O Telescópio Espacial Spitzer, da NASA, descobriu um enorme anel ao redor do planeta Saturno!
O anel tem uma largura que começa a cerca de 6 milhões de kms de Saturno e extende-se por mais 12 milhões de kms! O seu diâmetro é cerca de 240 mil quilómetros. A altura do anel é cerca de 20 vezes o diâmetro do planeta! Seriam precisas mil milhões de Terras para encher o anel.
Este gigantesco anel está 50 vezes mais distante que os outros anéis já conhecidos, e encontra-se num plano diferente.
Uma das luas mais distantes de Saturno é Phoebe. Essa lua está dentro do anel. Provavelmente, essa lua é a causa do material que faz parte do anel.
O anel é feito de gelo e poeira, e com partículas bastante separadas, sendo praticamente invisível. Aliás, foi visto pelo Spitzer em infravermelhos (calor).
“The ring would be difficult to see with visible-light telescopes. The relatively small numbers of particles in the ring wouldn’t reflect much visible light, especially out at Saturn where sunlight is weak. “The particles are so far apart that if you were to stand in the ring, you wouldn’t even know it,” said Verbiscer.”
Além de Iapetus ter um lado cheio de crateras, e outro sem praticamente crateras, tem também a estranha característica do lado sem crateras ser bastante negro, em contraposição com a claridade do lado com crateras.
Iapetus está “tidally locked” com o planeta Saturno, da mesma forma que a nossa Lua está “tidally locked” com a Terra. Ou seja, da mesma forma que a nossa Lua mostra sempre o mesmo lado para a Terra, também a lua Iapetus mostra sempre o “lado claro” para o planeta Saturno, sendo que o “lado escuro” está sempre direccionado para o exterior, para a direcção deste anel gigante e da lua Phoebe. Daí que recebe o tal material negro da lua Phoebe.
“Esta descoberta poderá vir a revelar um dos maiores mistérios da astronomia, que envolve a lua Iapetus, caracterizada por ter um lado claro e outro bastante escuro. Segundo a equipa de Anne Verbiscer, o anel gira na mesma direcção de Phoebe e no sentido contrário de Iapetus, fazendo com que o material do anel colida com esta última. Isto poderá explicar a sua diferente coloração.”
A composição desse “lado negro”, chamado Cassini Regio, é semelhante à lua Phoebe.
As partículas do anel formaram-se quando asteróides colidiram com Phoebe ao longo de milhões de anos. Algumas partículas que escaparam de Phoebe formaram o anel, outras escaparam do sistema de Saturno, e outras foram para a parte interior do sistema onde colidiram com a lua Iapetus.
A composição desse material negro é: “organic compounds similar to the substances found in primitive meteorites or on the surfaces of comets; Earth-based observations have shown it to be carbonaceous, and it probably includes cyano-compounds such as frozen hydrogen cyanide polymers.”
Phoebe tem outra ligação estreita com Iapetus, já que ao contrário das outras luas de Saturno, estas luas têm uma órbita inclinada em relação ao plano equatorial de Saturno.
Leiam mais sobre isto, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, e aqui. E Ciência Hoje.
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Olá!
Tenho recebido mensagens desse site pelo face.Meu filho vai fazer uma prova OBA em parceria com SESI escola onde ele estuda.A princípio ele não estava empolgado com a mesma mas agora com eu mostrando essas fotos para ele e explicando ele está muito entusiasmado e curioso.
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Excelente 🙂
~mil milhões~
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Sim.
Carlos, “mil milhões” praticamente não é usado no Português do Brasil (aqui sempre será dito bilhões). Deve ter sido por isso que ele citou, pela estranheza(e talvez por ele não perceber que isso ocorre em outras línguas )
😉
não sei se ele pensou erroneamente que mil milhões está errado ou se só falou por motivo qualquer… mas o sim do Carlos é hilário kkkkk
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Sim, Patric, tem razão, no Brasil diz-se bilhões 🙂
Mas o número é o mesmo: 1.000.000.000 🙂
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É o problema das convenções 😉
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escalas_curta_e_longa
abraços!
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