2012 na TSF
Oiçam a minha entrevista na TSF, em Dezembro de 2008, sobre o mundo acabar em 2012.
Para ouvirem a entrevista, cliquem aqui.
As minhas respostas podiam por vezes ser melhores, mas gostei de me ouvir aos 19 minutos e 12 segundos.
😀
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Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
13 comentários
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Passar directamente para o formulário dos comentários,
Gostei muito
Boas, Gostaria antes de mais felicitá-lo pelo blog, é realmente uma boa maneira de fazer ver ás pessoas a farsa e o medo que estão a introduzir no ser humano. Ouço muitos falarem sobre uma mudança de consciência para o ano 2012, gostaria de saber qual a sua opinião acerca do assunto . Tenho lido muita coisa por aí, e sinceramente é este o assunto que mais me tocou, e que mais me empurra para segui-lo . Cumprimentos, Fique na paz .
Author
Depende do que entende por “mudança de consciência”.
Dependendo daquilo que entende por essa expressão, posso demonstrar que ela acontece quase todas as décadas, ou então posso-lhe demonstrar que essas expressões sempre foram ditas (pelo menos 10 vezes nos ultimos 25 anos) e nunca aconteceram porque nada existe nessas afirmações.
abraços
Author
Notei agora um erro logo no início do programa, de apresentação do programa.
O jornalista diz que o Calendário Maia acaba a 21 de Dezembro de 2012.
Ora, isso é o que os sites pseudos dizem, mas não é a verdade.
O Calendário Maia – na prática é só um deles, o chamado Long Count – não acaba a 21 de Dezembro de 2012. Continua para lá disso, com mais supostos eventos que irão acontecer depois.
O que se passa é que, como qualquer calendário, funciona por ciclos.
Da mesma forma, sabemos que irão acontecer eclipses em 2012. Já temos previsto isso.
No entanto, o nosso ciclo de 2011 acaba a 31 de Dezembro de 2011. Quer isso dizer que o calendário vai acabar nessa altura? Não. É somente o fim de um ciclo completamente arbitrário inventado pelos humanos (calendário). Mas isso não quer dizer que o calendário não continue, com o ano 2012, no dia 1 de Janeiro de 2012.
Já o que se vê nos sites pseudos, utilizando este exemplo, é este tipo de raciocínio: se o nosso calendário acaba a 31 de Dezembro de 2011, então isso será o Fim do Mundo.
Esses sites pseudos não percebem que são ciclos arbitrários, sem qualquer referência ao fim do mundo.
Author
Seguidamente, o José Perdigão Silva, numa atitude que se compreende nos pseudos, enviou outro comentário, que lhe foi vedado, em que realço duas coisas:
1 – “A partir do momento em que o Carlos Oliveira resolveu censurar barbaramente o meu comentário e lhe retirar toda a sustentação que desmascarava o seu discurso manipulador e falacioso (demonstrando-o com exemplos) perdeu todo o valor. Nem sequer vou ler a sua resposta.”
Eu percebo. Os pseudos não gostam de aprender com quem sabe, e preferem continuar HIPOCRITAMENTE a atacar os cientistas, enquanto utilizam diariamente os frutos do seu trabalho.
Se quisesse aprender, tinha simplesmente perguntado, e de forma educada:
“Caro Carlos Oliveira, estou interessado em saber mais sobre esta temática. Pode-me dizer onde o Daniken admitiu ter mentido? Obrigado.”
OU “Caro professor Carlos, gostaria de lhe fazer uma pergunta. Pode-me informar onde o Daniken admitiu ter mentido? Desde já lhe agradeço o tempo que me puder disponibilizar.”
Teria como resposta os exemplos em que o Daniken assumiu que mentiu. E pronto, ficávamo-nos por aí… pelo essencial.
Mas como o objectivo não era aprender, mas sim destabilizar, então obviamente que a sua estratégia foi outra. A estratégia foi entrar na casa de alguém e pôr-se a insultar, e a assumir coisas sem sentido.
Num post que é sobre 2012 e a Profecia Maia, a única coisa que me vem à cabeça sobre estas atitudes é esta classificação:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Troll_%28internet%29
“O que motiva um troll a agir geralmente são: auto-afirmação, ideologia, fanatismo, sacanagem ou simplesmente ociosidade. Em entrevistas na Usenet, trolls famosos confessaram que buscavam apenas um pouco de atenção e combater o tédio do cotidiano. A maioria deles também portava alguma característica mal-resolvida de personalidade, como trauma, fracasso financeiro e amoroso e até patologias psicológicas.”
2 – “Se for preciso meto o texto nas redes sociais, meto a correr nos emails em corrente… é tão fácil e rápido criar sites que se for preciso até crio um blog só para ele, direccionado para este tópico.”
Os visitantes sempre poderão ver a forma como o José entra na casa dos outros, poderão ver a falta de educação com que se dirigiu a mim, podem ver a sua técnica de se fazer passar por vítima… mas sobretudo é certo e sabido que a sua divulgação nos permitirá ter mais visitantes.
Agradeço-lhe essa divulgação deste blog de ciência, e da nossa defesa do pensamento científico/crítico.
Agradeço-lhe também o seu interesse por este site, e agradeço-lhe o interesse que está a ter por mim.
OBRIGADO!
Author
José Perdigão Silva,
Eu trabalho. Não tenho tempo para aturar comentadores casuais que vêm para aqui insultar.
Editei o seu comentário, ficando só o essencial – retirei-lhe os insultos.
1 – Se não quer ser insultado, não insulte em primeiro lugar.
Como pode ver em MILHARES de comentários, eu respondo bem, a quem me fala bem.
Por isso, se não queria uma “má resposta”, não começasse nesse tom. Não se faça agora de “coitadinho”.
2 – Já tenho dito por VÁRIAS vezes aqui no blog que a minha personalidade é como Huxley (“Darwin’s bulldog”). Eu sei que há quem prefira que os cientistas sejam todos uns “totos”, “coitadinhos”, a quem se pode insultar à-vontade que eles não vão ripostar. Para esses bullies que pensam isso, realmente pode ser uma surpresa ter alguém da ciência a ripostar/responder à letra.
