Metano em Marte

Foram descobertas grandes quantidades de metano em Marte.
metano em marte
Como este gás não consegue persistir muito tempo na atmosfera, então ele tem de ser constantemente lançado para ela.
Sendo assim, é certo que Marte continua activo – falta saber se é activo geologicamente ou biologicamente.

Leiam este artigo no Ciência Hoje.
Retiro somente estas frases (leiam as outras no artigo completo):
“Inicialmente, concluiu-se que a presença do metano seria regular há 300 anos, mas em Janeiro de 2009, uma equipa de cientistas do Centro Goddard Space Flight, da NASA publicou resultados que demonstravam que, quando detectado em 2003, encontrava-se concentrado em três regiões do planeta vermelho – o que os levava a pensar que o que o estaria a libertar seria uma ocorrência recente.
A equipa observou que nuvens deste gás, podendo medir centenas de quilómetros, formam-se por cima destes locais e dissipam-se em apenas um ano – muito menos tempo que os 300-600 anos que se pensava ser o tempo necessário para ser destruído pela luz solar.
Se o metano está a ser destruído tão rapidamente, também deve estar a ser criado muito mais rapidamente do que se pensava. O enigma intensifica-se quando os cientistas verificaram que em apenas três anos o gás desapareceu.
Segundo o Núcleo de Astronomia online, “os astrobiólogos não põem de parte a possibilidade de algum tipo de processo químico corrente em Marte, que pode estar a produzir o metano. Mas mesmo esta teoria é interessante, porque significa que existem processos activos no interior de Marte. Uma ideia proposta num artigo recente é que clatratos [formas sólidas de água que contém uma grande quantidade de metano dentro da sua estrutura cristalina] se encontram perto da superfície marciana”.
Uma possibilidade diz que a atmosfera terá sido uma vez temporariamente enriquecida pelo impacto de um cometa, outra é que tem origem biológica.
A última hipótese, tinha já sido sugerida na década de 1970 por cientistas da Missão Viking, da NASA, e a confirmar-se, significa que a superfície marciana é mais hostil do que se imaginava para as moléculas orgânicas.”

Em Titã, lua de Saturno, o processo é geológico.
Na Terra, a maior parte do metano é de origem biológica (devido à vida). Mesmo assim, em Marte, a quantidade encontrada é muito inferior à quantidade de metano terrestre devido a processos naturais (geológicos).
Daí que me parece que o metano será de origem natural.

Penso que esta será uma interpretação mais sóbria e neutral do que a propaganda normal pró-vida marciana que se anda a fazer nos media especializados no assunto, como podem ler nos próximos links.
Podem ler mais sobre isto, em inglês, aqui e aqui, e aqui em português.

De qualquer modo, as variações de metano são intrigantes, como podem ler aqui.

martian methane

Segundo um novo estudo publicado em Dezembro de 2009, o metano de Marte não poderá ter sido levado por meteoros.
Já há vários anos que se sabe que existe metano em Marte. Mas não se sabe a sua origem, e daí que se pensou em várias hipóteses.

Em 2009, noutro estudo em Marte, percebeu-se que o metano está sempre a ser reposto. Ou seja, parece haver um ciclo, como os ciclos terrestres.
Mas o que poria metano novamente na atmosfera marciana?
Sabe-se agora que os meteoros não são a causa.
Assim ganham mais força as hipóteses que o metano é o resultado de água (nas suas reacções com rocha vulcânica), ou de vida (resultado do metabolismo de seres vivos), ou até de ambos.

mars methane

Em 2010, o mistério adensou-se. O tempo de vida do metano em Marte é ainda menor do que os cientistas pensavam. Novas observações pela Mars Global Surveyor mostrou que o metano na atmosfera de Marte só dura 1 ano, o que leva a pensar que tem que constantemente e rapidamente estar a ser substituído.

Pessoalmente não acredito muito na hipótese biológica como sendo a causa para o metano, mas…
Vamos esperar para ver os próximos estudos…

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.