Nas profundezas do Pacífico foram filmados peixes. Em si, a notícia parece pouco relevante.
No entanto, se percebermos que pela primeira vez se viu peixes vivos, na sua vida diária, a uma profundidade de quase 8 kms, sem precisarem de qualquer luz solar, aparentemente com escassez de comida, em relativamente pequenos espaços de terreno, surpreendentemente bastante activos (quando a essas pressões e profundidades, deviam estar quase inactivos), usando sensores de vibração para saberem onde os outros se encontram e para detectarem comida, e em profundidades com pressões altíssimas que levam a que sejam diferentes dos outros peixes que conhecemos mesmo ao nível molecular, então a notícia já se torna muito mais interessante!!!
Vejam o vídeo desses peixes nessas profundidades, aqui.
Agora já não se descarta a possibilidade de poderem existir peixes semelhantes a profundidades ainda maiores!!
Já o ano passado se tinham detectado camarões “estranhos” a tremendas profundidades, no fundo dos oceanos, que adoram o ambiente das chaminés negras.
A vida, mesmo a complexa, parece diversificar-se nos ambientes mais estranhos e mais inóspitos (o que nós consideramos como inóspitos).
Isto leva a potenciais 4 conclusões:
– a própria vida complexa poderá se desenvolver em condições extremas e bastante desfavoráveis à vida “tal como a conhecemos”.
– estes peixes são mais um factor a favor de quem defende que a vida na Terra começou no fundo dos oceanos e em condições extremas.
– aumenta as probabilidades de se encontrar vida complexa extraterrestre.
– deveria se ir a Europa (lua de Júpiter) o mais depressa possível e ver o que há lá no fundo do oceano! Em vez de se andar constantemente a cancelar possíveis missões para lá ir…
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