3 – Fiz uma procura a comentários meus em que tivesse dito literalmente “tem razão” para alguém: mais de 5 dezenas.
Fiz uma procura a comentários meus em que tivesse concordado com o que um determinado comentador dizia: mais de 150.
Tenho a certeza que outras procuras por outras palavras que denotassem o mesmo espírito, conseguia encontrar mais comentários meus em que concordo com os comentadores.
Fora centenas de outros comentários que até concordo, mas não tive tempo para responder. Ficou a ideia da pessoa, que é o principal, independentemente se eu concordo ou não.
Ou seja, como se PODE COMPROVAR ao simplesmente ler os meus comentários, eu uso uma avaliação objectiva e directa: se a pessoa tem razão, então não tenho problemas em parabenizar; e da mesma forma se a pessoa tiver uma ideia completamente enganadora e com atitudes totalmente estúpidas, então não tenho qualquer problema em lhe fazer ver isso também.
Eu sei que em Portugal, não se usa a avaliação objectiva, e como o José provou, só se olha para um dos lados para fazer ver o que se quer. É uma das razões de eu ter saído de Portugal: ignora-se a avaliação objectiva, e prefere-se o falso “bem-estar” que promove as facadas nas costas.
4 – Eu estou na ciência. A ciência faz-se de questionar. Essa é a natureza da ciência. Por isso é que se tem a evolução científica que se vê pelo mundo.
Já a pseudociência faz-se de seguir crenças. São simples religiões, em que as pessoas não se questionam mas acreditam naquilo que lhes é dito. Por isso é que a pseudociência NUNCA evolui nem NUNCA contribuiu positivamente para a humanidade. Continua igualzinha ao que era há milhares de anos atrás. E continua com o mesmo tipo de pseudos, por vezes com “novas roupas” (dadas pela ciência), mas que dizem as mesmas imbecilidades.
http://www.astropt.org/category/pseudo-astronomia/
Não perceber esta distinção fundamental, é ignorar a natureza da ciência, é não saber sobre o assunto. E se não sabe, devia perguntar, em vez de NOVAMENTE mentir sobre as coisas.
5 – A hipocrisia vê-se neste tipo de comentários.
Ataca-se a ciência, e os cientistas, enquanto se utiliza os frutos dados por essa mesma ciência e pelos cientistas.
E ataca-se com MENTIRAS, como expliquei no ponto 4.
6 – O Daniken não faz perguntas. O Glenn Beck não faz perguntas. Eles baseiam-se em argumentação pseudo, para fazerem avançar as suas ideologias. IDEOLOGIAS.
O South Park fez um episódio fenomenal sobre isso. Já falei nisso aqui:
http://www.astropt.org/2010/09/15/mentes-crentes/
Se não percebe a técnica, não sei que lhe faça.
7 – Este é um blog de ciência. Ou seja, pensa-se cientificamente, que é contrário aos pseudos (anti-ciência). Sendo assim, combate-se essa forma anti-cientifica de pensar, e que só pretende manipular as pessoas.
Se quer parabenizar os pseudos (seja o Daniken ou outros), tem outros sítios para o fazer.
8 – Tenho todos os livros do Daniken (os que foram traduzidos para ingles), e adoro os livros pelo que são (histórias de encantar), assim como tenho dos seus “discípulos” (ex: Sitchin), assim como alguns anteriores ao Daniken.
Ele não trouxe nada de novo, e cometeu os mesmos artifícios que outros.
Ele fez o mesmo que o Adamski: apanhou algumas crenças religiosas e deu-lhes uma aura extraterrestre. Dizer que é Deus ou extraterrestres é somente um problema de numenclatura, nada mais, porque o essencial é igual. O objectivo é parar-se de fazer perguntas e assumir-se uma resposta (com explanations by scenario), que depende de “seres acima de nós que estão muito interessados em nós, porque nós somos muitos especiais” (um género de geocentrismo psicológico que me farto de criticar aqui no blog).
9 – Daniken inventou no seu 2º livro… por todo ele… dando a entender que estava a viajar quando é registo público que estava preso. Daniken admitiu que forjou artefactos e inventou coisas que nunca se passaram. E Daniken admitiu que aldrabou imensas coisas nos livros porque a DECEPTION era necessária para a “história que ele queria contar” (uma história parecida com fadas e duendes que se contam às crianças).
Da mesma forma que uma pessoa mata outra na 2ª feira, outra na 3ª feira, outra na 4ª feira, outra na 5ª feira, outra na 6ª feira, e admite no sábado que fez tudo isso e que foi tudo premeditado… mas, para si, isso não faz dele um assassino. Para si, o que conta é que durante 23 horas por dia, ele não matou ninguém.
Enfim…
10 – Claro que para si, isso não faz dele um mentiroso. Só por ele não admitir as outras trapaças dele, então, para si, ele no resto disse a verdade. No entanto, basta ir ao México, por exemplo, onde ele retirou muita da informação, e ver aquilo que ele diz que viu (e muitas das vezes não viu, só viu fotos), e perceber a estupidez dele (que vê o Pai Natal em todo o lado). Mas para si, é mais fácil acreditar nele, do que o questionar; para si, é mais fácil acreditar no que ele diz nos livros, do que até ir ver por si próprio os artefactos e falar com os especialistas no assunto (como o médico é na medicina)… como eu já fiz.
11 – não me parece que me possa dar lições de extraterrestres ou sobre o que é argumentação falaciosa. Da mesma forma que eu não começo a discutir com um médico, afirmando que o sangue é verde e que eu é que sei mais do que ele de medicina.
Novamente, sugiro que se não sabe do que fala, devia perguntar.
12 – “Ora, quem afirma é que tem de sustentar as suas afirmações. Se cometi um erro, foi apelidar a sua afirmação de “falsa” e “enganadora” à priori. Pressupus. Mas de pressuposições está o Carlos Oliveira cheio.”
Como pode ver em comentários para trás, quando me engano, assumo-o.
