CMEs

Passei o ano a estudar astrofísica solar. Pois é tenho a cabeça cheia de matéria solar e acabei hoje finalmente o meu último trabalho sobre a propagação de duas ejecções de massa coronal (CMEs).
Posso finalmente respirar e pensar noutras coisas.
Mas foi um longo relatório em que tive que analisar uma CME emitida no limbo solar em 27/2/2000 e outra emitida em direcção à Terra em 28/10/2003.
Esta última foi um evento poderoso na época associado a uma flare provocando auroras e atingindo mesmo a região da Voyager 2 a 73 UA do Sol.

O interessante disto é que ficamos a perceber como é que se mede a velocidade de uma CME e as consequências das mesmas na Terra.
E não deixa de ser engraçado haver tanta gente neste planeta a estudar a isto e a tentar prever quando é uma coisa destas vem em direcção a nós.
Uma nuvem de plasma a 2000 km/s, capaz obviamente de provocar estragos na Terra.

Mas está feito, aumentei um pouco mais a minha cultura científica e confirmei uma coisa que já sabia há muito.
Sabemos muito pouco de astronomia e eu fiquei a saber mais umas coisitas, aprendi a analisar regiões activas a estudar CMEs e a resolver uns quantos problemas, mas continuo um neófito.
E esta é a grande lição a tirar.
Sabemos sempre muito pouco, como eu costumo dizer sabemos umas coisitas…

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.