A erupção de raios gama (Gamma Ray Burst – GRB) GRB130427A foi uma das mais luminosas e longas desde que há observações regulares deste fenómeno. Neste artigo já descrevi as circunstâncias que rodearam a sua detecção e o mecanismo subjacente ao GRB. Referi também que, após a erupção inicial de raios gama e X, o GRB diminui gradualmente de luminosidade e passa a emitir luz em comprimentos de onda mais longos, nomeadamente no visível. Quem estiver a observar a parte certa do céu com um telescópio vê uma nova estrela a aparecer rapidamente e a diminuir de brilho ao longo de minutos ou horas. Foi isso que aconteceu ao astrónomo amador norte-americano Patrick Wiggins que observava o céu com um telescópio reflector de 35cm. Ao ter conhecimento do GRB através da Internet (o observatório SWIFT detecta e localiza tão rapidamente os GRB que em minutos as suas posições ficam disponíveis na Internet) Wiggins apontou o telescópio para a posição indicada e começou a fazer exposições de 60 segundos. Na posição indicada estava uma estrela “nova” de magnitude 13. Wiggins continuou a obter imagens durante 3 horas até à alvorada do dia 27 de Abril. A curva de luz (cruzes vermelhas) por ele obtida pode ser vista na imagem que se segue e mostra bem o declínio gradual do GRB.
Mas a história não fica por aqui. O observatório RAPTOR (RAPid Telescopes for Optical Response – ver imagem em baixo), situado no Observatório de Fenton Hill no Novo México, e construído precisamente para reagir rapidamente a estes eventos e iniciar a sua observação precocemente, foi mais lesto do que Wiggins e detectou o pico de brilho do GRB no óptico em magnitude +7.4, perfeitamente detectável com uns binóculos modestos! O recorde de brilho óptico, no entanto, ainda pertence a outro evento, o GRB080319B, que atingiu brevemente a magnitude +5.3, em Março de 2008.
(Crédito: NNSA/Los Alamos National Laboratory/Dept. of Energy)
Podem ver a notícia original aqui.
2 comentários
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Olá, boa tarde!
A Terra pode passar por algo prejudicial, como, magnetismo no espaço (Se houver), fótons de elétrons, etc, ou seja, ser envolvida por alguma coisa, ou a camada de ozônio e o campo magnético nos protegem? É só imaginação, se pode ocorrer, mas já li algo sobre fótons de luz no espaço, e que a Terra passaria no meio dele, ou o sistema solar todo passaria no meio dele, não me lembro muito bem, mas que não prejudicava a Terra, que o sistema solar e ela estavam protegidos, mas não entendi muito bem.
Isso é correto?
Esses raios, ultravioleta, gama, podem passar a camada de ozônio e nos prejudicar, e/ou o clima?
Obrigado pela atenção.
http://www.astropt.org/2011/06/28/nasa-esconde-um-segredo-sistema-solar-vai-entrar-numa-nuvem-de-energia-que-ira-acabar-com-a-vida-na-terra/
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