Já o José, assume pressupostos enganadores, e passa logo a atacar o que eu digo, dizendo que é falso e enganador. Não sabe do que fala, mas avalia na mesma dessa forma. Não tenta saber mais, simplesmente acusa de acordo com a sua visão limitada do assunto.
Seguidamente, em vez de pedir desculpa pelo sucedido, prefere dizer que eu faço o mesmo. Não consegue perceber que o que eu faço é indiferente, para o que o José não deveria ter feito. Vá lá ler os argumentos e ver qual é o nome dessa falácia… vá… ande lá… já que gosta de ler sobre isso.
13 – Deixe-me só também referir que foi o 1º comentário do José e entrou logo dessa forma: de ataque, a dizer que o que digo é falso e enganador. Eu só lhe respondi à letra.
Se entrasse aqui no blog como alguém que quisesse saber mais do assunto, que perguntasse convenientemente, sem atacar, seria da mesma forma bem recebido.
As pessoas só podem ser respeitadas, se respeitarem os outros.
Alguém entra na casa de outra pessoa aos berros, a insultar os donos da casa, e depois fica chateada por os donos da casa lhe responderem à letra??? Só pode ser piada, não?
Ninguém entra por um hospital dentro a dizer que o que os médicos fazem é falso, é enganador… e depois vem dizer que os médicos é que foram malcriados por porem uma pessoa dessas (insultuosa e sem qualquer intenção de aprender) fora de casa.
14 – “Dócil, subserviente, sem nunca ousar questionar o poder estabelecido.”
Desde já lhe agradeço o dócil.
De resto, é a 1ª vez que me dizem os outros adjectivos.
Todos os meus amigos me dizem o contrário.
Basta ler os meus textos para verem que passo o tempo a questionar tudo e todos.
Saí de Portugal precisamente para não seguir carneiradas.
Fui para uma universidade em Inglaterra em que se questionava até os professores… sempre… eram discussões constantes (foi assim que aprendemos).
Dou-me muito bem nos círculos da astrobiologia, e do pensamento crítico (contra os tais argumentos falaciosos) precisamente porque as pessoas sabem que eu trago novas ideias e deito por terra argumentos que não fazem sentido – daí que sou convidado periodicamente para assistir a “experiências” de defesa de ideias.
E, por fim, fui convidado para criar um curso universitário pioneiro em todo o mundo sobre astrobiologia, em que o pensamento crítico e o questionamento é o prato do dia (como puderam comprovar em Portugal quando me convidaram para dar um mini-curso na FCUP…e que até se surpreenderam por eu não impôr qualquer visão e estar sempre a questionar e a promover as discussões na sala de aula).
Mas claro. Tudo isto são factos. Por isso, são ignorados por si.
Para si, é melhor inventar, insultar, e assumir coisas que não são verdade.
Afinal, parece-me ser o seu modo operandis – ignorar as evidências e seguir a sua ideologia insultuosa.
Também entendo que pode não gostar de ser questionado. Questione-se tudo, menos os seus insultos e a sua forma de entrar na casa das outras pessoas.
15 – “Questionar e levantar questões é uma técnica de manipulação??!
É perfeitamente legítimo e saudável questionar, meu amigo. O perigo é a ausência do questionar. É um regresso à antiguidade dogmática. Às prisões ideológicas das heresias e das blasfémias. Aparentemente hoje, questionar os dogmas científicos é ser blasfemo.”
Já lhe expliquei isto em vários pontos, sobretudo nas alíneas 4, 6, e 8.
É uma técnica MUITO usada pelos pseudos.
Se não percebe, recomendo-lhe que se instrua sobre técnicas de manipulação disfarçadas de questionamento. Não falta literatura sobre isso.
16 – Não.
Quem afirma que a alunagem foi falsa, não tem argumentos sustentados. Já publiquei numa edição inteira de uma revista, sobre esse assunto. Todas as provas estão lá. Além dos argumentos deles não fazerem sentido. Basta ter 5 anos, e saber fazer experiências simples, como carregar no botão para tirar fotografias.
Mestres honráveis (???) da Fraternidade Branca e da Federação Galáctica… LOLLL porquê??? Quem os honrou? As mentiras que vão divulgando e fazendo de conta que não dizem? É essa hipocrisia que os faz honráveis?
Também já expusemos os defensores da Reiki aqui no blog. É exactamente o mesmo texto das pulseiras quânticas (e de muitos outros pseudos). Sem tirar nem pôr. Atacam a ciência, dizem mal dos cientistas, simultaneamente mentem que os cientistas os aceitam, ao mesmo tempo que usam linguagem sem sentido mas com palavras científicas aqui e ali para darem uma aura científica, e divulgam de forma inteiramente pseudo (com técnicas pseudo muito conhecidas).
Quanto aos homenzinhos verdes… vou seguir o seu conselho e passar a chamar-lhes de vermelhos. LOL
17 – Quanto aos seus investigadores… LOLLLLLLLLLLL
Não consegue perceber que qualquer pessoa pode cair nas técnicas pseudo e não se dar conta? Não consegue perceber que qualquer pessoa pode ser levada por ideologias, por desejos pessoais, sem que isso prove a realidade da situação em causa???
Enfim… se nem consegue perceber isto, nada há a fazer.
Até os astronautas das Missões Apollo se deixaram levar por ideologias, que lhes afectaram a racionalidade. O Aldrin, por exemplo, começou a beber. Outro virou padre. E outro acredita em telepatias.
Eu adoro as pessoas do SETI, mas nem por isso deixo de reconhecer que eles são levados por uma ideologia que vê os extraterrestres como “deuses” (ou seja, como humanos).
A reincarnação é exactamente a mesma coisa. Uma ideologia contrária à ideologia Cristã, que não deixa por isso de ser uma ideologia.
Mas reconheço pela sua defesa dessas pessoas o quanto o José é “dócil, subserviente, sem nunca ousar questionar o poder estabelecido” desses que o José lhes segue as ideologias. Parabéns!
Se calhar devia ler sobre os perigos da hipnose regressiva (o perigo não da hipnose em si, mas das interpretações ideológicas dos auto-proclamados “investigadores”). Se calhar percebia algumas coisas… e o porquê dessa técnica estar debaixo de fogo da ciência já há vários anos.
