Astrofesta 2007
A Astrofesta 2007 realizou-se em Constância nos dias 17, 18, e 19 de Agosto.
O prato forte das palestras foi no sábado, dia 18.
Deixo aqui o realce para as palestras a realizar pelo José Matos, Nuno Crato, e Luís Saraiva, que, para mim, são aquelas que mais me chamam à atenção.
O programa (ainda temporário)
encontra-se aqui.
Aproveitem! Vão até lá!
Crítica de José Matos:
Nunca pensei que o alto de Santa Bárbara perto de Constância (local da Astrofesta) fosse tão ventoso e frio no Verão. Fiquei surpreendido com o tempo. Já lá tinha estado em tempos (1995) e não era tão frio.
A astrofesta começou na sexta-feira com um minicurso de astronomia e com as primeiras observações à noite. Com o vento que estava não foi fácil aguentar até de madrugada. Muita gente arrumou cedo os telescópios.
Depois no sábado continuou com as palestras e com a inauguração do primeiro observatório solar dedicado à divulgação da astronomia. É sem sombra de dúvida um instrumento importante para o centro ciência viva de Constância, e um aparelho muito interessante para a divulgação.
Quanto às palestras não foi fácil à noite aguentar o frio no auditório exterior, nem a falta de som. Coube-me a mim fechar o evento e os resistentes que aguentaram até tarde foram na verdade os grandes heróis da noite.
Fotos do evento: Luis Ramalho e João Pereira.
Crítica de Filipe Dias:
Havia muito vento e não montei telescópio, vi umas palestras e havia montes de gente! A gente era tanta que causou reais problemas encontrar-se um sítio para comer.
Outra crítica:
Tenho de dar os parabéns à organização da astrofesta! Inauguramos o observatório Solar, tivemos um céu fantástico, participamos em palestras muito interessantes e pedagógicas e até tiramos um mini-curso Podemos dizer que aprendi muito.
Pena, pena foram as ENORMES rajadas de vento à noite!
Crítica de Miguel Lopes:
Tenho de discordar de quase tudo. O observatório solar não deu para visitar porque fecharam aqui muito cedo. De palestras apenas vi a do João Vieira, que foi muito boa.
A organização e o sítio são terríveis:
– sem horas nem ordem de palestras.
– sem definição do local das palestras. Tanto eram no exterior como interior.
– falta de profissionalismo a nível de som. Não existiam saídas de som para imprensa e não existia um microfone de lapela para as palestras.
– o observatório de cúpula do telhado, com o LX200 10″ estava com o tracking desligado e um monitor tinha de realinhar júpiter a cada 30s.
– a observação da lua e de júpiter a partir daí era completamente inútil por causa do fortíssimo vento.
– alguma dificuldade de estacionamento
– sem zona plana onde se pudesse levar o carro e tirar o telescópio
– mau desenho de construção, sem abrigo do vento norte
– péssima localização. Pelo que falei com pessoas de lá, o vento forte está presente TODO o ano. Gostava de saber como se gastam 400.000€ num local sem condições
– no início da noite de sexta o vento até estava suportável e estive para montar o telescópio. Mas quando descobri que tinha de fazer 150 metros com o material todo, às escuras e a subir e descer… Eles têm uma estradeca feita para o local, mas está vedada e sem local de estacionamento no topo.
– se para o ano a astrofesta se realizar lá, não vou.
Crítica de Roger Crespo:
Concordo com o Miguel. Esta foi a terceira Astrofesta em que participei e de longe a pior… Além de todas as razões que o Miguel evidenciou, gostaria de sublinhar:
– a falta de estacionamento;
– falta de som nas palestras! Quando foi a inauguração do observatório Solar havia microfones (3 ou 4) e colunas, depois disso arrumaram tudo e deixaram os oradores a esforçar a voz para o público…
Compreendo que queiram utilizar o espaço, mas para Astrofestas NÃO!
Recordo apenas que nas duas anteriores edições da Astrofesta as pessoas ficavam a fazer observação, astrofotografia, conversar, etc até ao sol nascer este ano, as pessoas desmontaram os seus equipamentos ainda antes da meia noite por causa do forte vento(muito forte mesmo) e frio… é lamentável… Na sexta-feira fui embora às 00h20 e no sabádo fui embora às 23h30… Muito mau…
Além do mais as pessoas andavam completamente dispersas pelo recinto meias perdidas com escadas e rampas à noite no meio do escuro…
Este ano foi um Inferno para quem esteve na Astrofesta de 2006…
Crítica de João Calhau:
O evento teve lugar no observatório astronómico de constância, também criado pelo Ciência Viva, e consistiu em diversos eventos entre os quais se contaram uma actuação de louvar da parte de quatro saxfonistas no ‘Qarteto de Saxofone’ pela Banda Filarmónica Montalvense. Seguiu-se um debate acerca do programa nacional para o ano internacional da Astronomia que se realisará em 2009.
