O físico Werner von Bloh decidiu definir a Zona Habitável onde haja possibilidade de existir fotossíntese.
A ideia dele assume que tem que haver água no estado líquido, mas também dióxido de carbono na atmosfera e consequente oxigénio (efeito da fotossíntese).
Não só imagina que só planetas com cerca do tamanho da Terra podem ter vida, mas sobretudo assume que vida complexa só se pode desenvolver na presença de oxigénio.
Não faz qualquer sentido… é uma falha na imaginação.
Leiam em inglês, aqui.
2 comentários
O que ele fez foi cada vez colocar uma definição mais “narrow”.
É claro que doutoramento é definido como uma especialidade própria, mas no caso das definições, levam a uma mentalidade fechada.
Já na ultima conferencia que estive, cairam todos em cima de um dos gajos que queria definir a vida de forma muito “estreita”.
Definir a vida de forma demasiado fechada, não faz qualquer sentido.
Até olhando para a vida na Terra.
De resto, a minha posição quanto à vida extraterrestre, está muito mais de acordo com a Academia Nacional das Ciências, do que estas posições 😉
“é provável que mesmo que encontremos vida extraterrestre, ela poderá ser tão estranha que nem a reconheçamos como vida.”
http://www.astropt.org/2007/07/09/vida-estranha/
Quando o pessoal começa a ficar com pouco espaço para publicar ou investigar, ou mesmo quando vai fazer um doutoramento, ou ainda quando o assunto em estudo é demasiado extenso, é costume restringir-se esse âmbito, para se focar a investigação numa certa direcção.
O facto de ele ter arranjado um novo conceito (Zona habitável pela clorofila), não quer dizer que ele esteja a redefinir o conceito anterior de “zona habitável”. Só quer dizer é que se ele decidir ir à procura de uma agulha num palheiro com um ímane, só estará a considerar o subconjunto das agulhas que são ferromagnéticas.
Mas de certa forma isto também abre o caminho para outro grupo de pessoas ir à procura de outras coisas, como a zona habitável por organismos que façam azotosíntese, ou siliciosíntese.. 🙂
Se procurarmos por plantas, estamos a resolver um desafio de procurar, e ainda o desafio de procurar, em si, por uma coisa conhecida. Se procurarmos por pseudo-vida coisiforme, que ainda ninguém sabe o que é, estamos a resolver o desafio da procura mas a procurar uma coisa desconhecida. É como investigar como procurar uma coisa que não se sabe o que é.. Isso costuma ser alcunhado de “desorganização”. 😉
Mas é sinal que já não se anda à procura de planetas quaisquer para mais tarde se filtrar os que são interessantes, mas antes que se anda à procura de planetas específicos!