18 – “Dei os exemplos só para mostrar que é manipulador e falacioso meter indivíduos com background científico no mesmo saco dos maluquinhos da esquina.”
A prova da manipulação, da mentira, e da falsidade, é esta sua frase.
Eu não meto todos no mesmo saco.
Eu avalio as pessoas por aquilo que fazem. E cada pessoa é diferente de outra.
Por exemplo, no caso da regressão hipnótica falo na minha aula do falecido John Mack. Uma pessoa exemplar, que se deixou levar por algumas ideologias, e interpretações pessoais que fazia de fenómenos. Curioso que o que se diz e o que se lê dele “por aí”, nos sites pseudo, não era bem o que ele era. Porque cheguei a falar com ele directamente e perceber que ele era bastante racional e que defendia a ciência. E ele próprio assumia as suas interpretações, como sendo pessoais.
Percebe?
Há pessoas e pessoas. Há pessoas que sabem avaliar, e até se sabem auto-avaliar. E outras que não.
Assim como há pessoas que preferem o “diz que disse”, e outras que vão à raiz dos problemas… à fonte.
Assim como há pessoas que só conhecem um lado, e há outras que têm conhecimento de vários lados, e percebem que tudo não passa de interpretações pessoais (como alguns casos de supostas vitimas de violação e pedofilia que, aqui nos EUA, se deixaram levar por essas interpretações pessoais desses investigadores com hipnose regressiva).
Como vê, quem não está de posse de toda a informação, deixa-se levar pelo que é dito, pelas ideologias em causa, e pelas interpretações pessoais de certas pessoas. Já quem questiona o que é dito, e quer saber mais, mais, e mais, chega à conclusão que a única coisa que muda nisso tudo são as interpretações de cada um… e isso, não é ciência (posso-lhe garantir que a Gravidade funciona da mesma forma para mim e para si).
19 – “Ao discordar de determinado tema numa área científica CONSEQUENTEMENTE discorda-se de tudo o resto que é científico?”
Não, ou sim… depende.
Se fôr uma discussão ao mesmo nível, ou seja, dentro da ciência, dentro desse tema científico, com argumentos científicos, então não se discorda de tudo.
Quanto se ataca o método científico e se ataca os cientistas, então está-se a atacar toda a ciência. E aí sim, é uma hipocrisia dessa pessoa que o faz.
Da mesma forma que dizer que a atmosfera de Marte pode ter mais metano do que se pensava, segundo o estudo científico X, isso é discordar de um tema específico sem colocar nada mais em causa.
Já o sr. X dizer que a atmosfera é feita de metano porque os cientistas não sabem o que dizem quando afirmam que é CO2, e que só essa pessoa, o sr. X, sabe esse segredo que os cientistas não querem que se saiba… porque, coitadinho do sr. X, até é avaliado nas coisas que inventa… então sim, isso é atacar o processo científico, ou seja, atacar a ciência no seu todo.
20 – “Na temática da vida extraterrestre, o Carlos Oliveira costuma falar num “geocentrismo psicológico” que paira no ar.
Mas deixe-me que lhe diga que esse geocentrismo psicológico não reside apenas nessa ideia que somos importantes para visitar.
Ele está muito, mas muito mais flagrante na noção ridícula que, a existirem extraterrestres, eles têm tecnologia num patamar idêntico ao nosso.”
Totalmente de acordo.
21 – “Ou seja: se nós não conseguimos viajar nas estrelas, eles também não conseguem vir cá.”
O “ou seja”, está mal.
Eles podem nem usar tecnologia. Eles podem ter tecnologia completamente diferente. Eles podem não querer viajar pelo Universo. Eles podem estar mais atrasados que nós (muito provavelmente, isto é certo para a maioria deles, como o é na Terra). Eles podem … etc… tenho mais de 300 hipóteses sobre isso (literalmente).
Uma dessas hipóteses, que deveria ter grande peso para quem é racional (que é o contrário de se deixar levar nas carneiradas das crenças) é: eles podem nem sequer existir.
Antes de imaginar que eles viajam para cá, devia-se saber se eles existem (em vez de se ASSUMIR que sim).
Da mesma forma, antes de se pôr a imaginar que o Pai Natal lhe deixa as prendas no Natal, devia tentar saber se o Pai Natal realmente existe (em vez de ASSUMIR que sim). Sim, porque OVNIs são a mesma historinha para adultos, que eram o Pai Natal e as fadas para as crianças.
Da mesma forma que antes de se preocupar com o estado de saúde do meu cão, devia antes tentar saber se eu tenho algum cão (em vez de ASSUMIR que ele existe). E não tenho…
Por outro lado, em lado nenhum eu lhe disse que eles não vêm cá.
A ciência baseia-se em probabilidades. É muito mais provável que essa hipótese seja religiosa – nós a querer ser muito importantes para seres que vivem acima de nós. E como qualquer ideia religiosa, essa também sofre de geocentrismo psicológico.
http://www.astropt.org/2010/10/13/fe-num-contexto-astronomico/
22 – Curioso que no curso universitário pioneiro a nível mundial, que lecciono, a 1ª coisa que digo aos meus alunos (como até puderam comprovar em Portugal) é: “eu não vos vou dar respostas. Eu não as sei. E quem afirma que as sabe, está a mentir”. Cada qual vai construir para si as respostas, mediante uma lógica racional.
Por isso é que, no fim, há vários alunos com A, que acreditam em vida ET até entre nós, e outros que acreditam que não existem ETs em lado nenhum. Porque ambos recebem A? Porque a forma como argumentaram em relação à sua ideia foi a + correcta, independentemente do que eu acho. Porque lá está, eu não dou respostas.
Já o José, sem nunca me ter visto em lado nenhum, gosta de assumir que eu faço isto e aquilo, quando é totalmente mentira, e fruto das suas interpretações pessoais.