Posteriormente teve inicio a habitual série de palestras. Desta vez porém com temas que, a meu ver, foram uma mais valia para o evento devido ao facto de abordarem temas pouco falados em eventos do genero mas que muita curiosidade suscitam às pessoas em geral, como sejam os buracos negros, a vida do Universo, e as estrelas cadentes, tema mais “terra a terra” por assim dizer, mas que todos nós conhecemos; afinal caem diversas estrelas cadentes todas as noites mesmo sem ser nas alturas das famosas chuvas de estrelas como as Perseidas ou Leónidas.
De notar que este foi apenas o segundo dia do evento, dado que já na sexta-feira haviam sido levadas a cabo diversas experiencias como a análise espectral da luz solar (agarra-se num prisma e parte-se a luz branca num espectro de cores – vocês podem ver um fenómeno parecido quando faz sol e chuva ao mesmo tempo, só que em vez de lhe chamarem pomposamente ‘espectro de cores’ chamam ‘Arco-Íris’) mas ao qual nao pude estar presente.
Enfim em termos de conteúdo penso que esta foi uma das melhores astrofestas de sempre, embora tenha ficado dois senãos: a alimentação apresentada no local aos participantes que deixou um pouco a desejar, e a fraca afluencia destes ultimos.
Crítica de João Pereira:
Neste fim-de-semana decorreu mais uma Astrofesta, desta vez o evento decorreu em Constância, no Centro de Ciência Viva, correu tudo lindamente, só houve um pequeno senão, o vento foi mais que muito então com o cair da noite foi impossível sequer olhar pelos telescópios, só alguns resistentes se aventuraram a tal mas, depressa viram que as condições não eram as melhores para o efeito.
Eu pessoalmente levei todo o meu equipamento, que nem sequer me atrevi a montar dadas as circunstâncias atmosféricas, tirando isso correu quase tudo muito bem, digo quase porque se a organização tivesse deixado o sistema de som também para as pessoas que fizeram as palestras talvez tivesse corrido melhor, mas tirando esse pormenor dou os parabéns à organização pelo que nos proporcionou.
Crítica de Luis Ramalho:
A Astrofesta de 2007 não foi das mais concorridas.
Durante o dia foi possível visitar o novo laboratório de heliofísica, onde pudemos ver a imagens projectadas do sol (sem qualquer actividade, diga-se) e em h-alfa (no computador) e também o espectro do sol e as suas riscas de absorção.
No recinto ao ar livre houve um pequeno concerto e um conjunto de palestras, as quais se desenrolaram pela noite dentro (durante a noite não parece fazer sentido haver palestras de modo a que as atenções se virem para o céu “ao vivo”).
Na noite de sábado, embora o céu se apresentasse limpo, o vento era muito forte, tornando a sessão de observação nos vários telescópios presentes muito difícil, pouco proveitosa e desagradável.
Astrofesta 2006
Realizou-se em Proença-a-Nova, nos dias 4, 5 e 6 de Agosto.
Crítica do José Matos:
Sábado foi o melhor dia. Fechei a noite de sábado com o Carlos Oliveira. Desta vez falamos dos mistérios do Universo. Dez mistérios para conversar de madrugada.
O evento foi interessante e o sítio bem escolhido. A organização está de parabéns.
Em primeiro lugar, em termos de observação tivemos um sítio bem escolhido. Cheguei de véspera e logo nessa noite gostei do céu escuro e do relvado para meter os telescópios. Depois durante o dia vi que realmente o local era interessante e que apesar do calor dava para aguentar dentro do hangar adaptado para as palestras.
Único senão o ronco dos aviões a levantar voo, mas que também davam um bom espectáculo à assistência.
À noite foi possível ver de novo um céu excelente apesar da Lua ter demorado a esconder-se.
Em relação às palestras foram numerosas e diversificadas tendo acabado só às 3h30 da manhã por minha grande culpa. Foi um erro ter feito uma coisa tão extensa sobre os mistérios do Universo. É que enquanto falávamos (eu e o Carlos) lá fora o céu esperava por nós e quando acabei já estava cansado para observar. Foi pena não ter tido a noção disso a tempo e horas. Mas prometo que não voltarei a abusar da audiência desta forma tão cruel. É que as pessoas estiveram ali 3 horas a ouvir os mistérios do Universo, o que é realmente uma crueldade aquela hora da noite. Para o ano tudo será diferente a este nível. É que a noite é para observar não para grandes mistérios.
Crítica da ORION com várias fotos:
Desta vez aparecemos 12 elementos para gozar em pleno o evento, sem as complicações da organização. E valeu bem a pena!
Em primeiro lugar parece que o “fogo” já faz parte da festa. Logo no caminho ficámos retidos por uma grande frente de fogo que mobilizava muitos bombeiros e cerca de 7 meios aéreos. O espectáculo aéreo até foi interessante mas, a tristeza de continuar a ver a floresta desaparecer, não pode deixar de ficar aqui registada.
