A estrela T Leporis localiza-se a cerca de 500 anos-luz na constelação Lepus (da Lebre).
Trata-se de uma estrela variável pertencendo ao grupo de estrelas do tipo Mira.
Tais estrelas variáveis têm praticamente o seu combustível nuclear quase esgotado e estão continuamente a perder massa. São estrelas próximas do final do seu ciclo, e que em breve “morrerão” para se tornarem anãs brancas.
O próprio Sol tornar-se-á numa estrela do tipo Mira dentro de milhares de milhões de anos, provavelmente consumindo a Terra e lançando colossais quantidades de gás para o espaço.
As estrelas Mira estão entre as maiores fábricas de moléculas e poeira no Universo, e T Leporis não é excepção. Pulsa num período de 380 dias (pouco mais que um ano terrestre) e perde o equivalente à massa da Terra a cada ano terrestre.
Dado que as moléculas são formadas nas camadas da atmosfera que envolvem a estrela central, é possível observar estas camadas. Contudo, não é uma tarefa fácil, dado que a incomensurável distância dificulta a sua observação, apesar do imponente tamanho destas estrelas. T Leporis parece tão pequena vista da Terra que somente com uma técnica interferométrica possível com o Very Large Telescope se consegue discernir um “disco” e não apenas um ponto. Este telescópio permite resolver estrelas 15 vezes mais pequenas do que as possíveis pelo telescópio Hubble! Esta imagem testemunha o início de uma nova era de imagens estelares. Para mais detalhes, não hesitem em visitar este fabuloso artigo.
Fev 18
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