NASA atacada por… incompetência política
Como sabem, Obama quer dar segurança social a todos os americanos, de modo a não haver pessoas a morrer por não terem sequer dinheiro para serem atendidas num hospital. A medida é chamada popularmente de ObamaCare.
Os Republicanos têm as suas razões para não deixar que esta reforma social aconteça.
Assim, a Câmara dos Representantes (no Congresso americano), liderada pelos Republicanos, está parada.
Sendo assim, nada se pode fazer.
As consequências disso são, entre outras, que muitas instituições públicas ficaram sem financiamento diário e fecharam.
Uma dessas instituições é a NASA.
Se forem ao site do JPL (da NASA), vêem a notícia que o site não irá mais ser actualizado até que a situação política se resolva.
Se forem ao site geral da NASA, são re-enviados para aqui. Os sites governamentais estão fechados.
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
14 comentários
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Qual a situação da ESA em relação à NASA?
A ESA é parceira da NASA em muitos projectos. Com a redução de budget (serviços mínimos) da NASA qual será/é a posição da ESA?
Abraços!
Quando me aposentei há 18 anos, como chefe das finanças, com 59 anos de idade, iniciei com paixão, para cumprir um sonho de menino, o estudo aprofundado dos segredos que a matéria encerrava, ao adquirir livros e mais livros mais de 120, quase todos ligados à ciência exata, matemática, física, astrofísica, cosmologia. química, sem esquecer a tabela periódica, com os seus 92, elementos químicos naturais, acrescidos de 160 isótopos, perfazendo a totalidade de 252, comecei a compreender que tudo é finito e que a ciência tem limites.Para não aborrecer os meus amigos, com as conclusão que eu próprio, extraí desse manancial, ou inimaginável quantidade de conhecimentos, vou citar conclusões de alguns mestres que me ensinaram.
De Fang Li Zhi e Li Shu Xian:- As Leis físicas são compreensíveis para o homem;
Leis compreensíveis devem obedecer à lógica;
A obediência à lógica não deixa espaço para a escolha livre;
Portanto, as leis físicas são determinadas pela compreensibilidade pelo homem.
De John Horgan, numa conferência, entre 12 académicos dos maiores da Humanidade, convidados pela Gulbenkian, em 31 de Dezembro de 2007, para dissertarem, sobre o tema colocado por George Steiner:- A Ciência Terá Limites?
“Conclui que a era das grandes descobertas poderia, de alguma forma, já ter terminado. Os cientistas não voltarão a conseguir revelações tão profundas sobre a natureza, como a teoria atómica da matéria, a mecânica quântica, a relatividade, o Big Bang, ou a evolução por seleção natural e a genética baseada no ADN. No futuro, os cientistas, vão entender, aperfeiçoar e aplicar esse conhecimento, mas não haverá mais grandes revoluções ou revelações”.
De Stephen Hawking, há cerca de três meses, preocupado com o aquecimento global, contaminação do solo,ar e água, pelos pesticidas e inúmeros gases tóxicos saídos dos canos de escape da indústria automóvel e das chaminés que provocam o crescimento exponencial do cancro, citou:- O homem tem rapidamente de colonizar um Planeta, porque daqui a mil anos já não existimos”.
Aqui há cerca de 6 anos, logo na primeira página do total de 10, de um artigo que escrevi ao Dr.José Rodrigues dos Santos, sobre dois erros científicos que descobri no livro “O sétimo selo”, da sua autoria e tendo em conta a preocupação comum do aquecimento global, produto do modelo económico, queima desenfreada dos combustíveis fósseis e utilização criminosa dos pesticidas e outras legiões de produtos tóxicos, corremos à velocidade da luz ao encontro do fim da civilização.
Há cerca de três meses o Físico Russo Andrei Geim, a viver na Holanda, galardoado com prémio Nobel da física em 2010, em comum e em partes iguais com o seu conterrâneo Konstantin Novoselev, a viver no Reino Unido, por terem descoberto as diversas propriedades e aplicações do “Grafeno”.
Numa conferência na cidade de Moscovo perante grande assistência de académicos, afirmou e informou o Mundo, duas coisas muito importantes, entre outras;
” As tecnologias encontram~se praticamente esgotadas” e que “Dentro de 50 anos ocorrerá o fim da civilização”.