O local escolhido para a Astrofesta 2006 (aeródromo de Proença-a-Nova) foi dos melhores de sempre. Tinha quase todos os “condimentos” exigidos para um evento desta natureza. É um local plano, muito amplo e suficientemente afastado da poluição luminosa.
A organização dividiu o espaço em quatro pontos principais:
– Um local de acampamento com boas condições junto à estrada a cerca de 250 metros do local da observações;
– Um espaço para lojas e palestras num hangar existente;
– Um estupendo espaço de observações;
– Um “restaurante” muito próximo com petiscos e bebidas sempre disponíveis pela noite dentro.
Um grupo de 8 elementos da ORION chegou logo no primeiro dia ao local pelas 18:30h. Desde logo era evidente uma azáfama de aviões que combatiam os incêndios a cerca de 15Km dali. Apesar das várias frentes de fogo era perceptível que o fumo não iria influenciar as observações o que foi desde logo motivo de satisfação.
O acesso ao local é muito fácil e intuitivo assim como foi fácil arrumar o carro nos estacionamentos disponibilizados para cerca de 200 Viaturas.
Imediatamente contíguo, ao estacionamento, estava o Hangar. O espaço, grande e muito próximo do local principal de observações, tinha casas de banho de apoio e a organização teve o cuidado de colocar nele iluminação adequada de modo a nada incomodar nas observações que não ficava a mais de 50 metros. Registámos no interior a presença da Loja do Museu de Ciência, da loja da Brightstar e da GEM51.
Este espaço de observações foi talvez o melhor jamais escolhido para um evento deste género. A zona era totalmente plana, muito grande e permitia escolher entre um óptimo relvado e um espaço em betuminoso. Ninguém se pôde queixar das condições. Tínhamos luz eléctrica sempre disponível, “chão” quanto fosse necessário para colocar o equipamento e até uma “cama relvada” excelente para apreciar a via láctea. A proximidade dos carros, para descarregar/carregar o material, facilitou muito as tarefas o que é sempre de elogiar.
Quando a noite de Sexta caiu, estavam no local cerca de 10/12 telescópios rodeados por não mais de 50 pessoas. Montámos o nosso equipamento pelas 22:00h com objectivo de realizar algumas “experiências e testes” de registo de imagem. À nossa volta ficou um grupo de 10/12 pessoas.
Ao nosso lado era ministrada uma sessão “guiada ao Céu”.
Apesar do reduzido número de pessoas no local o convívio foi agradável e produtivo (…)
No Sábado (…) no espaço exterior estavam não mais do que 150/200 pessoas e talvez uns 25 Telescópios e outros instrumentos. Em paralelo o Zé Matos e o Carlos Oliveira animavam um grupo considerável de (80) pessoas com temas de debate muito interessantes (no exterior aproveitámos também para os ouvir). (…)
A sessão foi uma das melhores em que estivemos presentes. O céu esteve sempre estupendo (MAG 6,5 ou mais) com Seeing muito reduzido e a temperatura do ar permitiu que a maioria estivesse em manga curta até ao raiar do dia.
O nosso grupo só foi embora depois do nascer do Sol, onde ainda resistiam no local cerca de 20 pessoas (Máximo Ferreira incluído).
Espero que esta experiência e estas condições se repitam muitas vezes. Porque não repetir esta?
Crítica de João Calhau:
A Astrofesta 2006 teve lugar num aeródromo perto de Proença-a-Nova. O local era bom e tinha céu desimpedido, pelo que as observações nocturnas não foram nada prejudicadas. O único problema foi o facto de durante as palestras ter existido um ruido de fundo dos aviões a descolar para irem combater um fogo próximo. Mas pronto, isso não se pode evitar e nada teve a ver com a organização do evento, que a meu ver está de parabéns. Esta foi a melhor de todas as astrofestas a que já assisti (embora admita que não tenha assistido a muitas).
As palestras formaram uma linha ininterrupta desde a 3 da tarde até às tantas da madrugada (saí de lá às 2.30 da manhã e ainda estava a decorrer uma palestra). A principio pensei que fosse mau não haver pausas para comer nem nada, mas acabou por ser interessante.
Havia um cafézinho mesmo ao lado do pavilhão, onde podiamos comer e beber pelo que se pode dizer que estava tudo no sítio certo.
As palestras que mais gostámos fora umas em que se falou de astrobiologia, de vácuos interestelares e dos mistérios do universo (foi a última, a que ainda estava a decorrer quando abalei e que deve ter durado até lá para as 5 da manhã. Mas pronto a viagem era longa e tinhamos de nos vir embora).
Astrofesta 2005
A astrofesta 2005 foi a melhor de sempre em termos organizativos!
