Texto da autoria de António Durval:
Quando Kenneth Arnold comunicou ter avistado 9 objectos semelhantes a asas voadoras (que a comunicação social, da altura, noticiou, erradamente, como tendo a forma de pires ou discos) ao sobrevoar, de avioneta, o Estado de Washington a 24 de Junho de 1947 estaria longe de imaginar o que viria a seguir.
A esse avistamento, que teve grande impacto na imprensa internacional, sucederam-se muitos outros designados, na altura por “Discos Voadores”.
Também o nosso país não ficou arredado deste tipo de “experiências”, facto que deu origem, 3 décadas depois, ao aparecimento de numerosos grupos de investigação. Segundo Sanches Bueno existiam na década de 70 cerca de 12 Grupos espalhados por todo o país.
Depressa se constatou que essas estranhas manifestações na atmosfera não tinham sempre a forma discóide. Assim, das iniciais designações “discos voadores”, “platillos volantes”, “soucoupes”, “flying saucers”, etc, passou-se para as actuais designações: UFO (“unidentified flying object” – nos países de língua inglesa) ou OVNI (objecto voador não identificado – no resto do mundo).
Muito se tem escrito e especulado acerca deste estranho fenómeno que tem sido objecto de muito sensacionalismo, controvérsia e até mistificação.
Ao desafiar frequentemente as leis da Física (conhecidas) e surgir, muitas vezes, embrulhado em panejamentos de cariz religioso ou paranormal origina de algum modo o desinteresse da comunidade científica.
Há a registar porém algumas honrosas excepções, mesmo no nosso país.
Curiosamente os referidos grupos de investigação apesar de muitos ocasos e ressurgimentos vão persistindo estoicamente na sua teimosia de não deixar morrer o interesse por este quase mito do nosso tempo. Aos longos períodos de hibernação, por escassez de actividade ovni, sucedem-se períodos de intensa visibilidade e actividade sempre que alguém comunique algum novo caso. A Internet, por sua vez, veio dar uma nova dimensão ao trabalho destes grupos já que os aproxima da realidade transfronteiriça e mundial deste intrigante fenómeno.
O verdadeiro boom mediático e o folclore que tem surgido nalguns locais como Roswell, Varginha, etc, são fenómenos bem humanos que também pertencem ao ramo das ciências sociais e como tal mereciam ser devidamente estudados.
Este estranho e ainda insondável mistério fornece-nos um manancial de pistas muito interessantes, não para desvendarmos o fenómeno OVNI, mas sim para conhecermos um pouco melhor aquele ser que está a despertar para ele – O HOMEM!
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