Viagens ao espaço por 74 mil euros

A época de saldos está a chegar ao espaço…

“Uma viagem ao espaço será uma realidade para muitos ainda este ano, já que três empresas, Virgin Galactic, XCOR e Space Adventures, revelaram que os bilhetes da classe económica vão custar cerca de 74 mil euros.”

Em 2001, Dennis Tito foi até à Estação Espacial Internacional por 30 milhões de euros.
Outros o seguiram.

Agora, já a partir do final de 2012, as empresas Virgin Galactic, XCOR e Space Adventures pretendem realizar viagens a cerca de 100 quilómetros de altitude, onde os turistas poderão desfrutar de cinco minutos de gravidade zero.
A XCOR pretende cobrar 74 mil euros por viagem.

Leiam aqui, aqui, e aqui.

Vou começar a poupar $$$ 😉

4 comentários

Passar directamente para o formulário dos comentários,

    • Dinis Ribeiro on 14/01/2012 at 19:10
    • Responder

    Não concordo totalmente que seja “publicidade enganosa”.

    Quanto á linha de separação, a 100 km (ou 80 km = 50 milhas, segundo outros) tenho um pequeno input a acrescentar:

    1) Na realidade, essa definição é efectuada pela Federação Internacional de Aeronáutica.

    Durante os 20 anos em que participei nas assembleias gerais da Federação Internacional de Astronáutica, lembro-me que no decurso dos trabalhos, havia um “momento solene” em que os representantes da Federação Internacional de Aeronáutica, declaravam em voz alta os recordes de altitude, duração, etc, para os astronautas que tinham sido homologados nesse ano.

    Sugiro (re)ver este link: http://en.wikipedia.org/wiki/K%C3%A1rm%C3%A1n_line

    Saliento estas partes:

    “… For an aeroplane that is trying to fly higher and higher, the thinning air gives less and less lift, requiring a higher speed to avoid stalling.

    There comes an altitude where it needs to fly so fast to generate lift that it reaches orbital velocity.

    The altitude where the required flying speed is equal to orbital velocity is called the Kármán line.

    Although the calculated altitude was not exactly 100 km, Kármán proposed that 100 km be the designated boundary to space, since the round number is more memorable, and the calculated altitude varies minutely as certain parameters are varied.

    An international committee recommended the 100 km line to the FAI, and upon adoption, it became widely accepted as the boundary to space for many purposes.

    However, there is still no international legal definition of the demarcation between a country’s air space and outer space.

    Another hurdle to strictly defining the boundary to space is the dynamic nature of Earth’s atmosphere.

    For example, at an altitude of 1,000 km (620 mi), the atmosphere’s density can vary by a factor of five, depending on the time of day, time of year, AP magnetic index, and recent solar flux. …”

    Além disso:

    2) Ao ler o artigo que sugeri, logo no título usa-se a expressão “edge of space”

    Zero2Infinity’s website uses the term “near-space” rather than “space”.

    López-Urdiales, however, points out that there is no clear physical boundary.

    And even 400 kilometres up, at the height of the International Space Station, there is still a very thin atmosphere.

    E esta parte é que poderia talvez ser objecto de algum debate aqui:

    López-Urdiales thinks the defining experience of space travel isn’t the vomiting, weightlessness or g-forces.

    It’s the “overview effect” – the blissful sense of connection so many astronauts report after gazing down at our blue planet from above.

    According to anecdotal reports, this experience has lasting effects on those who experience it.

    It remains to be seen whether bloon passengers will feel the same way, but they probably have a much better chance than rocketeers.

    Por outro lado esta “provocadora” frase ( Um objecto pode orbitar a 100 km de altitude ) fez-me pensar e o “limite inferior” da órbita, é uma ideia interessante.

    Será que tendo em conta os inúmeros dados on-line sobre os parâmetros orbitais de inúmeras missões, seria possível coligir alguns exemplos de naves que tenham completado (pelo menos) uma órbita a 100 km de altitude?

    E o que significa estar “em órbita”? Hoje em dia, só uma órbita ainda basta? ou apenas cinco? ou 500 órbitas? Dá que pensar…

    Claro que depende das missões, mas para mim, uma única órbita “sabe a pouco”.

    Haverá algum valor aceite pela maioria das pessoas?