Novamente, eu baseio-me na realidade dos factos. O José baseia-se nas suas interpretações pessoais, mesmo que seja contra os factos. Eu sigo o pensamento racional, científico. O José assume um pensamento pseudo-religioso, que depende da forma como interpreta o que é dito.
23 – Como pode ver aqui no blog, está cá essa notícia da bactéria assim como as CRITICAS CIENTIFICAS a essa descoberta. Se calhar, devia informar-se sobre todos os lados da questão.
24 – “Ora afinal há bactérias que sobrevivem no arsénio. Afinal o pressuposto estava errado. Quantos mais estarão?”
Quem está correcto? A ciência!
Em primeiro lugar porque é a CIÊNCIA (e não os pseudos) que lhe dá essas informações. É a CIENCIA (e não os pseudos) que lhe dá as descobertas. E são os cientistas (e não os pseudos), que se questionam permanentemente, que chegam a essas respostas. Ou seja, essa é a natureza da ciência, de se pôr em causa as respostas que temos… continuamente. É um método de sucesso (ao contrário dos pseudos), como se pode ver pelo mundo actual.
Já há MUITO TEMPO que a ciência pensa isso. Ou melhor, os cientistas que trabalham nessa área – da astrobiologia.
Tem aqui no blog até notícias sobre isso, já de há muitos anos atrás, nesse sentido.
Eu sei… é difícil pesquisar. É mais fácil assumir-se mentiras sobre assuntos que não se domina, como faz o José.
25 – “O Carlos acha que o presente patamar de evolução científica a nível energético é o topo?”
Pensar-se em topo científico, é não ter qualquer noção do que é a ciência na sua essência. É não perceber a natureza da ciência nem ter qualquer noção do que é, na sua génese, o processo científico.
Recomendo leituras sobre a natureza da ciência, em vez de fazer este tipo de perguntas. (depois diz que só está a perguntar… tipo o Glenn Beck)
26 – “Apelidar as evidências de jogos de bastidores de meras conspirações é privilegiar a crença cega que a história oficial é sempre a verdadeira.”
Exacto.
E depois existem os tais que estão dentro, e até lhe dizem as verdades. E existem aqueles que estando fora, e não sabendo do que se trata (por exemplo, só dizer asneiras sobre a natureza da ciência) preferem acreditar em qualquer mentiroso que invente teorias da conspiração e “águas milagrosas”.
A sua frase pode literalmente ser usada por um miúdo a responder aos pais, quando estes lhe acabaram de dizer que não existe Pai Natal. Ele vai continuar a dizer que sim, e vai achar que os pais fazem parte de uma conspiração que lhe querem incutir a “crença” que o Pai Natal não existe.
27 – Além de que eu nunca disse que todas as conspirações eram erradas, e muito menos disse que a história oficial é sempre a certa.
Mas claro, argumentar convenientemente não é consigo. Mais vale continuar a assumir posições de extremos no outro… ora, como se chama esse argumento falacioso? Recomendo-lhe uma nova leitura desses argumentos… já que parece que gosta de os usar, e depois acusar os outros de o fazerem (o que, curiosamente, é outro argumento falacioso).
28 – “Olhe, no sector político, analogamente, adoramos “cientistas” e odiamos “pseudos”. Os tais questionadores só dão dores de cabeça…”
Exacto. Tem toda a razão. Quem não questiona, os pseudos, são adorados pelos políticos.
Daí que os pseudos, que divulgam crenças e mezinhas, têm na classe política um aliado. Já os cientistas, é o que se vê… Um dia no Afeganistão equivale, em $$, a uma missão a Marte. Mas na política, quem quer saber da ciência se é melhor andar a publicitar pulseiras quanticas?
Daí que a hipocrisia vê-se muito na política assim como nos pseudos (hipócritas que defendem ideias anti-ciência, enquanto utilizam a ciência).
29 – Obrigado por ter gostado do blog.
30 – Quanto à minha postura, foi como resposta à sua. Se entrar na casa das pessoas de forma educada, também terá uma recepção educada.
Se entra com insultos sobre pessoas que, sobre este assunto, sabem mais que o José, então acho uma hipocrisia vir-se queixar que foi atacado, quando atacou primeiro.
Ao menos os bullies assumem o que fazem. Não se fazem depois de vítimas só porque a pessoa que lhes respondeu, respondeu-lhes na mesma moeda.
31 – “Como nutro de liberdade de expressão, deixei aqui esta minha crítica. Saúdo-o pelo desportivismo de a publicar. Poucos na blogosfera o fariam. Merece consideração e um abraço por isso.”
Como vê, desta vez já não o fiz.
Tirei tudo o que seria fait-divers e insultos baratos, e deixei passar só os argumentos (mesmo que errados).
32 – “A posição obsessivamente extremista que o Carlos”
Isso é a SUA interpretação, e a interpretação de outros portugueses (e brasileiros, que têm o mesmo tipo de cultura), que não sabem avaliar o que se diz.
Felizmente que aprendi a defender as minhas posições na UK, e que por aqui, EUA, avaliam correctamente o que se está a dizer (não na TV, estou a falar a nível académico).
Se calhar é por isso que sei de várias histórias de portugueses que vieram para aqui, e que só por serem criticados aqui e acolá, começam logo a chorar. Sinal que não têm personalidade para defenderem o que pensam, e assumem que as críticas são para os “deitar abaixo”.
É a diferença entre se privilegiar o debate (USA), e ter-se um papagaio a falar coisas sem sentido (Portugal). É a diferença entre saber-se avaliar o que se diz com pensamento crítico, ou deixar-se levar pelo que é dito.
Isto vê-se nas interpretações que as pessoas fazem do que é dito. Em lado nenhum eu fui extremista, a não ser na defesa da ciência contra quem é hipócrita para defender ideias anti-ciência enquanto usa a ciência. Tudo o resto, são interpretações pessoais suas, que está a “chorar” por eu ter respondido ao mesmo nível do seu comentário, da mesma forma que alguns alunos portugueses chegam cá e choram (literalmente) só porque alguma coisa que fizeram está errada (percebem que não são Deuses… e choram!) – nunca aprenderam a debater, defender, e avaliarem os seus trabalhos.
