Há um século o Universo era imutável, eterno e era constituído apenas pela nossa galáxia. Actualmente, e devido aos novos instrumentos, já tem 13,7 mil milhões de anos, milhões de galáxias e de estrelas, é mutável e poderá ser, ou não eterno.
Conseguimos chegar ao tempo de 10-34 segundos. Daí para trás estamos sujeitos a especulação. Chegámos, por evidências observáveis, e não só, a uma zona comum de onde vêm as galáxias e a uma aceleração da expansão do universo.
Hubble, em 1924, com um telescópio de 2,5 metros aumentou o nosso Universo numa escala de 100 mil milhões. A lei de Hubble nasceu com as observações do astrónomo e com base nela podemos aferir um Big Bang.
Posteriormente a Relatividade Geral refere que tecido do Universo se expande e arrasta consigo as galáxias, e a luz, criando o efeito redshift.
O grau redshift indica a expansão do Universo. Assim, quanto maior o redshift maior a expansão. Actualmente o maior redshift detectado é de 8, de uma época em que o Universo tinha 1/9 do seu tamanho. “O Telescópio Espacial Hubble e os Telescópios Keck, de 10 metros, em Mauna Kea, (…) nos levaram a (…) poucos [milhares de milhões] de anos após Big Bang [(ABB)]”. E o Telescópio Espacial James Webb e o Alma levar-nos-ão até ao tempo do nascimento das primeiras galáxias.
As simulações indicam que o Universo com 100 milhões de anos continha 5 partes de matéria escura para cada de hidrogénio e hélio. Havia zonas um pouco mais densas que outras, que se expandiram mais lentamente e amplificaram. Estas zonas começaram a colapsar com uma densidade de cerca de 1 milhão de massas solares. Estas foram as primeiras estrelas, muito massivas e com vida curta. Os primeiros elementos pesados foram sintetizados por estes sóis.
A prova destas primeiras estrelas será a captação da radiação das nuvens de hidrogénio primordial com um elevado grau de redshift. A captação estará a cargo de um conjunto de antenas rádio dispostas numa área de 1km2.
Fonte: Scientific American, Turner, Michael, “Origem do Universo”
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