Vapor de água em sistema planetário

Em 2007, o telescópio espacial ‘Spitzer’, da NASA, detectou num sistema planetário em formação a quantidade suficiente de vapor de água para encher cinco vezes os oceanos da Terra, revelou hoje a agência espacial.

Em comunicado, o Laboratório de Propulsão a Jacto (JPL), da Agência Espacial Americana (NASA), explicou que estas observações constituem a primeira visão directa da forma como a água, elemento crucial na formação de vida, começa a fazer parte dos planetas, inclusivamente dos rochosos, como a Terra.
“Pela primeira vez estamos a observar como a água aparece numa região onde provavelmente se formam planetas”, explicou Dan Watson, astrónomo da Universidade norte-americana de Rochester e autor de um estudo sobre o sistema, identificado como NGC 1333-IRAS 4B.
Este sistema encontra-se a, aproximadamente, mil anos-luz da Terra, na constelação de Perseu.

Segundo os especialistas da NASA, o vapor de água tem origem numa nuvem central do sistema e cai sobre um disco de poeira estelar, que seria o material da formação inicial dos planetas.
“À Terra, a água chegou na forma de asteróides e cometas de gelo. A água também existe como gelo nas densas nuvens que formam as estrelas”, disse o astrónomo norte-americano.
“Agora vimos que a água, que cai na forma de gelo de um sistema estelar jovem, evapora para depois se congelar novamente e se transformar em asteróides e cometas”, acrescentou Watson.
“Conseguimos detectar uma fase muito especial na evolução de uma jovem estrela, na qual o material da vida avança dinamicamente rumo a um ambiente no qual se podem formar planetas”, disse, por sua vez, o cientista da missão do ‘Spitzer’ nos escritórios do JPL, na Califórnia (EUA), Michael Wenero.

Ver notícia original ou site do JPL.

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