomagnética.
O grupo de manchas solares de AR1339 visto pelo Solar Dynamics Observatory no infra-vermelho extremo. A região ocupa neste momento uma superfície com 80 mil quilómetros de comprimento e 40 mil quilómetros de largura!
Crédito: SDO(NASA)/AIA consortium.
Actualização: O Sol pregou uma partida! Afinal a ejecção de massa coronal observada ontem à noite não teve origem na região 1339. Imagens obtidas pelo observatório STEREO-B mostram que a nuvem de plasma partiu de uma outra região activa, ainda invisível a partir da Terra.
3 comentários
AURORAS!!!! 😀
Dúvida Existencial:
Os satélites detectam quando ocorreu a erupção ou quando ela os atingiu?
Suponho que estamos a falar de pelo menos 8 minutos de diferença, certo?
Quando ela os atingiu 🙂