The Host (A Hospedeira / Nómada) é um filme de 2013 baseado num livro de 2008.
O livro e o filme falam de uma civilização extraterrestre, chamada de almas, que, como o próprio nome indica, invade o corpo dos humanos através da sua alma.
Assim, os humanos são transformados em “zombies”, em simples invólucros que carregam os invasores extraterrestres. Os alienígenas são, assim, parasitas.
Esta forma de invasão não é percebida pelos humanos, evidentemente. Toda a gente faz a sua vida normalmente, sendo que a única coisa que muda é a nossa “alma” (e a nossa “consciência”… a nossa “essência” como indivíduo).
Tal como através da evolução somos naturalmente hospedeiros de vírus e bactérias, neste caso tornámo-nos hospedeiros sobrenaturais (alma) de criaturas extraterrestres sem o sabermos.
Assim, no futuro, a Humanidade está perto da extinção… com algumas bolsas de resistência humana. Mas os sobreviventes são poucos e cada vez em menor número.
A invasão extraterrestre é um sucesso. Os alienígenas controlam a mente e o corpo de praticamente todos os humanos.
A grande diferença entre os humanos ocupados e os humanos livres, é que nas almas ocupadas por extraterrestres existe um efeito físico: brilhantes anéis azuis que se formam nos olhos das pessoas.
No entanto, a mente de uma humana chamada Melanie recusa-se a deixar que a sua alma seja dominada.
Esta dificuldade, aliada às dificuldades naturais deste processo (o interior de um humano contém emoções avassaladoras, inúmeras memórias, etc), faz com que a alma invasora chamada Peregrina (Wanda/Wanderer) passe a ter desejos… humanos (estar apaixonada por um homem, ser amiga de Melanie, etc), e passe a defender os humanos contra o invasor extraterrestre.
Ou seja, na verdade acontece o contrário do tema do filme: Peregrina (ou Wanda, no livro) é a alma extraterrestre que se deixa dominar pela alma humana de Melanie.
Ao ajudar a resistência humana, a Peregrina consegue separar as invasoras almas extraterrestres das nativas almas humanas. Assim, consegue libertar várias oprimidas mentes humanas.
A Peregrina também sai do corpo de Melanie, e passa a viver no corpo de outra pessoa (que ia morrer sem o invasor). Com a nova mente, essa pessoa passa a funcionar bem e agora é a Peregrina.
Meses mais tarde, este grupo de alienígenas e humanos libertos vivendo em comunidade, percebe que o mesmo aconteceu noutros grupos de resistência humana: outras almas extraterrestres passaram a defender os humanos.
Estava “em pulgas” para ver este filme.
Uma ideia fantástica de filme – invasão extraterrestre sem notarmos – fez-me esperar bastante deste filme. Afinal, esta ideia coloca-nos fora do normal geocentrismo psicológico de que os extraterrestres têm que ser como nós e as invasões vão ser como sabemos pela história da Terra.
No entanto, a parte fantástica do filme acaba aqui: no potencial da ideia.
O filme é chato e mau. Foi uma desilusão tremenda!
O filme não explica a contradição de que as almas extraterrestres são aparentemente pacíficas e boas, mas simultaneamente parasitas.
O filme não explica porque a alma de Melanie é mais forte que as outras. Ou porque a alma da Peregrina é facilmente influenciável.
O filme não explica como uma mudança de alma leva a efeitos físicos (nos olhos).
Até percebo ser nos olhos (“os olhos são o espelho da alma”). Não percebo é como uma mudança de alma leva a efeitos físicos visíveis.
A ideia de que é o amor de Melanie por um homem que lhe dá força na resistência é uma ideia muito bonita, lamechas, mas não faz qualquer sentido por si própria nem sequer ao comparar com todas as outras pessoas apaixonadas no mundo.
Detesto a “solução” encontrada no filme: de que os humanos são tão fantásticos que a Peregrina passa a ajudar os humanos.
Aliás, não se entende o porquê da Peregrina já ter passado por tantos corpos de civilizações no cosmos e sempre ter ajudado os seus amigos, e agora ficar contra eles por “problemas de moral”. É ridículo. E mais uma vez promove a ideia antropocêntrica de que os Humanos são o que de melhor existe no Universo.
Fico sempre “de pé atrás” em filmes sobre “alma”, “consciência”, etc, porque está-se a entrar por campos que podem fugir ao âmbito científico.
Não sei se o filme dará azo a que os problemas mentais de “dupla personalidade” e “ouvir vozes na cabeça”, possam ser explicados por uma invasão extraterrestre…
O filme debate-se com a questão: o que é um humano? O que define um ser humano?
Adorei os “remédios extraterrestres”. Não invasivos e curam tudo! Também quero uns assim!
As “almas extraterrestres” parecem-se com neurónios de energia. Ou seja, é energia física. Existem propriedades físicas.
A ideia inicial do filme é excelente, apesar de ser uma conspiração/paranoia: a de que vivemos rodeados de extraterrestres, apesar de não nos darmos conta disso.
É uma ideia igual à do excelente filme Eles Vivem.
Detestei o início do filme: mais um filme com a mensagem de que os Humanos são tãoooooooo especiais no Universo, que os extraterrestres adoram invadir a Terra.
Detestei o final: os humanos ganham e as almas humanas são libertadas. Estou farto deste tipo de filmes!
Um excelente filme com o mesmo tema e com um final surpreendente, é o Invasion of the Body Snatchers (Os Invasores de Corpos, A Invasão dos Violadores) de 1978. Se querem um filme com a mesma premissa e muito melhor, vejam esse. Para mim, é um dos melhores filmes de sempre.
Já o filme A Hospedeira, é uma cópia mal feita. É para esquecer.
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[…] É certo que é, agora, um “filme datado” e atualmente existem filmes similares (ex: The Host), no entanto este filme é “o” original e é superior a todos os seus semelhantes […]