Foi uma organização conjunta do Máximo Ferreira e do grupo ORION.
Decorreu entre 12 e 14 de Agosto em Lamas de Mouro, Melgaço, Serra do Gerês.
Teve boas condições, incluindo parque de campismo e riacho, bons hotéis, excelente palestras, e razoáveis sessões de observação.
Vejam aqui todas as informações, incluindo o programa.
Crítica de Rui Barbosa:
Eu estive na Astrofesta em Lamas de Mouro. Foi a minha primeira e única. Gostei bastante das palestras e fiquei muitíssimo desiludido com as observações… a única ideia que me fica das observações é a de ser uma feira de vaidades tirando um ou outro observador que lá apareciam pela primeira vez.
Crítica de Luis Carreira com várias fotos:
Este ano a Astrofesta estendeu-se ao longo de 3 dias, com as tardes e inícios de noite preenchidas por palestras, e os finais de noite num campo de observações onde estiveram montados algumas dezenas de telescópios no seu momento mais concorrido.
Embora não tenha atendido a muitas palestras, algumas pelo facto já as conhecer, outras por ter andado distraído em conversas, foram interessantes e realizadas num auditório bem equipado e bem adequado à realização deste tipo de eventos.
Também marcaram presença lojas de equipamento astronómico como a Galáctica da Marinha Grande e a Brightstar de Mira, com exposição de muitos tipos de material, assim com a loja do Museu da Ciência com livros e “gadgets”.
As noites de observação foram em grande parte afectadas pelos fogos que assolavam a região circundante que apesar algo distantes, tornaram impraticáveis grande parte dos horizontes abaixo dos 30 graus. Mas apesar de tudo, houveram sempre alguns (poucos) resistentes que permaneceram no local até pelo o menos à hora do crepúsculo astronómico.
A noite de Sexta para Sábado foi a melhor no que diz respeito à observação astronómica, tendo até observado e dado a observar alguns objectos que se podem considerar difíceis para neófitos, tais com as “Véus” e a “América do Norte” em Cisne, ou a M31 com suas galáxias satélites bem evidentes, tendo ainda tentado em vão capturar alguma perseida lá para o fim da noite. Nesta noite fiquei eu mais dois (os quais já não me recordo o nome) na conversa até cerca das 8 da manhã.
O dia com maior actividade foi o de Sábado , com palestras e apresentações até às 3 da manhã, observações solares, e observações astronómicas até pouco mais adiantado devido à presença de nuvens. Mais uma vez as condições do céu fizeram perder o entusiasmo de grande parte dos participantes, ficando apenas alguns telescópios até ao fim da noite. Mas que ficou ainda teve a oportunidade de ver uma breve passagem da ISS às 4:35 assim com mais umas perseidas.
Graças ao feriado na Segunda-Feira, o evento prolongou-se por mais um dia, que infelizmente não foi muito melhor nas condições de céu, antes pelo o contrário, esteve bem mais nebulado que as noites anteriores, mas mais uma vez alguns ficaram até depois das 5 da manhã.
Em todas as noites houve bastante actividade meteórica, com alguns dos meteoros a chegarem à categoria de bólide, tendo um deles na madrugada de Sábado (com as Perseidas no seu pico máximo) deixado um rasto que se notou por uma boa dúzia de segundos. Não foram muitas, mas algumas delas foram bastante intensas. As Perseidas foram apesar de tudo bons momentos nas diversas noites.
O céu no local principal de observação não me pareceu nada mau (magnitude 6 no zénite), mas como já escrevi anteriormente foi muito prejudicado por aerossois dos fogos em redor, tendo ainda pensado ir até ao segundo local de observações que era mais alto (1200 metros), mas julgei que pouca diferença faria dadas as condições. (…)
Houve alojamento para todos os gostos, desde acampar no Parque de Campismo que se situava a apenas 200 metros do auditório e 350 metros do local de observações, reunindo as condições mínimas e tinha duche quente incluído na diária, havendo para os menos aventureiros várias unidades de hotelaria, pousadas ou casas de turismo rural nas localidades em volta: Lamas de Mouro, Castro Laboreiro, Peneda etc. (…)
Foi uma boa oportunidade para visitar a região que tem paisagens serranas imponentes para oferecer, com cavalos, cabras, ovelhas e vacas à solta e no meio da estrada , assim como alguns carros de matrícula estrangeira. Também ouvi que havia para lá lobos e javalis, mas não tive oportunidade de me encontrar com nenhum deles.
Resta notar a coragem de organizar este evento num local remoto que é sempre uma aposta arriscada, mas que proporcionou condições suficientes para as diversas formas de estar na astronomia, e julgo ter sido razoavelmente bem sucedido em todas apesar da meteorologia e fogos não terem colaborado muito.
