Os GRBs são os acontecimentos mais energéticos no Universo!
Sabemos que GRBs são comuns, e vemo-los todos os dias noutras galáxias.
Também sabemos que se houver um GRB aqui perto, na nossa galáxia, a radiação produzida exterminará toda a vida na Terra.
Sabemos igualmente que a maioria dos GRBs é devida ao colapso de estrelas extremamente massivas, apesar de haver outras explicações.
Apesar de tudo o que sabemos, os GRBs ainda são fenómenos misteriosos.
Agora, o mistério ainda se adensou mais.
Já que a maioria dos GRBs se devem, pensamos nós, ao colapso de estrelas massivas, e já que no início do Universo existiam carradas e carradas de estrelas massivas, naturalmente que se teorizou que no início o Universo teria GRBs frequentemente.
Fez-se então uma pesquisa em 2007 e detectou-se 0 GRBs (zero explosões!)
O que se passa? Mais uma teoria a repensar?
A ideia actual é que ainda não temos tecnologia suficiente para detectar esses GRBs tão longe no tempo, devido ao seu extremo desvio para o vermelho.
Daí que se pensa que com melhor tecnologia, dentro de alguns anos, vamos poder detectá-los.
Ou seja, pensa-se que a teoria está correcta e que existem imensos GRBs perto do início do Universo, mas para já não os conseguimos detectar.
Leiam mais sobre isto aqui e aqui.
A última década permitiu aos astrofísicos determinar finalmente a natureza dos GRBs (Gamma Ray Bursts). Sabe-se que são extremamente distantes, ocorrendo em galáxias a vários milhares de milhões de anos-luz e estabeleceu-se uma associação clara entre os GRBs e as supernovas, pelo menos as do tipo específico Ic, resultantes de estrelas maciças. De facto, o modelo físico actualmente mais aceite para explicar os GRBs atribui a sua origem a feixes intensos e altamente colimados de partículas produzidos durante o colapso de uma estrela maciça. O feixe de partículas, ao colidir com material circum-estelar, aquece-o e provoca a libertação de radiação gama. Posteriormente, o arrefecimento gradual deste gás provoca a emissão de radiação noutras zonas do espectro electromagnético. A radiação óptica proveniente desta interacção é vulgarmente conhecida como o optical afterglow do GRB e, apesar de ser normalmente muito débil e efémera, a sua análise espectroscópica permite a obtenção de informação vital sobre o fenómeno.
O satélite SWIFT foi concebido para permitir a detecção precoce e localização precisa de GRBs, informação que permite a outros observatórios, no espaço e à superfície, a observação do fenómeno noutras regiões do espectro electromagnético.
1 comentário
Belo blog!
Continuem, porque a informação astronómica na Web, feita por portugueses em portuguÊs de Portugal, é bem fraquinha.
Com o vosso empenho e trabalho, a fasquia subiu consideravelmente.