O Luis Lopes já referiu esta notícia, aqui.
Upsilon Andromeda é uma estrela similar ao nosso Sol (apesar de um pouco mais nova, mais massiva, e mais brilhante), que se encontra a 44 anos-luz de nós.
Já se sabia haver 3 planetas “Jupiterianos”, agora pensa-se que existe um quarto planeta um pouco mais afastado da estrela.
Mas não posso deixar de salientar 6 características neste notícia que acho bastante relevantes.
Uma característica é que é um sistema múltiplo: com vários planetas ao redor de uma só estrela.
Outra característica é o facto de ser um sistema totalmente diferente do nosso. Como podem ver na imagem em cima, as órbitas planetárias não estão no mesmo plano. O planeta d tem uma inclinação de 30 graus em relação ao c.
Outra evidência é que poderá haver um quarto planeta: e.
O quarto facto é que os astrónomos demoraram 14 anos a compilar informações do sistema para chegarem a estas conclusões.
A quinta característica é que na realidade este será um sistema binário, já que existe uma companheira que é uma Anã Vermelha.
Por último, esta descoberta foi feita por uma equipa liderada pela Universidade do Texas em Austin, e utilizando o telescópio do nosso Observatório (entre outros telescópios, como o Hubble).
4 comentários
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Olá Luís,
Sim, segundo o que li, andaram 14 anos para isto 🙂
Ainda eu não era nascido e já eles andavam nisto!!! eheheheheheh 🙂
Olá Carlos,
este trabalho da Barbara McArthur e equipa não vem de agora. Há muitos anos que eles estão a obter dados astrométricos com o Hubble que, complementadas com medições da velocidade radial, permitem calcular as massas reais e inclinações de exoplanetas. Já fizeram este mesmo tipo de trabalho com outras estrelas, mas esta é a primeira vez, que me lembre, para um sistema múltiplo.
Não há dúvida que o Obs. McDonald deve estar orgulhoso da sua equipa 😉 !
Ab.
Luís
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Luis,
Oooooops 🙂
Então foi erro meu! :S
Mas olha que limitei-me a seguir o que vem no nosso site:
“The discovery of a planetary system “out of whack,” where the orbits of two planets are at a steep angle to each other, was reported today (May 24) by a team of astronomers led by Barbara McArthur of The University of Texas at Austin McDonald Observatory.”
<--- equipa liderada por uma nossa astrónoma. "McArthur and her team used data from Hubble Space Telescope (HST), the giant Hobby-Eberly Telescope, and other ground-based telescopes" "Combining fundamentally different, yet complementary, types of data from HST and ground-based telescopes" <---- é óbvio que o Hubble Space Telescope teve a maior importância, mas retirei do texto que o nosso Observatório também teve importância 🙂 E eu no último ponto quiz realçar a inclusão da minha universidade, evidentemente 🙂 Mas pronto, vou modificar ligeiramente o texto 😉
Olá Carlos,
as observações astrométricas foram feitas com o Hubble (Fine Guidance Sensors). Não me digas que vocês compraram o Hubble ;)) As velocidades radiais foram obtidas de várias fontes, não apenas no Observatório de McDonald.
Ab.
Luís