Em Outubro de 2007, foi descoberto o buraco negro estelar (fruto da “morte” de uma estrela) mais massivo de que há registo. Tem cerca de 16 vezes mais massa que o Sol.
Encontra-se na galáxia M33, a cerca 3 milhões de anos-luz de nós.
O buraco negro, conhecido como M33 X-7, é anormal também noutra característica: faz parte de um sistema binário, em que a sua companheira é uma estrela 70 vezes mais massiva que o Sol! Essa estrela está tão perto do buraco negro que o orbita uma vez a cada 3.5 dias.
Daqui por alguns milhões de anos, essa estrela massiva também irá “morrer” espectacularmente como Supernova, deixando para trás um buraco negro.
Assim, no futuro, teremos dois buracos negros a orbitarem-se mutuamente.
Podem ler mais sobre este assunto, aqui e aqui. Aqui em português.
Passadas 2 semanas, no que mais parece um concurso de obesidade cósmico, foi anunciado um novo recordista, desta feita situado na galáxia IC10 na constelação de Cassiopeia. A galáxia é particularmente interessante pois é um membro do Grupo Local e é o exemplo mais próximo de um tipo de galáxias com formação vigorosa de novas estrelas denominadas de “starburst”.
IC10 X-1, a fonte mais brilhante de raios X da galáxia, é um sistema binário com um período orbital de 34.4 horas, constituído por uma estrela de Wolf-Rayet, 35 vezes mais maciça que o Sol e 1 milhão de vezes mais brilhante que o mesmo, e um objecto compacto. A natureza deste objecto foi determinada pelos astrónomos aproveitando o facto de o sistema se encontrar alinhado fortuitamente de tal forma que a estrela de Wolf-Rayet eclipsa a componente compacta. Desta forma, observações do eclipse, conjugadas com medições da velocidade radial do sistema permitiram calcular uma massa provisória para o objecto compacto de 24 a 33 massas solares (a incerteza deve-se em parte à dificuldade em estabelecer a massa da estrela de Wolf-Rayet).
A detecção original dos eclipses foi feita pelo Observatório Chandra em raios X. Observações subsequentes efectuadas com o Observatório Swift e com o Gemini Telescope Hawaii, permitiram a determinação dos parâmetros orbitais. Agora os teóricos ficam com a tarefa difícil de explicar a existência de buracos negros estelares com massas tão elevadas. A resposta poderá estar no facto do gás da galáxia ser muito deficitário em “metais”…
Em Maio de 2009 foi anunciado um novo recordista!
O Buraco Negro mais massivo no Universo encontra-se no centro do Quasar chamado OJ287, a cerca de 3.5 biliões de anos-luz de distância.
Tem 18 biliões de vezes mais massa que o nosso Sol.
Curiosamente tem um companheiro – um pequeno buraco negro que “só” é 100 milhões de vezes mais massivo que o Sol e que orbita o Buraco Negro mais massivo a cada 12 anos.
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