Crítica do José Matos:
As portas de Lamas de Mouro marcam a entrada no Parque da Peneda. A câmara de Melgaço investiu no local nos últimos anos e construiu uma zona muito agradável com instalações fixas para recepção e orientação dos visitantes. O complexo é recente (foi inaugurado há pouco mais de um ano) mas tinha de facto boas condições para acolher uma Astrofesta. Acho que quem esteve por lá notou isso e gostou do local.
Aproveitei também para conhecer Castro Laboreiro, antigo concelho medieval, onde se come bem, embora com preços pouco amigáveis. (…)
Mas eu não estava ali para turismo, mas sim para a Astrofesta. As noites são frias mesmo agora com os dias quentes. Mas mesmo em Lamas de Mouro já se nota o clarão de luz Melgaço. Apesar de tudo é um sítio interessante para observar e foi isso que fiz na Sexta à noite. Lá estive um bom bocado a conversar no escuro e a espreitar pelos telescópios disponíveis. Não eram muitos, mas conheci observadores que nunca tinha visto noutros encontros.
No Sábado estive todo o dia entretido nas palestras e acabei a noite de madrugada a palestrar. O auditório esteve sempre cheio, mesmo quando o sono já era muito. Quando fui para a observação já não restava quase nada. Meti-me no carro e voltei para o quentinho do hotel.
Astrofesta 2004
Decorreu entre 21 e 22 de Agosto em Évoramonte.
Crítica de João Calhau:
A Astrofesta 2004 foi a pior a que já assisti. Pouca gente (50 pessoas), sendo que alguma parte do pessoal era composta por turistas que viam o castelo e abalavam, telescópios quase inexistentes, acesso difícil…
O terreno era o menos aconselhável para percorrer à noite e sem luz – ou com luz vermelha. O terreno encontrava-se cheio de desníveis e buracos.
As palestras pareceram-me demasiado técnicas para quem não percebe nada daquilo.
WCs no castelo não vi nenhum.
A loja da ciência não me pareceu grande coisa. Alguns livros, é certo, um ETX, porta-chaves e outras coisas parecidas.
Conversei com algumas pessoas que me disseram que tinham ido lá sem saber nada daquilo e com muita expectativa e que ficaram desiludidas afirmando que “para a próxima já não vinha”…
Conversei com pessoas que não percebiam nada de astronomia e que estavam descontentes com o nível de organização da Astrofesta, bem como dos temas tratados nas primeiras palestras, tendo afirmado que não queriam voltar. Devo porém dizer que ouvi um comentário muito positivo sobre a visita guiada ao céu de sexta-feira.
Na minha opinião, uma Astrofesta deve ser um evento onde, para além das palestras e observações, se deve acima de tudo, fomentar o interesse pela Astronomia e pela Ciência servindo ainda para que os interessados possam colocar dúvidas sobre o que os “atormenta” e não apenas sobre o tema das palestras.
Astrofesta 2003
Decorreu nos dias 1, 2 e 3 de Agosto, em Constância.
Crítica de Ulisses Martins com várias fotos:
A astrofesta foi cancelada devido à proximidade de incêndios que destruíam as matas próximas e ameaçavam avançar em direcção à zona do observatório.
É de assinalar também o elevado calor superior aos 40 graus Celsius e o céu espessamente nublado numa mistura de vapor de água, fumo e cinzas.
Crítica de Luís Ramalho com várias fotos:
A Astrofesta 2003 foi interrompida na tarde de sábado, dia 2 de Agosto, devido à proximidade de um incêndio de grandes proporções. O Observatório Astronómico de Constância está inserido em zona de floresta, o que tornava muito perigoso a continuação das centenas de participantes no local. A variabilidade dos ventos tornava impossível prever o caminho que o incêndio seguiria, de modo que foi prudente a decisão de evacuar o local. O incêndio avançava a uma velocidade muito elevada, com a criação de pequenos focos à frente da linha principal das chamas. (…)
Crítica do grupo da Atalaia com várias fotos:
Infelizmente a Astrofesta este ano teve de acabar mais cedo, e mais infelizmente ainda, fomos brindados com uma excelente demonstração de caciquismo local… enfim, Portugal no seu pior.
Crítica do Grom:
Desp-o-festa!
Em Portugal, quando se come, come-se bem, quando se bebe, bebe-se bem e quando há um encontro de astrónomos, os imprevistos e improvisações são na ordem do dia.
João soube do encontro de astronomia em Constância através de múltiplas fontes e reportagens nas mídia.
Diziam também os cartazes e panfletos, largamente distribuídos nas mesas e, curiosamente, nas paredes no interior das casas de banho de alguns cafés em Constância, que o maior evento de astronomia em Portugal irá decorrer nos dias 1, 2 e 3 de Agosto. E assim foi.
Como manda a tradição, o discurso de abertura estava marcado no programa para o início do segundo dia do evento.