    Claro que para um ICBM, um voo sub-orbital chega perfeitamente…

    Por exemplo, o GOCE, que tem um sistema muito interessante para contrabalançar as desacelerações devidas aos “restos” de atmosfera, orbita a uma altitude já muito baixa, de “apenas” 270 Km:
    http://en.wikipedia.org/wiki/GOCE

    O oxigénio atómico é muito corrosivo, sobretudo em órbita “baixa”:
    http://en.wikipedia.org/wiki/Corrosion_in_space

    Between 160 and 560 km, the atmosphere consists of about 90% atomic oxygen…

    Quanto á ideia “publicidade enganosa” compreendo e aceito parcialmente a critica, mas não concordo totalmente.

    Entre 10 minutos e duas horas ainda há uma certa diferença… e o ambiente é muito semelhante, apenas a curvatura da terra será um pouco mais acentuada.

    Um voo num jacto supersónico, pode permitir muitas das vivências que a Virgin Galactic pode oferecem.

    Em 1989, num T-38 da Força aérea Portuguesa, num voo de 55 minutos, experimentei uma subida com afterburner a 8 G’s, e a passagem da barreira do som, além de algumas parábolas em que tirei a minha luva e a vi a flutuar á minha frente… Talvez por causa dessa experiência, por mim, já ficava satisfeito a voar a “apenas” 34 Km, com os nossos vizinhos de Barcelona.

    Os voos sub-orbitais, ou a órbita baixa, embora certamente maravilhosos, não me atraem tanto, como um voo á volta da lua, que embora demasiado caro, para mim, é (de longe) muito mais interessante.

    Ver: http://en.wikipedia.org/wiki/DSE-Alpha

    Desejoa as maiores felicidades a todos os que estão a tentar abrir esta nova fronteira, e penso que é bom que existam diferentes opções no mercado.

    Matemámticamente o “custo por minuto”, embora sendo (apenas?) “near space” nos balões estratósféricos não deixa de ser competitivo…

    Quantos dos turistas que vão á antárctida passam dos 80º Sul? E não é por isso que não há turismo nessa região tão bela e tão profundamente remota…

    Além disso o artigo também fala das questões ambientais, e essas podem ter algum impacto para um certo tipo de clientes…

  1. O limite inferior do espaço foi estabelecido nos 100 km der altitude pela Federação Internacional de Astronáutica. Logo ao dizer “No weightlessness, but you will be floating in space in 2 hours; At 34 kilometres, you are above more than 99 per cent of the atmosphere” não interessa muito… é publicidade enganosa.

    “Because 100 kilometres is not high enough to go into orbit, rocket-propelled craft such as Virgin Galactic’s SpaceShipTwo will immediately begin falling back to Earth, giving passengers only a few minutes to take in the views”, mais publicidade enganosa. Um objecto pode orbitar a 100 km de altitude, não fica é lá muito tempo ou então terá de orbitar a uma velocidade maior para contrabalançar os efeitos de atrito da atmosfera.

    • Dinis Ribeiro on 12/01/2012 at 03:30
    • Responder

    Além disso, ainda haverão outras opções para um voo “espacial” algo diferente:

    Sugiro uma vista de olhos:

    We have drift off: Balloons to the edge of space
    http://www.newscientist.com/article/mg21228440.600-we-have-drift-off-balloons-to-the-edge-of-space.html

    No weightlessness, but you will be floating in space in 2 hours

    At 34 kilometres, you are above more than 99 per cent of the atmosphere.

    Um gráfico comparativo: http://www.newscientist.com/articleimages/mg21228440.600/1-we-have-drift-off-balloons-to-the-edge-of-space.html

    Site: Zero2Infinity http://www.inbloon.com/en/fly-a-bloon.php

    You can book now – but at €110,000 per ticket, you’ll need a little spare cash.

    Because 100 kilometres is not high enough to go into orbit, rocket-propelled craft such as Virgin Galactic’s SpaceShipTwo will immediately begin falling back to Earth, giving passengers only a few minutes to take in the views.

    Bloon passengers will have more time; after ascending for about an hour, the bloon will remain at its maximum height for double that time.

  2. Carlos, convinha referir que a viagem de Dennis Tito e dos outros que se seguiram não foram simples voos sub-orbitais. Foram viagens orbitais de uma semana a bordo da ISS e antecedidas de meses de treinos intensivos. O preço pago incluiu tudo o que possas imaginar, desde pagar o fato espacial até parte da construção da cápsula onde foram lançados.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Verified by MonsterInsights