A 24 de Dezembro de 1968, a Apollo 8, a primeira missão tripulada à Lua, entrava em órbita lunar. Acredito que já ninguém se lembra desse Natal distante. Dessa viagem arriscada que Frank Borman, James Lovell e William Anders fizeram para desbravar o caminho da Lua. Durante as dez órbitas em torno do nosso satélite registaram imagens de televisão e fotografias espectaculares da Terra e da Lua. Para além de serem os primeiros humanos a ver a Terra na sua totalidade, Borman, Lovell e Anders foram também os primeiros a ver o lado oculto da Lua. Na manhã de Natal, a Apollo 8 deixou a sua órbita lunar e voltou à Terra.
Os três ainda são vivos e calculo que hoje seja sempre uma noite especial para eles. Devem olhar lá para cima e pensar que já lá estiveram perto. Que já andaram à volta daquela bola branca no céu. Mas naquele dia viram a Terra assim. Uma pequena bola azul cortada como um queijo. Que sentido tem o Natal a esta distância? Que significa o nascimento de um messias visto da Lua? Que importância tem na ordem cósmica? O que trouxe de novo a este velho planeta? Mas pronto é Natal. E fica a lembrança daqueles três homens que há 4 décadas orbitavam a nossa companheira nocturna dentro de uma pequena lata.
A exploração espacial permite-nos conhecer melhor a nós próprios.
Fomos à Lua para olhar melhor para a Terra, para estudá-la, para conhecê-la melhor, para compreender a Terra como um todo.
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