Para finalizar Não tenho conhecimentos , nem tecnologias para descobrir grafeno mas a ocorrência do fim da civilização, descobri naturalmente, há mais de 10 anos, sem muito esforço, com o aproximar do fim das energias (petróleo e gás), bem visíveis ou observáveis, na degradação económica, acelerada, dos países industrializados, grandes consumidores daquelas matérias primas, cada vez mais caras pela aproximação da ocorrência, do chamado pico de Hubbert.
Em termos de conclusão, o Presidente Obama, salvo o erro em 2011, ordenou a retirada do orçamento de defesa, no valor de 100 000 milhões de dólares em partes iguais nos próximos cinco anos. Começou a alugar os foguetes russos, para transporte dos astronautas para estação orbital internacional. A cidade de DETROIT, durante muitos anos considerada o modelo do desenvolvimento da indústria automóvel, com mais de um milhão e meio de habitantes encontra-se quase deserta, com três quartas partes dos seus edifícios, em ruínas. A Flórida ao encontro acelerado da pobreza, bem assim como muitos estados da União, não admirando portanto as dificuldades cada vez maiores em injetar dinheiro nas diversas atividades não escapando como é evidente a NASA. O mundo que nos espera é mesmo assustador e não haverá prémios Nobeis da física ou da economia que descubra nova forma de crescimento económico, exceto para já, dos países detentores de tais energias. A toda a Malta do Astro envio um grande abraço, no dia do meu aniversário pela passagem dos meus 77 anos que por ser capicua, foge ou finta a regra Universal da entropia .
Neste país percebemos quanto os americanos ainda estão arraigados nas ideias da Escola Keynesiana (completamente vivendo no equívoco, diga-se de passagem).
Percebemos este mal social também na Espanha; Grécia; Itália; Brasil, etc.
Obviamente que o sucesso econômico dum país depende de vários fatores.
A intervenção estatal nos atrapalha em todos os processos e protocolos de negócios, e a burocracia, tanto para financiamento, quanto para o recebimento deste, é um entrave que em nada dinamiza o progresso.
Nem mesmo o investidor John Maynard Keynes defendia a caracterização de um Estado forte na economia dum país: como é habitual entre as massas, suas ideias em muito foram deturpadas pelos seus seguidores.
Deixo aos cavalheiros, de bom agrado, o ranking do Índice Mundial de Liberdade Econômica (2013):
http://www.heritage.org/index/ranking
As sociedades de um modo geral – e, principalmente, àquelas cujos governos estão em crise – são incapazes de perceberem que seu maior inimigo é aquele que estão a pedir auxílio.
Exigir maior peso estatal na economia é querer se livrar do câncer de pulmão quando ainda se mantém o vício do tabagismo.
“Exigir maior peso estatal na economia é querer se livrar do câncer de pulmão quando ainda se mantém o vício do tabagismo.”, excelente analogia.
Paradoxo económico. Em suma o cash flow das instituições são mais importantes que as ideologias e princípios.
Será a venda de patentes a salvação (liquidez) da NASA?
Sempre o dinheiro… Enfim… Eterno cancro da sociedade!
Estimado Cavalcanti… Aquele Abraço!
A cordialidade, o respeito e a amizade é a linguagem uníssona mais sublime no balaústre dos bons relacionamentos.
O Renato Romão é sempre um estimado amigo, de amabilidade ímpar para com os seus.
Os meus mais nobres respeitos.
Cavalcanti
Pois, o Trump seria engraçado a gerir a Nasa 😀 E sem dúvida que iria escolher as maiores beldades do Planeta para enviar para o Espaço. 😉
Eu aposto mesmo no Marco Rubio!!! E não sei qual a razão, mas sinto que a partir de 2016 vai haver um grande renascimento dos EUA a nível do Espaço. Não querem, e não podem, deixar a China ultrapassar. Tenho a certeza de que os americanos, com a ajuda dos europeus, quem sabe, irão chegar a Marte antes dos chineses. São os americanos, quando querem, conseguem 🙂
Author
Concordo inteiramente com o seu comentário.
Neste momento – ainda muito longe das eleições – vejo a Clinton do lado democrata. Não vejo mais ninguém a perfilar-se. Mas claro, pode aparecer um novo “Obama” para retirar a coroa á Clinton, mas duvido.
