Uma nova técnica para encontrar planetas extrasolares – que consiste em extrair a fraca emissão de luz da imagem de potenciais exoplanetas – poderá descobrir 100 novos exoplanetas nos dados antigos do Telescópio Espacial Hubble (HST).
O HST continua a surpreender!
De 10 a 15 de Outubro de 2008, decorreu na Universidade de Cornell, o quadragésimo encontro da Divisão para Ciências Planetárias da Associação Americana de Astronomia (AAS). Como podem ver pelo mapa das sessões os assuntos são muito variados. As sessões são transmitidas em directo para a Internet !
Tive a oportunidade de assistir a parte das sessões dedicadas aos exoplanetas e há novidades interessantes. Pessoalmente destaco o trabalho de uma equipa de astrónomos do Observatório McDonald no Texas, que utilizam os “Fine Guidance Sensors” do Telescópio Hubble para fazer astrometria de sistemas com candidatos a exoplanetas:
“We present a progress report on our ongoing efforts to produce actual exoplanet masses (as opposed to M sin i). We obtain masses through astrometry of host star perturbations. The Fine Guidance Sensors aboard Hubble Space Telescope provide millisecond of arc per observation precision. Our five targets include HD 38529, HD 47536, HD 136118, HD 145675, and HD 168443. Specific results presented at this meeting will include masses for components of HD 47536 and HD 136118 (Martioli et al. 2008, in preparation). Published radial velocities and high-cadence velocities from the Hobby-Eberly Telescope permit us to characterize the orbits of companions with periods far longer than our roughly 2 year span of HST data. These velocities also occasionally yield previously unknown companions, which, if not properly taken into account, would have introduced noise into our simultaneous astrometry-radial velocity modeling. This project originally had six host star targets. HST astrometry of the first of these, HD 33636 (Bean et al. 2007, AJ, 134, 749), identified the presumed planetary mass companion HD 33636 b as an M dwarf star, HD 33636 B.”
Esta técnica permite complementar a detecção pela técnica da variação da velocidade radial e encontrar a inclinação orbital dos sistemas, permitindo o cálculo das massas reais dos corpos detectados em torno das estrelas. Desta feita foi possível demonstrar que o companheiro da estrela HD136118 é na realidade uma anã castanha com cerca de 45 vezes a massa de Júpiter. Para além disso, a estrela parece ter um outro companheiro, o HD136118c, cuja órbita parece no entanto ser instável. Felizmente, a utilização dos “Fine Guidance Sensors” do Hubble não foi comprometida pela recente falha de um dos sistemas de formatação e transmissão de dados.
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