33 – “Toda a verdade passa por três etapas. Primeiro é ridicularizada. Depois é violentamente combatida. E, finalmente, é aceite como sendo auto-evidente.”
O Arthur C. Clarke disse algo semelhante: “New ideas pass through three periods: 1) It can’t be done. 2) It probably can be done, but it’s not worth doing. 3) I knew it was a good idea all along!”
Independentemente de quem o disse, é uma frase totalmente ERRADA!
Como toda a gente sabe, ou deveria saber, por cada ideia fantástica na ciência (que nos dá o mundo e o conhecimento actual), existem 99 ideias que vão para o lixo, por não fazerem qualquer sentido.
Há triliões de ideias, por toda a história, que nunca passaram sequer à 2ª fase, porque era estúpida desde o início.
Quer um exemplo? As manchas solares são luas que andam a orbitar o Sol.
Quer outro do mesmo assunto? As manchas solares são clarabóias feitas pelos humanos que vivem no Sol, para poderem ver a Terra.
Não me vou alongar mais… há triliões de exemplos em TODAS as áreas sobre “verdades” para alguns, que nunca passaram de ideias totalmente estúpidas e sem sentido.
Da mesma forma, há ideias que são verdade que nunca foram ridicularizadas. A Relatividade de Einstein é um exemplo claro. Assim como o Geocentrismo foi uma “verdade” aceite durante milhares de anos, e nunca foi ridicularizada para ser aceite como verdade “auto-evidente”.
34 – Quanto ao link final, não percebi. Aquilo são balões.
Da mesma forma que estou a escrever este post num computador. Pode imaginar que estou a escrever a partir de Saturno. Ou pode assumir que é o Pai Natal que está a escrever isso. Está no seu direito de imaginar as conspirações que quiser, e de ignorar a verdade.
Mas aqui, num blog de ciência, defende-se a verdade: estou a escrever num computador, a partir da Terra, e o Pai Natal eram os seus pais. Se não gosta da verdade, o problema é seu.
35 – “Humildemente, aconselho-lhe um pouco mais de abertura de espírito.”
Só porque o José ASSUME interpretações pessoais, ignorando TODAS as EVIDENCIAS OBJECTIVAS, como lhe disse em pontos atrás, isso não faz com que EU seja assim ou assado.
Se eu me abrisse mais, ficava pseudo. O que é sinónimo de dar esta citação (já que gosta de citações), dita pelas pessoas mais díspares, desde cientistas, passando por filósofos, artistas, escritores, etc…
Camille Cracciola, Richard Feynman, Richard Dawkins, Carl Sagan, James Oberg, Bertrand Russell, J. Robert Oppenheimer, Virginia Gildersleeve, Harold T. Stone, Max Radin, Stephen A. Kallis Jr., e muitos outros, disseram:
“Keep an open mind, but not so open that your brain falls out” – tenha uma mente aberta, mas não tão aberta que o cérebro caia.
abraço!
(comentário editado)
Ora, quem afirma é que tem de sustentar as suas afirmações. Se cometi um erro, foi apelidar a sua afirmação de “falsa” e “enganadora” à priori. Pressupus. Mas de pressuposições está o Carlos Oliveira cheio.
No primeiro exemplo que dá – onde me pergunta condescendentemente se eu sei o que significa a palavra “admitiu” (resquícios de cientólogo)- devo dizer que mais do que um “tiro ao lado”, foi um tiro no pé.
Ora, o Eric tece uma teoria, a mesma é refutada e ele admite que estava enganado e que a mesma pode ser esquecida. Isso é mentir? Quer mesmo insistir nessa linha de raciocínio?
No segundo exemplo é provável que tenha razão. Não vi o documentário em questão, mas vou partir do princípio que a fonte assinalada no wikipedia é segura. Devo confessar que fiquei curioso para constatar a figura dele – e o seu ar bonacheirão – a contradizer-se, seguramente será uma imagem engraçada.
Mas, e corrija-me se estou enganado, extrapolar de um caso específico para a generalidade não é outro erro de palmatória?
O facto de para algumas pessoas os “meios justificarem os fins”, significa necessariamente, sustentadamente, infalivelmente e por último, empiricamente, que A + B = C? Que se mentiram numa situação com um propósito, mentem sempre? É um indicador, um indício, claro que é. Mas na ciência os indícios são validados como prova?
Concluindo o tema Eric von Daniken, informo-o que é apenas mais um autor das centenas que já li. Não sou seguidor Von Danikeano como o Carlos Oliveira erroneamente supôs.
Apenas constatei uma afirmação em relação a um autor que li e quis vê-la sustentada. Tal como se tivesse sido em relação a Nietzsche ou Gonçalo Cadilhe…
Carlos Oliveira:
“O extremista do Glenn Beck faz isso diariamente na TV, ao atacar o Obama, e segundo ele, só “levanta questões”. A técnica é sempre a mesma: levantar questões, de modo a manipular as pessoas, enganando-as, e tornado-as cada vez mais ignorantes. É uma técnica já conhecida da antiguidade. O seu Daniken não inventou nada de novo. Quem não tem qualquer sentido crítico, deixa-se levar”.
Não questionar? Durante muitos anos da juventude fui assessor político e devo dizer que o Carlos Oliveira é o modelo perfeito de cidadão que o poder político ambiciona. É o nosso target principal. Dócil, subserviente, sem nunca ousar questionar o poder estabelecido.
Questionar e levantar questões é uma técnica de manipulação??!
É perfeitamente legítimo e saudável questionar, meu amigo. O perigo é a ausência do questionar. É um regresso à antiguidade dogmática. Às prisões ideológicas das heresias e das blasfémias. Aparentemente hoje, questionar os dogmas científicos é ser blasfemo.
Exemplo:
Aludir aos loucos dos “homenzinhos verdes” numa discussão sobre extraterrestres. Aludir aos “mestres honráveis da Fraternidade Branca e da Federação Galáctica” quando se fala da terapia oriental do Reiki. Comparar quem duvida, sustentadamente (não digo que validamente, até porque não concordo, mas são pesquisadores que apresentam argumentos, tentam sustentar o que defendem) que a alunagem foi falsa com os que acreditam que a terra é redonda ou os que acreditam que não existe a Austrália (“Basta não terem ido lá para duvidarem que quem lá foi”).