Do lado Republicano, vejo:
– Chris Christie (moderado, mas sendo de NJ duvido que ganhe em termos republicanos),
– Ted Cruz (sem dúvida, uma estrela em ascensão do lado conservador mas sem conteúdo),
– Rand Paul (duvido que ganhe em termos republicanos porque é demasiado… independente. Os Republicanos não o conseguiriam controlar nas suas ideias libertarianas o que faria com que tivesse o mesmo problema do McCain, perderia a estrutura partidária nas televisões e quiçá no caso do Paul também perderia a estrutura partidária em termos de solidariedade, como tem acontecido muitas vezes com o pai, que se vê até mais independente)
– e Rubio (neste momento, sem dúvida, o frontrunner… apesar da sede 😛 )
Suponho que até 2016 a Palin, que anda muito pálida em termos televisivos, talvez decida concorrer. Duvido que o faça – ganha muito mais dinheiro e prestígio conservador mantendo-se numa pseudo-corrida, como fez em 2012.
O outro “wild card” é o Trump, que anda novamente a dizer que vai concorrer de forma independente. Também duvido que o faça. Ele só quer ser famoso, mantendo-se nas televisões. Mas parece-me inteligente o suficiente para não concorrer – ele sabe que não ganharia.
Em termos de NASA, o melhor era o Trump. Certamente punha a NASA no seu nome, começava a fazer reality shows no espaço, e ia buscar minérios aos asteróides.
Daí até se auto-intitular He-Man ou até Imperador do Universo, seria um passinho 😛
Ps: sobre a tal vontade em fazer da Lua o 51ª Estado: http://rt.com/usa/gingrich-moon-florida-space-795/
^^
Obrigado!
Vejo que gosta de política 🙂 . De facto, os moderados mais conhecidos são poucos, mas em termos de eleitores, e número de congressistas (senadores mais representantes), são a segunda maior ala, muito longe atrás da ala conservadora. Mas não têm muito poder, nisso têm inteiramente razão. Os moderados, senhores do GOP nos anos 50, 60 e 70 perderam a força toda no anos 80 – o Reagan permitiu o advento dos conservadores e da Direita Religiosa – e sobretudo nos anos 90 e 2000, com a subida dos neocon…
Está também certo no que diz, 3 dos 4 candidatos são tea partiers ou apoiados por eles. Falando agora do espaço, se o Marco Rubio vencer, será bom para a Nasa, visto ser ele favorável ao domínio espacial dos EUA. Não seria de todo estranho ver o orçamento da Nasa dobrar assim do nada. Se for o Rand Paul a ganhar, a coisa torna-se preta: o Rand Paul, filho do Ron Paul, segue a mesma filosofia política do pai, ambos admiram o Nozick (escreveu a excelente obra Estado, Anarquia e Utopia), são subsequentemente miniarquistas, querem um Estado mínimo. Se for a facção libertária do Tea Party a vencer, então a NASA vai receber ainda menos fundos, já que o Rand Paul apenas quer um “Estado polícia”, nada de Ministérios da Energia, nem da Educação, muito menos Segurança social.
Agora, para um estudante em ciência política como eu, que adora astronomia (e que até gosta de alguns aspectos do conservadorismo), o Partido Republicano parece mais eficaz relativamente ao avanço da ciência do que o Partido Democrata. Pode parecer muito estranho o que acabei de dizer, mas tal como referiu, a política externa republicana – aliás, como dizia o neocon Irving Kristol, os republicanos sempre se interessaram mais pela política externa e sempre foram melhor nela do que os democratas – é mais virada para o domínio, o hard power. Em termos de política espacial, foi o Eisenhower quem primeiro quis uma agência espacial americana para lutar contra os avanços soviéticos. O Kennedy apenas seguiu, tal como o senhor disse, o pensamento republicano. O Nixon decidiu enveredar pelos Vaivéns Espaciais. Será que fez bem? Não sei, mas pelo menos quis algo de novo. O Carter, por sua vez, estagnou o orçamento da Nasa e não se preocupou muito com ela… Depois, temos então o Reagan com a Estação Espacial Alfa e sobretudo, o SDI/Guerra das Estrelas. Os democratas por sua vez estão mais preocupados com a chamada “engenharia social”. Também é bom, mas as políticas sociais do Lyndon Johnson provam que nem sempre funciona.
Por isso, caso seja o Marco Rubio a vencer, provavelmente veremos a Nasa receber um orçamento maior, que por sau vez vai beneficiar os cientistas de várias outras áreas, até porque já está mais do que provado os efeitos benéficos da Corrida à Lua por exemplo em várias outras áreas (na ciência e na tecnologia).
