Espectacular vista sobre o pico central de Tsiolkovskiy

pico_central_Tsiolkovskiy_NAC_LROC_270712Pico central da cratera Tsiolkovskiy, numa imagem obtida a 27 de Julho de 2012, pela sonda Lunar Reconnaissance Orbiter.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.

A imagem de cima mostra uma espectacular perspectiva sobre o pico central de Tsiolkovskiy, uma cratera complexa lunar com cerca de 185 quilómetros de diâmetro. Formada há menos de 3,2 mil milhões de anos, Tsiolkovskiy é uma das mais imponentes formações geológicas do lado mais distante da Lua. O seu pico central tem um diâmetro aproximado de 20 quilómetros, e eleva-se cerca de 3.400 metros acima do chão da cratera.

pormenor_pico_central_Tsiolkovskiy_NAC_LROC_270712Pormenor da imagem de cima mostrando o ponto mais alto do pico central de Tsiolkovskiy.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.

Os picos centrais das crateras formam-se em apenas alguns segundos, como consequência de impactos extremamente energéticos. A tremenda pressão gerada pelo projéctil na superfície alvo faz com que esta se comporte momentaneamente como um fluído, ressaltando no centro da cratera sob a forma de um pico. A elevação do pico central de uma cratera complexa é, ainda, assistida pelo colapso gravitacional das encostas interiores, que empurram os materiais do centro da cratera para cima.

Tsiolkovskiy_contextoImagem de contexto mostrando a localização da cratera Tsiolkovskiy, no extremo oeste do lado mais distante da Lua.
Crédito: NASA/GSFC/Arizona State University.

O chão de Tsiolkovskiy foi parcialmente inundado por lava basáltica, pelo que o seu albedo contrasta notoriamente com o dos materiais que formam o pico central. Semelhante aos maria basálticos que preenchem as grandes bacias do lado mais próximo, o chão de Tsiolkovskiy alberga uma das poucas planícies negras visíveis no hemisfério mais distante. Esta assimetria na distribuição dos maria lunares resulta, provavelmente, de diferenças na espessura da crusta entre os dois hemisférios. No lado mais distante da Lua, a crusta é mais espessa, pelo que apenas os impactos mais violentas tiveram energia suficiente para escavar a uma profundidade que permitisse o fluxo de lavas basálticas até à superfície.

Podem explorar esta magnífica paisagem aqui.

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