Mesmo assim, os irreverentes e fanáticos, apareceram mesmo assim já na tarde do dia 1, distribuindo os seus bens, corpos e mente numa semi-densa zona florestal sem acesso visual ao céu para evitar qualquer distracção dos objectivos principais.
O complexo do observatório de Constância, coroando uma pequena colina, demarcou o limite superior da zona de circulação, enquanto o bar, a pista de dança e a loja de artesanato representavam a fronteira no Norte do terreno, sendo todo o resto delimitado pela floresta cada vez mais densa e parcialmente em chamas (a distância).
Após 2 semanas de intenso calor solar, e com a previsível alteração do tempo para estes dias, apoiantes anónimos do evento tinham colocados alguns incêndios estratégicos em redor para atrair as eventuais nuvens para outros locais, deixando o local do evento supostamente a descoberto.
Infelizmente os bombeiros já se tinham compometidos, nestes dias, de proteger com todos os meios disponiveis os ensaios da claque feminina de pompons da equipa de canuagem reunida no rio Zèzere. Dai, os ditos incêndios, depois de afastarem as nuvens, começaram por sua vez, descontroladamente largar quantidades provocadores de fumo e cinzas sobre o céu e o local da Astrofesta.
Mas este pequeno inconveniente, não impediu, que os participantes procederam com as actividades projectadas.
Quanto a isso, o primeiro evento planeado era a corrida de 150 metros das montagens.
A pista de corrida correspondeu ao padrão já conhecido de algumas Astrofestas dos anos passados, apresentando uma inclinação de 30 graus, superfície acidentada e, como novidade, uma camada de areia escorrediça e de pedregulhos soltos para melhor testar a condição física dos astrónomos.
Na primeira e ineflizmente única eliminação participaram 3 astrónomos, um reformado (2 binóculos e um Mak de 7″) um jovem estudante (Dob de 8″) e um cão (2 receptores de ultrasons de 9 cm). Vencedor desta corrida foi incontestavelmente o venerável idoso. Um quarto competitor, claramente não treinado, com uma montagem de apenas 40 quilos, não consegui chegar atempadamente na linha de partida, pois colapsou totalmente deshidratado a 3 metros do seu carro.
A apreciação dos inúmeros instrumentos de observação, como anunciada no programa oficial, foi realizado ao longo das bermas da rua de acesso, servindo as janelas das porta-bagagens dos carros de montra de exposição.
Via-se um aglomerado de caixa de protecção de Dobsonianos de todos os tamanhos, alguns catadioptricos, refractores apocromatos e outros instrumentos de menor ou maior relevo.
Uma nota a parte. Embora no programa oficial constou, que todas as actividades serão dadas por astrónomos profissionais, investigadores e cientistas do ramo, houve uma manifesta e clara presença de muitos astrónomos amadores, o que contribuiu um pouco desfavoravel para o ambiente anunciado, pois foram os amadores que responderam as inúmeras perguntas dos visitantes (o que é uma estrela, onde está a estrela do Norte….). Enfim, pode não ter sido previsto, mas a organização devia assegurar, que os amadores respeitam o anunciado e não se metem ao meio dos profissionais que foram destacados para isso.
O segundo evento programado para o primeiro dia, era a observação astronómica a partir das 23 horas. Os instrumentos destacados para isso, eram convenientemente os dos participantes da corrida de 150 m. Alguns amadores, para além de não estarem previstos como participantes activos (vide acima), ofereceram alguns equipamentos suplementares, mas foi correctamente declinado, por parte da organização, o acesso a plataforma de observação a frente da entrada para o observatório, dado que o espaço previsto (e único existente em todo o redor), contou com muito pouca área para tanto instrumento.
Assim, a observação astronomica começou com uma vista maravilhosa sobre a lua ainda jovem. Ao todo havia aberturas entre o fumo dos incêndios de 10 segundos em cada 5 minutos, o que permitiu aos presentes, apreciar a coloração alaranjada da parte de cima da face lunar.
Um dos 2 instrumentos ainda apontou a sua objectiva para o enxame globular M13, mas a reacção do público era insatisfatória.
Simultanemamente decorria no mesmo espaço a terceira actividade prevista para esta noite. Tratou-se do salto sobre a cova da baleia desconhecida, a qual foi erguida e destacada como um notável montículo de areia (infelizmente não da praia) de 6 metros por 2 metros e 1 de altura, junto da zona dos instrumentos. Infelizmente não foi possível concluir esta prova, dado que os participantes dessa actividade, se misturarm com os visitantes e observadores curiosos mas não atentes ao terreno, que se fartaram de tropeçar na escuridão sobre o dito amontoado de areia e tão cuidadosamente colocado no local.
A zona de observação destacou-se também pela sua qualidade para fins astronómicos. A zona Sul, a mais importante para observar, estava salpicada com as luzes da não muito distante Constância. Este planeamento de um local de observação é extremamente bem pensado, dado que assim há sempre suficientes estrelas artificais para proceder com a colimação dos instrumentos antes de qualquer observação.
