A NASA anunciou há dias que vai estender a missão Cassini-Huygens até 2017.
A sonda Cassini, com a sonda Huygens acoplada, foi lançada em Outubro de 1997 numa viagem de 7 anos até Saturno. Aquando da chegada ao sistema em 2004, a sonda Huygens foi libertada e realizou uma descida espectacular em Titã, obtendo as primeiras imagens da sua superfície e recolhendo dados científicos valiosos com os 6 instrumentos a bordo. A Cassini, com 12 instrumentos a bordo, permaneceu desde então em órbita de Saturno. A missão original tinha como limite o final de 2008 mas foi estendida até Setembro de 2010. Agora a NASA, reconhecendo o valor científico da missão, decidiu estender a missão até 2017.
A sonda Cassini chegou a Saturno pouco depois do solstício de inverno para o hemisfério norte do planeta. A extensão da missão até 2010, designada de “Equinox Mission”, permitiu observar as alterações no sistema Saturniano com a aproximação do Equinócio da Primavera no hemisfério norte. A nova extensão, naturalmente designada de “Missão Solstício”, permitirá seguir o sistema até pouco depois do Solstício de Verão para o mesmo hemisfério. Desta forma, a sonda Cassini, vai monitorizar o planeta durante quase metade do seu percurso orbital. Para a nova extensão estão planeadas mais 155 órbitas a Saturno que incluem 54 “flybys” de Titã e 11 “flybys” de Encelado.
A longevidade e o estado físico da sonda são notáveis. Até ao momento a sonda percorreu cerca de 3.9 mil milhões de kilómetros e obteve mais de 210 mil imagens do sistema Saturniano, obtidas durante mais de 125 órbitas de Saturno, 67 “flybys” de Titã e 8 “flybys” de Encelado.
Esta será a última extensão da missão. No final da mesma o JPL pretende colocar a sonda em órbitas cada vez mais próximas de Saturno, inclusivé passando no espaço entre os anéis e o topo da atmosfera do planeta. Estas órbitas permitirão o estudo mais detalhado dos anéis e da estrutura interna de Saturno (através das perturbações provocadas pela gravidade do planeta na trajectória da sonda). A sonda Cassini terminará certamente vaporizada na atmosfera de Saturno, um destino semelhante ao da sonda Galileo no final da sua missão em Júpiter.
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