Provavelmente vai alegar que qualquer parolo pode sustentar o que defende. Quero deduzir que que não vai incorrer na tentação ridícula e falaciosa de comparar equitativamente pesquisadores com anos de trabalho de campo, muitos deles ligados à ciência, com membros de seitas e as suas crenças. A seguir vai-me pedir nomes. Ok tome lá: Brian Weiss – psiquiatra com pós formação e residência de psiquiatria em Yale. Ian Stevenson – bioquímico que ao longo da sua carreira estudou e documentou milhares de casos de reencarnação. Vinte deles são documentados em detalhe no seu livro “Twenty Cases Suggestive of Reincarnation”.
Já sei que a reencarnação não entra no templo científico e que o Carlos vai apelidar esse tema de pseudo-ciência. Conheço o invólucro e o padrão que o rege. Mas isso é-me indiferente. Dei os exemplos só para mostrar que é manipulador e falacioso meter indivíduos com background científico no mesmo saco dos maluquinhos da esquina.
Ao discordar de determinado tema numa área científica CONSEQUENTEMENTE discorda-se de tudo o resto que é científico?
Na temática da vida extraterrestre, o Carlos Oliveira costuma falar num “geocentrismo psicológico” que paira no ar.
Mas deixe-me que lhe diga que esse geocentrismo psicológico não reside apenas nessa ideia que somos importantes para visitar.
Ele está muito, mas muito mais flagrante na noção ridícula que, a existirem extraterrestres, eles têm tecnologia num patamar idêntico ao nosso. Ou seja: se nós não conseguimos viajar nas estrelas, eles também não conseguem vir cá.
Ainda há poucos meses a NASA descobriu que quase toda a pesquisa de vida extraterrestre que efectuou até hoje está errada, não é conclusiva. Porque assentava no pressuposto geocêntrico que anulava qualquer possibilidade de vida onde não existisse qualquer elemento essencial à vida humana (oxigénio, carbono, enxofre, hidrogénio, fósforo e nitrogénio). Ora afinal há bactérias que sobrevivem no arsénio. Afinal o pressuposto estava errado. Quantos mais estarão?
O Carlos acha que o presente patamar de evolução científica a nível energético é o topo? Ou está meramente preservado pela influência da indústria que o monopoliza?
A mesma questão para a indústria farmacêutica?
E porque não para o sector da investigação espacial? Num sector altamente compartamentalizado, o que o Carlos sabe é o que lhe permitem saber. Simples.
Apelidar as evidências de jogos de bastidores de meras conspirações é privilegiar a crença cega que a história oficial é sempre a verdadeira. Eles bramem “Aleluia” e nós devemos gritar “Amen”. Eles apregoam “blasfémia” e nós, quais animalzinhos pavlonianos, devemos apedrejar.
Olhe, no sector político, analogamente, adoramos “cientistas” e odiamos “pseudos”. Os tais questionadores só dão dores de cabeça…
Vou concluir, esclarecendo um facto. Este espaço é seu. Visitei-o porque recebi por email um artigo seu, que o próprio Carlos tinha pedido para ser divulgado.
Visitei, gostei de ler alguns artigos, a informação tem um ritmo de actualização muito satisfatório e, no geral, é apresentada de uma forma interessante.
Contudo, não gostei da sua postura, na forma gratuitamente agressiva como escreve, mas especialmente perante os seus visitantes.
Como nutro de liberdade de expressão, deixei aqui esta minha crítica. Saúdo-o pelo desportivismo de a publicar. Poucos na blogosfera o fariam. Merece consideração e um abraço por isso.
Termino só com uma sugestão amiga.
A posição obsessivamente extremista que o Carlos edifica perante as temáticas externas à redoma científica (digamos assim) revelar-se-á contraproducente, mais cedo ou mais tarde. De uma forma que poderá ser devastadora, pessoalmente, em termos de credibilidade.
“Toda a verdade passa por três etapas. Primeiro é ridicularizada. Depois é violentamente combatida. E, finalmente, é aceite como sendo auto-evidente”.
Esta máxima de Schopenhauer já não é eficaz num mundo de informação instantânea e massificada. Essa fuga está obstruída, meu amigo.
Humildemente, aconselho-lhe um pouco mais de abertura de espírito. Fuja do porto de abrigo de vez em quando e explore outras áreas, outras possibilidades, sem as castrar logo à priori com facas dogmáticas.
Nunca se esqueça destas palavras. Abraço
P.S. Link exemplificativo do acima mencionado:
http://www.astropt.org/2010/10/15/ovnis-sobre-nova-iorque/
Author
José Perdigão Silva,
LOLLLLLLLLLLL
E no entanto, basta perder 2 segundos na net… para saber a resposta a essas perguntas.
Mas para quê perder 2 segundos na net, quando é melhor perder mais do que esse tempo a escrever comentários parolos em que se imagina conspirações pessoais e se acusa as outras pessoas sem se saber o que se diz???
Pois, o José Perdigão Silva segue o método do Daniken: “levanta questões”, mente sobre os assuntos, e imagina conspirações. Parabéns! Tá bem ensinado! Agora dê a patita, ponha a língua de fora, e abane o rabito…
Fora o 2º livro dele ter sido escrito na prisão, quando por todo o livro ele dá a entender que anda a fazer as viagens… e fora ele já ter dito na TV que MENTIU em VÁRIAS coisas nos livros que escreveu…
Vou-me só reportar à wikipedia:
http://en.wikipedia.org/wiki/Erich_von_D%C3%A4niken#Legal_troubles
“Däniken claimed that a non-rusting iron pillar in India was evidence of extraterrestrial influence. Later, Däniken ADMITTED in a Playboy interview that the pillar was actually rusty and MAN-MADE, and that as far as supporting his hypotheses goes “we can forget about this iron thing.”
