Idiocracy é um bom filme.
E é um filme muito interessante pelas ideias que transmite.
A história é simples: Joe Bauers é bibliotecário nas Forças Armadas. É um tipo puramente normal, regular de todas as maneiras. É levado a voluntariar-se para uma experiência militar, que corre muito mal, e fá-lo acordar 500 anos depois.
E é aqui que ele vê que a Evolução – Seleção Natural, funciona perfeitamente.
Atualmente, as pessoas mais inteligentes casam cada vez mais tarde e têm cada vez menos filhos. Quem tem mais filhos são pessoas com muito fraca educação.
Pelas leis da evolução, se quem se reproduz mais são os iliterados, então no futuro quem vai ser a maioria dominante serão os iliterados. Pessoas que não têm conhecimentos do mundo e que acreditam em todos os disparates que lhes disserem (é uma sociedade de reikis, homeopatas, astrólogos, feng shuis e outras vigarices do mesmo género).
E é isso que Joe Bauers encontra. Em 2505 toda a gente é ignorante.
O presidente é parecido com o Trump.
O médico em 2505, como todo o resto da população, é um ignorante, imbecil:
Será que é isto que acontece em todas as civilizações desenvolvidas? Os mais ignorantes irão conquistar o mundo? Isso poderia ser uma solução para o Paradoxo de Fermi.
Curiosamente, fez-me lembrar HitchHiker’s Guide to the Galaxy, onde uma das pessoas mais idiotas do Universo, Zaphod Beeblebrox, é o Presidente, em part-time, desse mesmo Universo.
2 comentários
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Mas os que acreditam nessas patranhas podem ter mais filhos mas esses filhos têm uma mortalidade mais elevada.
Na realidade o pool de genes vai-se enriquecer em quem gosta de ter muitos filhos, espertos ou burros, pouca diferença fará, porque havia de fazer, há alguma característica intrínseca nos inteligentes que os levem a gostar menos de ter filhos?
Isso levará a uma pressão muito grande sobre os recursos naturais até que todos os recursos sejam usados para criar os filhos possíveis, sem folga para grandes investigações e fim das sociedades industriais.
Na minha modesta opinião essa é a solução do aparente paradoxo. Maltus terá o seu dia.
darwinawards.com…
LOOOL! 😀
A melhor parte desse filme é a introdução, faz-nos realmente pensar para onde estamos a caminhar.
Eu gosto dos Prémios Darwin: http://www.darwinawards.com/
[…] filme Idiocracy – Idiotas, vemos a sociedade humana no ano 2.500. A sociedade é decadente e povoada por imbecis. Os […]
[…] Talvez a iliteracia (e quiçá ódios pessoais de alguns) desses jornalistas os leve a pensar que a ignorância é uma benção, e por isso façam o que podem – incluindo convidar não astrónomos para falar de astronomia – para fazer com que a sociedade se torne numa sociedade de idiotas (como neste filme). […]
[…] XXI, há exemplos que nos deixam a pensar se não estamos a caminhar para um futuro como relatou o filme Idiocracy/Idiotas: as pessoas inteligentes têm poucos filhos e cada vez mais tarde; enquanto isso, os […]