Novos estudos apresentados na conferência da IAU no Brasil mostram que a interacção entre o Sol e a Terra não deveria ter produzido vida!
Quando o Sol (e a Terra) era jovem rodava 10 vezes mais depressa do que agora, gerando um campo magnético mais forte, que emitia radiação centenas de vezes mais letal do que agora para a Terra.
Os estudos dizem que as estrelas ideais são as estrelas K (o Sol é G) que são anãs-alaranjadas (o Sol é amarelado), vivem cerca de 40 mil milhões de anos (o Sol vive 10 mil milhões de anos), e existem em maior número (pelo menos 10 vezes mais que estrelas como o Sol).
Por outro lado, a Terra na altura não tinha a protecção da camada de ozono já que não havia oxigénio.
Os melhores planetas para terem vida tal como conhecemos devem ser 3 vezes maiores que a Terra, de modo a ser mais fácil manterem uma atmosfera e um campo magnético.
Assim, a vida na Terra há 3,5 mil milhões de anos deve ter recebido imensa radiação letal de um Sol mais energético, e numa altura em que o planeta ainda não tinha uma camada de ozono para protecção.
Isso deveria fazer com que não houvesse vida na Terra.
Curioso que daqui a mil milhões de anos o Sol será muito mais luminoso que agora, levando a que a água se evapore, e que a vida na Terra acabe.
Este último parágrafo é verdade.
No entanto, todos os outros anteriores são baseados em estudos recentes que são, no mínimo, bastante controversos.
A vida na Terra na altura poderia não “estar ao Sol” – poderia estar debaixo da Terra ou até no fundo dos oceanos – e daí que era indiferente a radiação solar.
Penso assim que estes estudos são importantes e dizem-nos bastante sobre as condições iniciais no sistema solar, mas “metem água” quando dizem que a vida não deveria existir na Terra e noutros planetas semelhantes.
Leiam mais sobre isto, em inglês, aqui, aqui, e aqui. Aqui em português.
1 comentário
á alguma hipotese sobre a nossa existencia se manter daqui a mil milhoes de anos?