Espresso

planetas

O Público de hoje, na primeira página, traz a notícia de portugueses à procura de planetas como a Terra.
Não é de vida, mas sim de planetas parecidos com a Terra, com similares massa, tamanho, e distância à estrela.

“Há uma equipa de cientistas em Portugal envolvida na construção de um instrumento que poderá vir a detectar planetas com uma massa igual à da Terra. A missão do Espresso (Echelle SPectrograph for Rocky Exoplanet and Stable Spectroscopic Observations) é procurar e detectar planetas parecidos com a Terra, capazes de suportar vida.
A liderar a equipa em Portugal está o astrofísico português Nuno Santos, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, que já participou na descoberta de outros exoplanetas.
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O Espresso não vai permitir ver se os planetas encontrados têm ou não vida mas, pelo menos, espera-se que seja capaz de encontrar alguns locais com potencial.
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O instrumento do Espresso deverá estar pronto em 2014. E pronto significa que estará instalado num telescópio pronto a funcionar – neste caso, no VLT (Very Large Telescope) do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile.
“Este instrumento tem uma particularidade porque vai permitir juntar a luz dos quatro telescópios gigantes. Como se fosse o maior do mundo, sendo quatro separados. Isto alguns anos antes de estar concluído o EVLT [Extremely Very Large Telescope] que o ESO está a preparar”, nota o astrofísico (Nuno Santos).
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Espera-se também que o Espresso seja útil na validação de outras detecções que são feitas de outras formas. Há descobertas de exoplanetas que precisam de confirmação para que se perceba de que tipo são.
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Mas, afinal, o que tem o Espresso de especial? “Vai conseguir medir a velocidade de uma estrela, percebendo se ela se está a aproximar ou a afastar, com uma precisão de dez centímetros por segundo. Ou seja, se a estrela variar a sua velocidade em dez centímetros por segundo de um dia para o outro, nós seremos capazes de o detectar”, afirma Nuno Santos, adiantando que os actuais instrumentos (como o HARPS) conseguem um metro por segundo.
O método usado é diferente e, em vez do trânsito (cruzamento do planeta em frente da estrela), usa-se a dinâmica do sistema. Para que se perceba melhor, tratar-se-á de um equipamento com uma tal precisão que seria capaz de acompanhar a queda de um alfinete na superfície da lua. O plano é usar os quatro telescópios do VLT e juntar a luz num espectógrafo.
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Além de Portugal, a construção do Espresso inclui a Suíça, Itália e Espanha. Em Portugal, a equipa funciona num consórcio com duas instituições (as universidades do Porto e Lisboa) e três unidades de investigação. Do projecto global, orçado em dez milhões de euros, o ESO garante metade do financiamento e os países têm de assegurar o resto. A Portugal cabe uma parcela que terá de rondar, pelo menos, um milhão de euros. (…)

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