Faz hoje 100 anos que a Terra sofreu um forte abalo! A 30 de Junho de 1908, numa região remota da Sibéria deu-se o chamado Evento de Tunguska que ainda hoje não está inteiramente explicado.
Existem mais de 160 ideias com eventuais explicações para o que aconteceu, incluindo a explosão de um OVNI, uma bomba atómica e até a explosão de um mini-buraco-negro. Criatividade não falta…
O que se sabe foi o que se viu (a devastação provocada pelo evento, por exemplo as 80 milhões de árvores arrasadas – apesar da primeira expedição científica ao local ter sido feita somente após 19 anos!), o que se sentiu (a 70 kms de distância, as pessoas sentiram um abalo tão forte que as fez cair das cadeiras e sentiram um calor tão intenso que as suas roupas pareciam estar em fogo!), e o que se previu (se a explosão tivesse ocorrido menos de 5 horas depois, devido à rotação da Terra, ela teria destruído a então capital São Petersburgo).
15 horas após o impacto, os céus na Europa iluminaram-se durante várias noites, e até houve pessoas na Alemanha, Dinamarca e Reino Unido que conseguiam ler um jornal de noite sem ligarem a luz!
Há quem diga que a explicação pode ser geofísica.
Uma erupção vulcânica gigantesca!
Mas como explicar o padrão das árvores caídas?
Curiosamente esta explicação tem o nome de Jules Verne (verneshot).
Actualmente a explicação mais consensual é a de que um meteoróide de composição rochosa com talvez 50 metros, entrou na atmosfera terrestre e explodiu, devido ao calor gerado pela compressão do ar à sua frente, cerca de 8 kms acima da superfície.
Estas explosões no ar são eventos frequentes, mas felizmente os meteoróides são bastante pequenos, tão pequenos para nem os notarmos. Não foi isso que aconteceu na Sibéria, em que o meteoróide era grande o suficiente para provocar tamanha destruição (o suficiente para arrasar cidades como o Porto ou Lisboa, e matar todos os seus habitantes).
Estas explosões no ar, como é óbvio, não deixam crateras no solo.
No entanto, em 2007, saiu a notícia que talvez se tenha encontrado uma cratera de impacto no fundo do lago Cheko. Leiam sobre isto, aqui e aqui.
Para mais informações sobre este evento, visitem este site, onde além da visão geral do evento, têm algumas das possíveis explicações, e até eventos recentes (significantes, mas muito mais fracos que Tunguska).
Este é um excelente documentário sobre o assunto: Siberian Apocalypse.
E ainda têm estes artigos (1, 2, 3) do SpaceDaily, e este do Space.Com.
Leiam este artigo da Nature.
Leiam este meu artigo sobre o assunto.
E nas palavras de Carl Sagan:
9 comentários
8 pings
Passar directamente para o formulário dos comentários,
Ah obrigado. 😉
Mas com isso ainda não consigo editar os meus comentários, certo?
No outro layout, o sistema memorizava o Nome e email, este não o faz por alguma razão ou é um dos pequenos glitches a ser resolvido nas próximas semanas?
Author
Só para a semana podemos ver isso.
Quanto a não memorizar o nome e e-mail… não sei 🙁
Mas vamos tentar implementar uma outra forma, que vai ajudar isso… espero eu 🙂
Agora não. 🙂
Nem apareceu que o comentário aguardava moderação.
Author
Pois 🙂
Coloquei-te na “whitelist”, e assim deixas de passar pela moderação… 😉
Ah está bem 😀
Pelo menos no meu caso é quando envio o comentário. Normalmente copio a mensagem antes de enviar, visto que está sistematicamente a dizer que os símbolos estão incorretos ou coisas desse género 😉
Para pessoas que não tomem esse cuidado, podem perder comentários longos.
Tem acontecido a mais leitores?
Author
Deu erro também agora? 😉
Author
Sim, 50 metros. Já corrigi 🙂
“Nenhum ping” quer dizer que ninguém fez ligação a este post desde que pusemos este layout.
O que é que tem dado erro? 😉
Isto tem dado erro constantemente. Isso tem acontecido a vários leitores?
Já agora, o que quer dizer “Nenhum ping ainda” que aparece ao lado da contagem dos comentários.
Quando diz “composição rochosa com talvez 500 metros” não quereria dizer com 50 metros? 500m parece-me demasiado e no seu artigo do “Ciência Hoje” refere que são 50 metros.
Abraço!
[…] caiu na Sibéria – e as imagens da devastação são na verdade imagens reais do evento de Tunguska), e de lá saíram máquinas marcianas. Essas máquinas marcianas foram invadindo a Europa e […]
[…] A 30 de Junho de 1908, numa região remota da Sibéria deu-se o chamado Evento de Tunguska. Leiam sobre este forte abalo, neste post. […]
[…] A 30 de Junho de 1908, numa região remota da Sibéria deu-se o chamado Evento de Tunguska. Leiam sobre este forte abalo, neste post. […]
[…] – Extinções. Dinossauros (ar que respiravam, matéria negra). Humanidade. Clovis. Mamutes. Tunguska. […]
[…] explosão de um cometa/asteróide na atmosfera sobre o continente norte-americano (semelhante ao evento de Tunguska). O cometa deverá ter tido 4 quilómetros de diâmetro e ou explodiu na atmosfera ou embateu na […]
[…] faria muitos estragos? Resposta: este asteróide tem 500 metros. O que provocou os estragos em Tunguska tinha 50 metros. O que extinguiu os dinossauros e 75% da vida na Terra tinha pelo menos 10 kms. […]
[…] compressão do ar à sua frente, cerca de 8 kms acima da superfície. Agora, um investigador russo, Andrei Zlobin, da Academia Russa de Ciência, diz que encontrou meteoritos resultantes desse evento. Ele colocou […]
[…] 2012 DA14 tem entre 50 e 100 metros. Como aquele que explodiu sobre Tunguska tinha 50 metros e provocou a devastação que se viu, então este asteróide tem o potencial para arrasar uma cidade […]