Dada e conhecida a escassa qualidade do céu escuro ao longo do ano, a câmara de Constância decidiu ainda iluminar ainda mais forte toda a cidade, permitindo desta forma vistas amplificadas e espectaculares ao edificio dos bombeiros (abandonado pelo motivo acima enunciado), a escola secundária e ao centro comercial.
A meia noite, a temperatura do ar tinha finalmente baixada para 35 graus Celsius, o que permitiu a realização do último evento desse dia.
Para assegurar uma boa e numerosa participação, e sabendo que bebidas geladas num dia de calor são manifestamente nocívas para a saúde, a organização da tenda dos comes-e-bebes, já tinha colocada todas as bebidas refrescantes numa arca provavelmente desligada.
De seguida, com um ligeiro atraso, reuniram-se os contestantes da prova de imperiais – que por sinal era a única bebida com temperatura pouca saudável. Esta prova ainda demourou algumas horas e foi ganha pelo conjunto de representantes da liga arabe, da equipa espanhola e da equipa portuguesa, vencendo largamente os destacados dos estados unidos, do Brasil e do corpo dos escuteiros, enquanto a cadela Kikas teve de ser desqualificada da prova por não ter a idade mínima requerida e ter recusado a não ficar de gatas.
Simultaneamente decorria um concerto de música de palmas de mão e dança espanhola.
O segundo dia do evento começou provavelmente com a palestra da abertura e das boas vindas marcada para as 10:30. Após a chegada dos visitantes e participantes por volta e bem após do meio-dia, iniciaram-se as palestras anunciadas.
João participou numa das palestras. Infelizmente o seu médico não lhe tinha receitado nenhum aparelho auditivo. Dai, o tema da palestra não pode ser aqui indicado, por não ter sido possível ouvir uma frase completa do palestrante na tenda da palestra. No entanto, o aplauso final, comprovou, que a palestra tinha sido um sucesso, pelo menos para os outros ouvintes com audição ultrafonica. Parabens.
Ao mesmo tempo das primeiras palestras, foram instalados as tendas e stands dos vendedores de equipamento astronómico, que iriam realizar a segunda prova do dia. Infelizmente esta prova não tinha hora marcada. O que provocou uma certa descontentação por parte dos participantes, dada a falta de público no momento crucial. No entanto, por volta do início da tarde foi dada o tiro de partida para os participantes da corrida de desmontagem e arrumação do material de exposição em tempo record. O prémio do vencedor era um lugar de destaque e mais amplo do que os habituais 30×30 cm, junto das casas de banho do próximo evento (segundo uma fonte inoficial e não confirmada).
Enquanto decorria esta prova, a GNR e os organizadores realizaram a terceira prova do dia, o vazamento completo e rápido de todo o recinto.
Não foi possível determinar o vencedor, dado que o juri já se tinha ido embora antes do fim.
Infelizmente, o pánico previsto não se instalou, o que tornou esta prova um pouco asseptica.
O evento, planeado de durar até o dia 3, terminou então em ponto e como prevista no fim da tarde do dia 2 com um encontro não programado dos astrónomos amadores (também não previstas) a beira do rio Zézere, muita animação, bebidas frescas e geladas e com muitas gargalhadas, amizade e cinzas no ar.
Em resumo, e como me relatou o João, para um leigo conhecer a astronomia e o que se faz no céu, não há nada melhor do que um evento desta envergadura.
Não há nem um único minuto de aborrecimento, não há repetição e o programa está riquissimo em actividades lúdicas.
Para ver as estrelas, como ele disse, basta abrir um programa de planetário no computador em casa ou olhar para as imagens do Hubble no site da NASA ou nas revistas do genro.
Foi pena, como ele conta, que o número dos astrónomos amadores ter sido tão elevado, o que dificultou o movimento dos visitantes perto do balcão do bar e que encheu o ar com conversas talvez sofisiticadas sobre estrelas ou instrumentos, sobre fotografias e sonhos, mas nada interessantes ou esclarecedores para uma pessoa que não é do meio astronómico.
Também as incessantes queixas dos amadores sobre a falta de acesso a plataforma de observação com os seus intrumentos pesados e a falta de um local onde deixar o instrumento montado, causaram alguns momentos de constrangimento aos visitantes mais sensíveis.
Outro ponto negativo eram os representantes comerciais, que exigiam freneticamente um espaço minimamente aceitável para a sua actividade, embora o evento, como já deviam saber, não é pensado ser um centro comercial ao ar livre.
Com brilho no olho e hilariado com estes dois meios dias, João ainda quis atear um contra-fogo nas traseiras do observatório mas por falta de gasolina, decidiu voltar para a casa e ver o telejornal.
Enfim, mais uma iniciativa que marcará a memória de todos os participantes.