Precisamos de novos líderes americanos que não temem enveredar pelo Espaço. Não falo em transformar a Lua no 51º Estado, à maneira do Newt Gingrich, mas apostar numa nova visão da política espacial. Os americanos sempre tiveram o mito da “fronteira”. Em tempo de crise como a que estamos a presenciar, seria fulcral criar novos sonhos na mente das pessoas, e estimular a economia através da Conquista Espacial.
Posso estar enganado, mas pelo menos, na minha opinião, uma nova conquista espacial seria uma maneira de nos safarmos da crise e, talvez mais importante, seguirmos um objectivo grandioso (digo nós porque gostaria de ver europeus e seus irmãos americanos a trabalhar juntos).
Não está de acordo? Peço desculpa pelo comentário, é demasiado longo, mas como adoro política americana e política espacial, abusei :/
Abraço!
É de facto triste…
Contudo, como estudante de ciência política posso fazer duas pequenas correcções? 😛
A Câmara dos Representantes não está no Senado, ambas, Câmara (457 membros) e Senado (100 membros, dois por Estado da federação) fazem parte do chamado Congresso americano.
Quanto ao que o Marco diz, não é bem o Partido Republicano, pois dentro do Partido Republicano existe a “ala moderada”, quase tão poderosa como a “ala conservadora” e a “ala neocon”, mas antes os membros do Tea Party. De facto, os tea partiers estão a tomar o poder dentro do Grand Old Party… Por isso meus senhores, caso o Tea Party consiga o golpe interno e caso – muitas hipóteses, todas podem estar erradas como podem estar certas – seja o candidato republicano a vencer as eleições em 2016 – provavelmente há-de ser o Marco Rubio, figura muito acarinhada pelos tea partiers – podem esperar três coisas:
1 – O financiamento da NASA poderá aumentar exponencialmente tendo em conta que os tea partiers são a favor do poder americano no Mundo e, consequentemente, no Espaço. Logo, um ponto positivo.
2 – O medo do senhor Marco Filipe pode tornar-se realidade num ponto: os tea partiers são contra o ensino das teorias darwinistas nas escolas, a favor do ensino do criacionismo e, logicamente, querem cortar nos gastos relativos à investigação científica, sobretudo a que mete em causa as Sagradas Escrituras, ou seja, tudo o que toque a biologia, etc…
3 – Os mais pobres, os doentes, as crianças, todas estas pessoas serão deixadas à sua sorte, pois os tea partiers, além de cristãos ultraconservadores, têm uma visão libertária da economia…
Isto é só o começo. Enfim, o tempo dirá.
Abraço, continuação de bom trabalho a ambos 🙂
Author
Excelente comentário.
Sim, aliás, os Republicanos têm razão numa coisa: o Governo tem que gastar menos (e isso aplica-se a todos os governos do mundo), e é essa uma das razões para não quererem o Obamacare: mais gastos do Estado que podem ter como resultado o estado da segurança social na Europa (sem $$).
O seu ponto 1 é muito importante: eu penso que a maior parte das pessoas não percebe que é com a mentalidade republicana (de domínio) que se pode ter mais financiamento nas agências científicas que se possam “vender” como para “aplicações militares”.
Nós fomos à Lua com a visão de Kennedy, que na base era uma visão republicana.
Sendo absolutamente sincero, só estou a ver 4 ou 5 republicanos “moderados”… e incluo neste lote o McCain e o Romney. Republicanos moderados não têm hipótese nas eleições gerais. Da mesma forma que democratas extremistas ou chatos não têm.
Isto deve-se ao enorme grupo de independentes que só votam se existir alguém com quem se identifiquem.
Neste momento vejo 4 republicanos que se perfilam para 2016. 3 deles têm valores de Tea Party. Sendo o outro mais moderado e governador de NJ. O Rubio está efectivamente à cabeça,
Tem toda a razão sobre o Congresso vs. Senado. Erro meu. Vou corrigir. Obrigado.
Se tivesse que votar num Republicano escolheria o Chris Christie, parece-me o mais moderado e racional deles todos, mas felizmente temos também o lado dos Democratas por onde escolher, esperemos que apresentem um candidato forte (pelo que tenho visto, fala-se na Clinton, corrijam-me se estiver errado)
Cumprimentos 😉
Author
Certo 😉
O PubMed (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed), a maior base de citações de artigos de biomedicina também está com um aviso 🙁
Basicamente a ciência americana congelou, finalmente o sonho dos republicanos tornado realidade.
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