Sirius – ontem e hoje

Há cerca de cinco mil anos, uma giradora e ensurdecedora astronave, trazendo a bordo os senhores da água, Nommo, de… uma espécie humano-réptil anfíbia, aterrou com grandes jorros de um desconhecido combustível vermelho, entre o Mali e Burkina Faso.
Dogon Village

Segundo alguns crentes do isolado povo Dogon do Mali, tal espécie veio da ultra-maciça estrela anã branca Sirius-B (Po Tolo) que demora um ano a rodar em torno do seu próprio eixo e faz uma órbita em torno de Sirius A, em 50 anos.

Além da dupla Sirius A e B, existe ainda uma pequena estrela anã vermelha (Emme Ya) que é orbitada por um único planeta com sua lua ou apenas por um grande planeta.

Estas informações, credíveis para muitos dos actuais habitantes da referida e isolada região africana e não só, foram-lhes transmitidas verbal e religiosamente pelos os seus avós, pais, tios e velhos amigos que, por sua vez, já as tinham “comprado” aos seus antepassados.

Hogon

Segundo algumas fontes astronómicas mais recentes, a história está um pouco mal contada, por pensarem que tal povo com poucos conhecimentos científicos, foi alvo de cedências, permutas ou vendas culturais por parte de alguns exploradores europeus da região, com conhecimentos de astronomia, que os visitaram entre 1795 e 1927.

Verídica ou não, é a crença de um povo que, tal como muitas outras culturas e religiões pacíficas, merece o máximo respeito.

Sirius foi também adorada por muitos povos da antiguidade, nomedamente, egipcios que a apelidavam de Sothis e construíram alguns templos para que a sua luz entrasse e incidisse sobre os altares interiores. Acredita-se que o calendário egípcio teve por base a ascensão helíaca de Sirius, que ocorre antes das cheias anuais do Nilo e do solstício de verão.

Segundo a mitologia grega, Sirius era alcunhada de Seirios, o escaldador (calor do cão) e que os Cães de Orion (actuais constelações Cães Maior e Menor), foram içados ao céu pelas próprias mãos de Zeus, com a configuração da estrela Sirius.

Estrela mais evidente do céu e da constelação de Cão Maior, Sirius é também denominada a estrela do Cão ou estrela Canina.

ASTRONOMIA MODERNA:

Do sistema estelar Sirius, faz parte:

1. Sirius A, a estrela mais brilhante do céu, tipo espectral A1 (cor branco-azulada), de magnitude aparente -1,46, 2,1 vezes mais maciça e 23 vezes mais brilhante do que o nosso Sol. Esta estrela encontra-se a cerca de 8,6 anos-luz da Terra.
Sirius A e B
2. Sirius B, com uma massa aproximada à do nosso Sol e um diâmetro cerca de 50 vezes inferior, foi a primeira anã branca a ser descoberta, quando da sua total identificação em 1862 pelo astrónomo Alvan G. Clark. Esta estrela orbita Sirius A em 50,4 anos.

Desde 1894 que, aparentemente, lhe têm sido detectadas algumas irregularidades orbitais o que, futuramente, poderá vir a confirmar-se ou não a existência de um planeta gigante ou… da pequena estrela a seguir referida.

3. Sirius-C, será uma minúscula estrela vermelha, que só recentemente foi detectada pelos astrónomos, mas cuja confirmação ainda carece de muitos estudos.

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Post originalmente escrito por Francisco Gomes, no Observatório Atalaia.

1 comentário

  1. dailygalaxy.com…
    Mais um texto sobre esta história dos Dogons:
    http://www.dailygalaxy.com/my_weblog/2010/11/from-the-x-files-dept-the-ancient-knowledge-of-sirius-b.html

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