Bem, cavalheiros, dando prosseguimento ao trabalho científico, nesta semana, uma notícia publicada no sítio da NASA fez ressurgir, nos críticos ferrenhos da Ciência, a esperança em ocorrer uma catástrofe em escala global.
De acordo com as observações de Todd Hoeksema (Ph.D, diretor do Observatório Solar Wilcox da Universidade de Stanford), e Phil Scherrer (Ph.D, pesquisador e catedrático do departamento de Física da referida Universidade), estamos presenciando uma mudança no campo magnético solar: o norte magnético já inverteu sua polaridade, enquanto o sul magnético “está correndo para recuperar o atraso“. As estimativas é que a inversão dos pólos ocorra em sua totalidade nos próximos 4 meses.
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A reversão dos pólos norte e sul sempre ocorre quando o Astro Rei está em seu máximo solar (seu ciclo ocorre a cada 11 anos), que caracteriza o ponto médio deste: seu dínamo interno se reorganiza, fazendo com que o campo magnético inverta sua polaridade. Desde 1976 (ano que iniciou os estudos nesta área da Física), foram registradas 3 reversões (a última, em 2001).
Em linhas gerais, a dinâmica desta inversão ocorre do seguinte modo: as linhas de força vão diminuindo até tornarem-se mínimas. Em seguida, ressurge, porém com a polaridade invertida. Durante a inversão do campo magnético, a “current sheet” (superfície extensa de fraca intensidade, projetada para fora do equador do Sol) torna-se bastante ondulada, fazendo com que a Terra mergulhe para dentro e para fora dessa estrutura.
Apesar de ser um evento de grande magnitude, não trará graves consequências para o nosso planeta. Não é qualquer indicativo para o fim-do-mundo, fazendo parte de um ciclo natural e não sobrenatural.
(…)
No expressar de opinião de uma notícia como esta, há de se ter ponderabilidade e racionalidade antes do depósito de suas esperanças, de foro íntimo, em catástrofes ou tragédias, com esperança errônea de que renascerá toda uma sociedade, livre, principalmente, das mazelas atuais – para não fomentar medo sem qualquer fundamento nas pessoas ao seu redor.
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A ideia é que a cada 11 anos temos um máximo solar, altura em que ocorre essa inversão.
E como inverte a cada 11 anos, isso quer dizer que o ciclo solar de 22 anos denota que ele volta ao mesmo.
Ou seja, a cada 22 anos, tudo volta a estar como estava.
Isto acontece há milhares de milhões de anos, sempre a mesma coisa.
Como o Cavalcanti referiu, quem vê nisto motivos para espalhar as tretas do fim-do-mundo, ou é vigarista ou é crente em vigaristas (e não o devia ser, porque já teve anos sempre a ser enganado com estes assuntos). 😉
Obrigado pelos esclarecimentos, Cavalcanti, e abraços a todos! 🙂
Author
Sempre a dispor, Carlos.
Abraços. 😉
Só uma curiosidade, alguma vez já foi visto uma mancha negra no Sol, que ocupa cerca de 1/4 de toda sua área?
Em 2001 e em 1989, teriam acontecido outras inversões polares no Sol certo? Mas este fenômeno não ocorreu.
Alguém tem alguma explicação para isto?
Os chamados Coronal Hole acontecem constantemente… 😉
[…] mínimos, manchas, variável, SDO, tempestade, tornado, heliosfera, canção. Reversão Magnética (consequências, vídeo). Dois Sóis. Halo Solar em Fátima. Pilar Solar (aqui). Geração. Sol na mão. Sol visto […]
[…] No Sol, a reversão dos pólos acontece a cada 11 anos, sendo que a cada 22 anos, tudo volta a estar igual. Mais uma vez, tal como no caso da Terra, este é um fenómeno normal, frequente e banal. Não existem quaisquer consequências para os Humanos. […]
[…] das pessoas que pensam que isto é um fenómeno anormal e que acontece de repente); – diz que a reversão magnética do Sol é um aviso do fim-do-mundo na Terra (não sabe que esta reversão acontece todos os 11 anos, há […]