< --- deve saber o que quer dizer "ADMITIU"... "Some also question von Däniken's credibility, as he has also knowingly put forward FRAUDULENT evidence to advance his hypotheses, such as photographs of pottery "depicting UFOs", supposedly from an archaeological dig dating back to the biblical era. The PBS television series Nova determined that this was a FRAUD, and even located the POTTER WHO MADE THEM. When confronted with this evidence, von Däniken argued that the DECEPTION WAS JUSTIFIED because some people would only believe his theories if they saw actual proof." < --- a figura mentirosa dele a admitir que é aldrabão é de partir a rir!!! LOLLLLLLL "In The Gold of the Gods von Daniken claimed to have been guided through artificial tunnels in a cave under Ecuador, Cueva de los Tayos, containing gold, strange statues and a library with metal tablets, which he wrote was evidence of ancient space visitors. The man who he claimed showed him these alleged tunnels, Juan Moricz, told Der Spiegel that all of von Daniken's descriptions came from a long CONVERSATION and that the PHOTOS in the book had been "FIDDLED". Von Daniken eventually told Playboy that although he had seen the library and other places he had described, he had also FABRICATED some of the events to add interest to his book." < --- deve saber o que quer dizer: "admitiu que FABRICOU evidências"... <--- FIDDLED = to cheat, to alter or manipulate deceptively for fraudulent gain. Pessoalmente, gosto bastante dos livros do Story, e do Stiebing. Recomendo-lhe esses livros. E também de algumas entrevistas que fui vendo na TV ao Daniken ao longo dos anos... Para a próxima, se não sabe, PERGUNTE simplesmente. Exemplo: "Caro Carlos Oliveira, estou interessado em saber mais sobre esta temática. Pode-me dizer onde o Daniken admitiu ter mentido? Obrigado." Outro exemplo: "Caro professor Carlos, gostaria de lhe fazer uma pergunta. Pode-me informar onde o Daniken admitiu ter mentido? Desde já lhe agradeço o tempo que me puder disponibilizar." O que não deve fazer, é inventar conspirações, assumir que as pessoas não sabem do que falam, e atacar a pessoa a quem está a PEDIR informações!!! Uma pessoa educada, que queira ser respeitada, faz as perguntas como acabei de explicar em cima. Claro que os Danikens deste mundo não conseguem fazer isso. São demasiado parolos para entenderem isso. Além de não terem qualquer interesse nas respostas. O que eles querem é inventar conspirações. O extremista do Glenn Beck faz isso diariamente na TV, ao atacar o Obama, e segundo ele, só "levanta questões". A técnica é sempre a mesma: levantar questões, de modo a manipular as pessoas, enganando-as, e tornado-as cada vez mais ignorantes. É uma técnica já conhecida da antiguidade. O seu Daniken não inventou nada de novo. Quem não tem qualquer sentido crítico, deixa-se levar. Aqui discute-se conhecimento científico. Eu percebo que não saiba o que é isso. Afinal, HIPOCRITAMENTE usa diariamente os frutos da ciência e os resultados dos cientistas, enquanto simultaneamente os ataca. É a hipocrisia dos acéfalos no seu maior esplendor!!!
Ouvi esta entrevista e devo perguntar:
Minuto 22:29 – Quando é que o Erich von Daniken disse que mentia nos livros?
Que afirmação tão falsa e enganadora do “cientista” que deu a entrevista.
Gostava de saber, ESPECIFICAMENTE, onde é que o autor afirmou que mentia nos seus livros.
Ele disse, isso sim, que no livro Chariots of the Gods apenas levantava questões. Questões pertinentes, mas questões. E que posteriormente eram as pessoas que transformavam essas interrogações em afirmações.
Se é meramente baseado nisso que o Carlos Oliveira faz afirmações destas: “ele próprio dizia que estava a mentir nos livros”, se é baseado nisso que o Carlos Oliveira tira as suas conclusões, devo dizer-lhe que o seu metodo cientifico é, mais do que especulativo, tremendamente falacioso, para não dizer pior. Bem pior.
E pelo curto passeio que dei por este blog, devo dizer que escusa de adoptar a sua habitual técnica do recurso conveniente à hipérbole e aos extremismos, tão bem demonstrados na forma como escolhe a dedo os exemplos mais ridículos dentro das temáticas abordadas, como tentativa óbvia de desacreditação dessas mesmas temáticas.
Digo isto para evitar uma contra-argumentação do género:
“Retiro o que disse. O Eric Von Daniken dizia sempre a verdade. Especialmente quando defendia que …” – acrescentando o Carlos Oliveira uma teoria qualquer mais surreal do autor.
Não vá por ai. Poupo-lhe o tempo. Apenas pretendo saber quando é que o autor afirmou o que o Carlos o acusou de afirmar. Apenas isso.
Cumprimentos
Author
Olá,
Sobre o campo magnético (inversão de pólos), falo disso no post sobre 2012:
http://www.astropt.org/2008/08/22/2012/
Deves também ler alguns comentários, porque também falo disso lá…
Não há qualquer problema com a inversão dos pólos. É algo normal. Não te afecta nada.
ola tenho 14 anos gostaria de saber sobre os polos da terra se é possivel que eles migrem e se invertam isso me deixa com muito medo porque eu pensso que minha familia trabalha muito e que quando nos sairmos do sufoco o mundo acaba isoo me deixa aterrorizado vc pode me responder ?
Author
Oi Priscila,
Você sabe que este blog é em português, certo?
Quanto ao Sol e às suas explosões, pode ler na categoria Sol, no lado direito deste blog. As explosões são reais e normais, desde sempre há milhares de milhões de anos. Nada de especial existe.
Quanto ao fim-do-mundo, pode ler na categoria 2012 – Fim do Mundo, no lado direito deste blog. Quem lhe fala no “fim do mundo” como se fosse acontecer proximamente, está-lhe obviamente a mentir.
I have to now more about the sun explosions and when the eart go “died´´ do you expland to me? please. thanks
ha se vc fala brasileiro… eu gostaria de saber mais sobre as explosões do sol e sobre o fim do mundo.
.. vc pode me mandar novidades e so colocar no email de cima obrigado!
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