A organização de tal evento é extremamente gastante e os organizadores estão mesmo de parabens. Destaque e aplauso especial, este ano, para as actividades multiplas, que tanto deliciaram todos e todas.
Simultaneamente e no mesmo local estava anunciada a X Astrofesta, e embora alguns dos organizadores estavam presentes, não foi possível distinguir entre a Astrofesta e o evento supradescrito. Mas não faz mal, o que conta é a intenção. Sempre deu para beber bem e comer bem e sentir, que estamos em Portugal.
P.S.: Máximo é o máximo, mas no mínimo é fixe o que fez.
P.P.S.: Isto é uma satira e não uma reportagem. Se nada funciona, pelo menos não devemos perder o sentido de humor.
Crítica de Paulo Almeida:
A astrofesta pode não ter corrido sempre bem. Pode não ter sido sempre bem organizada. Pode ter tido muitos problemas. Mas temos que dar valor aos organizadores de ainda não terem desistido da sua organização. Porque não oferecerem ajuda na organização para ver se corre melhor?
Crítica de Domingos Silva:
Astrofesta quase estragada: da atmosfera queimada, à atmosfera de festa!
A Astrofesta 2003, em Constância, teve alguns percalços, causados pelos terríveis incêndios que assolaram a região. Por volta das 18 horas do dia dois de Agosto a Protecção Civil ordenou a evacuação imediata da zona onde se realizava o evento. Todas as actividades ficaram suspensas, para desconsolo dos participantes e visitantes que massivamente afluíram ao local.
No entanto, a história não acabou aqui.
O responsável do Clube de Astronomia de Caldas das Taipas (ASTROTAIPAS), Dr. Jorge Fonte e o responsável do Núcleo de Astronomia de Barcelinhos (NASTAB), Arqº João Paulo Vieira, em conversa com o Dr. Máximo Ferreira (responsável pela organização do evento), decidiram organizar nas imediações do café do parque de campismo uma mini sessão de palestras. Foi solicitada a corrente eléctrica aos responsáveis do parque de campismo e contactado o maior número de pessoas possível.
Após uma breve apresentação das temáticas a palestrar, a primeira sessão denominada “A vida das estrelas”, foi da responsabilidade do Dr. Jorge Fonte, que não obstante o seu cariz técnico, abordou de forma simples, sumária e entendível pela generalidade dos presentes, a evolução das estrelas desde o seu nascimento nas grandes nuvens moleculares até ao seu destino final, dependendo da sua massa.
Em seguida o Arqº João P. Vieira, efectuou uma palestra denominada “As estrelas”, na qual abordou as características das mesmas, relacionando o seu tamanho e as distâncias relativas à Terra.
Para animar ainda mais a assistência, que se mostrou sempre bastante interessada e cada vez mais numerosa, Dr. Carlos Oliveira, da Universidade do Texas e Dr. José Matos, colaborador da Universidade de Aveiro, deram também o seu contributo.
O orador vindo do Texas, começou por exibir um manancial fotográfico da ida do Homem à Lua, os comentários e os objectivos de cada missão. Paralelamente, tecia algumas considerações divertidas (mas que não descurava a vertente científica), interrogava os presentes e dava a sua opinião pessoal de muitos dos desenvolvimentos da exploração espacial.
De seguida o Dr. José Matos, com o seu habitual tom entusiasta, elucidou-nos com questões pertinentes e esclarecedoras, acerca do tamanho do Universo. Para que a assistência tivesse uma ideia das distâncias entre os diferentes astros, utilizou como unidades de medida os anos-luz e os “anos-pé”, de um modo divertido.
Finalmente, Carlos Oliveira voltou à carga e “convidou-nos” a esquecer tudo quanto sabíamos sobre Astronomia, numa palestra, na qual utilizando uma espécie de glossário, esclareceu os espectadores acerca de alguns conceitos errados do senso comum.
Apesar das “pingas de chuva” que de quando em vez “aterravam” na assistência (e no material informático) manteve-se irredutível até cerca das três horas da manhã.
Fica o exemplo: nunca desistir perante as adversidades da natureza.
Prof. Doutor Domingos Silva – 7 de Agosto de 2003″
Astrofesta 2002 foi em Nisa a 16, 17 e 18 de Agosto. Relato e fotos de João Ventura.
Astrofesta 2001 foi em Pinhal do Rei, Marinha Grande.
Astrofesta 2000 foi em Esposende. Relato de Luis Carreira.
Astrofesta 1999 foi em Gouveia na Serra da Estrela. Fotos de João Clérigo.
Astrofesta 1998 foi em Alcácer do Sal.
Astrofesta 1997 foi em Serpa.
Astrofesta 1996 foi em Aljustrel.
Astrofesta 1995 foi em Constância.
Astrofesta 1994 foi no alto da Serra d’Ossa (Alentejo).
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