Rumo a Marte?

É óbvio que depois do fim do programa “Constelação”, Obama tinha que arranjar um novo rumo para a NASA e para exploração tripulada do espaço. Desta forma, foi à Florida anunciar a nova visão espacial americana que passa pela possibilidade de lançar uma missão tripulada a um asteróide e mais tarde uma missão tripulada a Marte. Para isso vai precisar de um novo lançador pesado a definir até 2015 e também de uma nova nave tripulada que tenha capacidade para viagens além da órbita baixa terrestre. Marte aparece nesta estratégia como objectivo final e o passo intermédio será o pouso num asteróide.

É óbvio que há uma certa dose de utopia neste projecto. Ir a Marte é muito mais caro que ir à Lua, mas os americanos já foram à Lua, portanto, há que pensar em ir mais longe. Mas este tipo de políticas a longo prazo implica obviamente uma certa continuidade, ora não me parece que isto seja uma linha de acção sustentável a longo prazo. Estamos a falar de muitos biliões de dólares e vamos ver se futuras administrações seguirão esta política. Mas para já é o que temos. Aqui ficam os pontos principais do discurso de Obama.

Aumentar o orçamento da NASA em seis biliões dedólares durante os próximos cinco anos.

Definir até 2015 um novo lançador pesado capaz de lançar naves tripuladas além da órbita baixa da Terra.

Reestruturar o programa Constelação e usar a tecnologia já desenvolvida para a nave Orion de forma a criar sistemas de fuga da ISS em caso de emergência.

Estabelecer as bases tecnológicas para uma futura nave tripulada capaz de missões para além da órbita baixa da Terra.

Aumento do número de dias dos astronautas americanos no espaço.

Estender a vida operacional da ISS para lá de 2020.

Desenvolver junto do sector privado a capacidade para construir naves capazes de transportar astronautas e carga à ISS.

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