Noite de visitas na Atalaia

Sábado, 22 de Novembro, foi uma noite à moda da Atalaia.

Mas teve algo diferente e bem agradável: – A visita demembros da ORION, de Braga.

A noite começou cedo; para alguns começou ainda de dia, casos do João Gregório, Henrique Ferreira e Rui Rodrigues.

Eu cheguei pelas 19:00 horas. Depois o recinto foi-se enchendo, culminando com a chegada de 9 elementos do grupo ORION.

Segundo recolha do Francisco, as presenças foram as seguintes:

João Vieira, Benjamim Ribeiro, Jorge Fonte e os alunos Ivo Ferreira, Tiago Freitas, Carla Leites, Sara Martins, Bruno Silva, João Macedo (todos do grupo ORION); Alberto Fernando, Antonio Maria, Carlos Bernadino, Eduardo Durão, Francisco Gomes, Henrique Ferreira, João Gregorio, Licinio Almeida,Luis Campos, Luis Santo, Maria do Céu, Nelvia, Olavo Gomes, Rui Branco, Rui Pedro Branco, Rui Rodrigues.

A noite começou ventosa, com rajadas. A manter-se iria prejudicar sobretudo os que pretendiam dedicar-se à imagem.

Mas o vento acabou por acalmar e mesmo por desaparecer completamente, dando lugar à humidade.

Inevitavelmente, o objecto da noite foi a grande nebulosa de Orion.

Mas a noite foi longa e começou muito antes de Orion nascer. Comecei por Urano, pelo anel da Lira (M57) e pelos enxames do Cocheiro. Aqui fiz mesmo um passeio, usando a função “TOUR” do ArgoNavis, limitando a selecção a magnitude 12. O mesmo viria a fazer mais tarde em Cassiopeia.

A atmosfera apresentava alguma turbulência e havia muita humidade, resultado do calor do dia e consequente evaporação. Mas foi melhorando ao longo da noite.

M1, NGC 1514 – esta uma nebulosa planetária com uma estrela central brilhante e um grande halo bastante difuso – a nebulosa Esquimó, foram os objectos que se seguiram. M1 foi alvo fácil. Brilhante sem qualquer filtro, grande, mas sem muito pormenor; no NGC1514 o brilho da estrela central quase ofuscava o halo, mas este tornou-se bem proeminente com um filtro OIII.

Entretanto, ia crescendo o número de presenças. A certa altura vimos chegar um carro, imaginem, com faróis vermelhos. Primeiro pensámos que vinha em marcha atrás. Mas não. Era o Carlos Bernardino que tinha tapado os faróis com celofane vermelho. Teve piada.

Chegaram entretanto os elementos acima referidos do grupo ORION. Nessa altura tínhamos M42 , com o Trapézio, na ocular. Chegou também o Licínio e, com ele, a magnífica binocular Denkmaier. Foi com esta binocular que explorámos a nebulosa de Orion. Que maravilha! A nebulosa ganha profundidade, volume, tridimensionalidade. Todos os que o desejaram tiveram a oportunidade de observar atentamente a nebulosa. De início, no Trapézio, só se conseguiam 4 estrelas. Gradualmente, tornou-se fácil ver a 5ª e, mais para o fim da noite, a 6ª tornou-se evidente.

Com a binocular no Obsession, visitámos M81 e M82, M31, M46 com a nebulosa planetária – NGC2438 – sobreposta, o enxame globular M79 e, por fim o duplo enxame de Perseu.

Foi muito gratificante ter visto acorrer ao local um número significativo de pessoas, sem aviso prévio, culminando com a inesperada chegada do grupo ORION, a quem deixo um obrigado pela visita. E também um convite: – Voltem mais vezes!

Os primeiros a chegar foram os últimos a partir. Parti pelas 03:20, após mais de 8 horas no local, mas por lá ficaram o João Gregório, o Henrique Ferreira, o Rui Rodrigues e o Francisco.

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